Poulenc (1899 – 1963) – Fauré (1845 – 1924) – Ravel (1875 – 1937): Sonatas para Violino e Piano: Arabella Steinbacher & Robert Kulek ֍

Poulenc

Fauré

Ravel

Sonatas para Violino

Arabella Steinbacher, violino

Robert Kulek, piano

Dei com o nome Arabella Steibacher em um artigo da BBC Music Magazine sobre a famosa violinista Anne-Sophie Mutter. Ela criou em 1997 uma fundação para apoiar jovens talentos do naipe de cordas e Arabella estava entre os beneficiados, assim como Daniel Muller-Schott (violoncelo), Roman Patkoló (contrabaixo) e Sergey Kachatryan (violinista). Os benefícios culturais de iniciativas como essa são muitos e enriquecem nossas vidas.

Arabella adorou as acomodações do Salão de Entrevistas do PQP Bach headquarters…

O disco me atraiu imediatamente pelo repertório: sonatas para violino e piano compostas por franceses cujas existências coincidiram em parte, mas que também representam diferentes gerações.

Gabriel Fauré é o mais velho, mas foi bem longevo. Ele compôs duas sonatas para violino, mas essa do disco, é a primeira delas, ainda no século XIX, por volta de 1875. A première oficial foi na Société Nationale de Musique, na Sala Pleyel, que promovia música ‘francesa’ em contraste com a música ‘germânica’. Essa composição foi importante para estabelecer a reputação de Fauré como compositor.

Maurice Ravel é possivelmente o mais conhecido destes compositores e também compôs duas sonatas para violino. Como a primeira delas só veio a público depois da morte do compositor, esta segunda sonata é geralmente tratada apenas como Sonata para Violino de Ravel. Composta nos anos da década de 1920, teve o jazz e o blues, que eram muito populares em Paris desde o início do século XX, como fonte de inspiração. O terceiro movimento é intitulado ‘blues’.

A peça mais recente é a que abre o disco, uma belezura composta por Francis Poulenc. No entanto, a composição de uma sonata para violino foi um projeto que demorou a ser realizado. Várias tentativas ocorreram, desde a juventude do compositor, mas só em 1942 se completou. A sonata foi dedicada à memória do poeta Garcia Lorca, mas teve como madrinha a violinista Ginette Neveu, que deu vários pitacos para a parte de violino e estreou a peça ao lado do compositor como o pianista. Para entender a relutância e dificuldade que Francis Poulenc enfrentou na composição da peça, basta ler essas linhas que ele deixou ao completar o rascunho da peça: Le monstre est au point. Je vais commencer la réalisation. Ce n’est pas mal, je crois, et en tout cas fort différent de la sempiternelle ligne de violon-mélodie des sonates françaises du XIXe siècle…. Le violon prima donna sur piano arpège, me fait vomir. (O monstro está no ponto. Vou começar a realização. Não está mal, eu acho, e de qualquer forma é muito diferente da eterna linha violino-melodia das sonatas francesas do século XIX. O violino prima donna sobre os arpejos do piano me dá engulhos). Eu diria que o resultado ficou excelente.

Para fechar o cortejo, assim como um ‘encore’, temos mais uma peça de Ravel, Tzigane, cuja inspiração está evidente no próprio nome.

Francis Poulenc (1899 – 1963)

Sonata para Violino, FP 119

  1. Allegro con fuoco
  2. Intermezzo. Très lent et calme
  3. Presto tragico

Gabriel Fauré (1845 – 1924)

Sonata para Violino No. 1 em lá maior, Op. 13

  1. Allegro molto
  2. Andante
  3. Allegro vivo
  4. Allegro quasi presto

Maurice Ravel (1875 – 1937)

Sonata para Violino em sol maior

  1. Allegretto
  2. Blues. Moderato
  3. Perpetuum mobile. Allegretto

Tzigane

  1. Tzigane

Arabella Steinbacher, violino

Robert Kulek, piano

O duo dando uma palhinha para o pessoal do PQP Bach depois do encontro para a entrevista…

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 170 MB

The Poulenc comes off best overall and there’s a lovely lightness of touch about the Ravel sonata.

Classic fm 2008

Aproveite!

René Denon

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