Dr. Cravinhos nos envia uma excelente versão do belíssimo Réquiem de Gabriel Fauré, sob responsabilidade de Philippe Herreweghe, acompanhada da reconstrução da “Messe des pêcheurs de Villerville” — outra obra de Fauré — realizada por André Messager. FDP postou recentemente o Réquiem, mas achei interessante postar outra obra análoga de Fauré. Fauré era um melodista algo melancólico, foi aluno de Saint-Saëns, o qual mostrou-lhe o caminho da verdade: Johann Sebastian Bach. É um compositor antiquado, que ouvia mas recusava Wagner. Viveu até 1924, mas sua música parece a do marido da Clara, Robert Schumann, outro refinado e melancólico melodista.
Faure escreveu este Requiem “simplesmente por prazer, não para qualquer evento”. Nele, Fauré reflete uma relação pessoal com a morte, “como uma libertação feliz”.
O registro de Herreweghe é absolutamente notável. Êta homem compreensivo (*)! Como parece ser uma gravação de 2001 [é de 1988, ver ressalva abaixo], é da atual fase ateia de Herreweghe. É como sempre digo, nada como um bom ateu para compreender (olha ele aí de novo!) as coisas da religiosidade…
(*) No sentido de que compreende a todos.
Gabriel Fauré (1845 – 1924) “Messe de REQUIEM” op.48, Version 1893
01 Fauré: Requiem, Op. 48 – 1. Introit & Kyrie
02 Fauré: Requiem, Op. 48 – 2. Offertory
03 Fauré: Requiem, Op. 48 – 3. Sanctus
04 Fauré: Requiem, Op. 48 – 4. Pie Jesu
05 Fauré: Requiem, Op. 48 – 5. Agnus Dei
06 Fauré: Requiem, Op. 48 – 6. Libera Me
07 Fauré: Requiem, Op. 48 – 7. In Paradisum
Gabriel Fauré & André Messager “Messe des pêcheurs de Villerville”
08 Fauré/Messager: Messe Des pêcheurs De Villerville – Kyrie
09 Fauré/Messager: Messe Des pêcheurs De Villerville – Gloria
10 Fauré/Messager: Messe Des pêcheurs De Villerville – Sanctus
11 Fauré/Messager: Messe Des pêcheurs De Villerville – O Salutaris
12 Fauré/Messager: Messe Des pêcheurs De Villerville – Agnus Dei
Agnès Mellon (soprano solo, faixa 4)
Peter Kooy (barítono solo, faixas 2 e 6)
Jean-Philippe Audoli (violino, faixa 11)
La Chapelle Royale
Les Petits Chanteurs de Saint-Louis
Ensemble Musique Oblique
Philippe Herreweghe (regente)
PQP (post original de 2012)
Pleyel (repostagem em 2024) faz a seguinte ressalva: gravação de 1988, lançada no mesmo ano pela Harmonia Mundi
Que espetáculo este post PQP!
Belíssimo! Fauré é genial, adoro. Esta peça
me emociona ( algo particular).
Obrigado mesmo.
Caro autor,
não sou o que poderíamos chamar de “um conhecedor” da música clássica mas o pouco que conheço e já ouvi, fascinam pela beleza inigualável. Eu particularmente aprecio imensamente as “missas”. São belíssimas na sua totalidade e Bach, na minha humilde opinião, é supremo nesta arte. Foi com uma alegria imensa que cheguei até aqui e pude ver o quão espetacular é o seu trabalho (desde as postagens, releases e tudo mais). Agradeço de coração a vc por dar a pessoas como eu, oportunidades inigualáveis de ter acesso a material preciosissímo. Muito obrigado.
ei, PQP!
Dê uma olhada nisso:
http://www.youtube.com/watch?v=wP2vybfN-h4
Por mais que esse réquiem tenha lá seus momentos pomposos, não consigo deixar de vê-lo, muito por causa desses ensaios do Celibidache, como uma dessas obras caseiras de domingo na casa da avó, em que todos os vinte netos se juntam e montam um coral.
Blog estupendo! Parabéns!
Caro pqp
dá uma chance prá moça. Ela toca direitinho.
Hélène Grimaud CHOPIN / LISZT / SCHUMANN
The Ballade No. 1 in G minor, Op. 23 is the first of Polish composer Frédéric Chopin’s four ballades for piano solo. It was composed in 1835-36 during the composer’s early days in Paris, and is dedicated to “Monsieur le Baron de Stockhausen,” Hanoverian ambassador to France.
Chopin cited the poet Adam Mickiewicz as an influence for his ballades (this according to a rumour based on a remark by Robert Schumann concerning the genesis of Chopin’s second ballade). The exact inspiration for each piece is not clear.
Après une Lecture de Dante: Fantasia quasi Sonata is a piano sonata in one movement, completed by Hungarian composer Franz Liszt in 1849. It was first published in 1856 as part of the second volume of Années de Pèlerinage. This work of program music was inspired by the reading of Dante Alighieri’s most famous epic poem, The Divine Comedy.
Piano Sonata No. 1 in F sharp minor, Op. 11
The Sonata in F sharp minor Op 11 was described by the composer to his beloved Clara Wieck as “a cry from my heart to yours”. From the arresting opening to the bouncing Allegro vivace of the first movement and through to the majestic, orchestral-sounding finale, Clara’s imprints are everywhere in the work.
FRÉDÉRIC CHOPIN (1810 – 1849)
1) Ballade No. 1 in G minor, Op. 23 (8:19)
FRANZ LISZT (1811 – 1886)
2) Aprés une lecture de Dante (15:13)
Fantasia quasi sonata
-Années de Pélerinage, Deuxiéme Année “Italie” S.161
ROBERT SCHUMANN (1810 – 1856)
Sonata for Piano in F-sharp minor, Op. 11
3) I- Introduzione: Un Poco Adagio-Allegro vivace (11:24)
4) II- Aria (2:53)
5) III- Scherzo e Intermezzo: Allegrissimo (4:51)
6) IV- Finale: Allegro un poco maestoso (11:13)
HÉLÈNE GRIMAUD, piano
1987 Nippon Columbia Co., Ltd.
1 CD DDD
33CO-1786 DENON
http://www.mediafire.com/?wgyniywdw4r
Ei, caros melômanos, PQP e FDP!
Quando teremos uma estupenda série das obras de câmara de Beethoven? Mesmo sabendo que o SAC do blog não é lá essas coisas, uma integral da obra camerística de Ludwig é, no mínimo, interessante, não acham?
Bem, fica a sugestão.
Abraços:
GS.
O SAC recebeu seu pedido. Mas ainda não leu…
Grande sertão,
O SAC anda meio de férias.. mas assim que voltarem, repassaremos sua solicitação.
Ótimo! Tava precisando pra estudar.
Beijos
Bem eu adoro música clássica e esta música é uma grande obra!
Boa noite,
Gostaria mto de baixar essa obra mas o link encontra-se offline. Poderiam tentar revalidar o link, por favor? Desde já agradeço (e mto) pelas postagens. Graças a vcs, venho a cada dia crescendo no mundo da música!!
Abraços, e fiquem na paz!
Vocês fazem um trabalho espetacular! Agradeço sempre em pensamento quando abro minha lista no celular e vejo novas aquisições maravilhosas, tudo ali suculentamente esperando um “play”. Tenho ouvido muito mais música depois que conheci o pqp. Vida longuíssima para todos vocês que montaram este hospital de campanha no meio do Gramacho culturam que vivemos! E que ganhem muitos pontos no juízo final!!!
Vê, lá, PQP! Nós, gnósticos sabemos muito bem interpretar obras como essas! rsrsrs É brincadeira. Grande postagem. Pena que eu não seja de escutar música sacra. Às vezes não concordo muito com as letras, embora a música seja muito boa… O_O
Poxa, revalidem, por favor, também, o “Manfredo” regido por Svetlanov. Sei que vocês não ganham nada para fazer o que fazem, mas é que eu preciso mesmo daquela gravação (a melhor de todas para mim).
Obrigado.
Admiro profundamente este réquiem de Fauré (sou fã de réquiens), uma obra sombria e apaziguadora ao mesmo tempo, a morte serena. Mas sei lá, não consigo gostar das interpretações do Herreweghe. Sem dúvida que sua técnica é sensacional, mas talvez o problema, para mim, seja exatamente esse. Parece tudo certinho demais, frio, equilibrado demais, cerebral demais. Não sei, é a impressão que tenho.
parabéns pelo site, muito obrigado pelo maravilhoso requiém de fauré, sinceramente, este requiém parece que foi escrito por um anjo, me provoca um fascínio e me faz estudar cada vez mais, sabendo que estou a anos luz desta sensibilidade musical.