Ontem o Brasil perdeu uma de suas maiores artistas: Rita Lee Jones de Carvalho (1947-2023), ou simplesmente Rita Lee, para todos os milhões de pessoas que a temos, eternamente, como rainha. Sequer vou tentar colocar em palavras aqui o que ela representa; tudo soaria pequeno, banal, clichê, e de ontem pra hoje uma boa turma fez isso muito melhor do que eu faria.
Minha pequena homenagem vai na forma de trazer pra vocês este pequeno disco que foi muito, mas muito, mas muito importante na minha vida. Foi seguramente a fita K7 que mais escutei nessa minha caminhada nesse planetinha azul. O clique para a música clássica viria um pouco mais tarde, aos 12 anos, por obra de meu irmão e um par de discos de Vladimir Horowitz e Glenn Gould que ele trouxera de uma viagem aos Estados Unidos.
Mas as sementes foram lançadas com aquela fitinha K7 que trazia Rita Lee narrando Pedro e o Lobo, op. 67, de Sergei Prokofiev, junto com a Orquestra Nova Sinfonieta regida por Roberto Tibiriçá. O fascínio, o estímulo à imaginação e à fantasia, a crença no poder mágico dos sons organizados em forma de música: estava tudo ali. Era o começo de uma jornada de vida inteira pelas maravilhas do som e dos instrumentos.
Por isso, e por mais um tantão de coisa: obrigado, Rita! Que a volta aí pras estrelas seja bacana…
Sergei Prokofiev (1891-1953)
Pedro e o Lobo, op. 67
fábula sinfônica para crianças
Rita Lee, narração
Orquestra Nova Sinfonieta
Roberto Tibiriçá, regência
Karlheinz
Um achado. que maravilha. Obrigado!
Quando pequeno, eu tinha um disco da Disney com Pedro e o Lobo… Para meu filho, quando pequeno, comprei o CD exatamente desta versão com Rita…
Grande, grande Rita Lee! Sentimentos ‘tugas’, daqui de Lisboa, a todos vocês, pelo vazio que fica.