Handel
Sonatas e Concertos
La Cetra Barockorchester
Maurice Steger
Nas décadas de 1720 e 1730 a cidade de Londres passou por enormes transformações. Estava em curso a Revolução Industrial e a cidade crescia e mudava constantemente. Essas mudanças também ocorriam na cultura e nas artes. Neste período ocorreu a publicação do livro Robinson Crusoe de Daniel Defoe, a produção por William Hogarth de uma série de pinturas e gravuras chamada The Rake’s Progress, a apresentação de The Beggar’s Opera de John Gay, com arranjos musicais de Johann Christoph Pepusch.
Dois teatros inaugurados nessa época estão ativos até hoje: Haymarket Theatre e o Covent Garden. Handel compôs e apresentou obras nesses teatros, no fim da década de 1730, quando então compunha oratórios. Na década de 1720 ele reinou absoluto compondo e produzindo ópera séria (italiana). Essas produções eram riquíssimas e reuniam músicos e artistas que tocavam na orquestra e cantavam. Nos intervalos dessas produções Handel reunia convidados – nobres e artistas – para desfrutarem de jantares, que Handel era amante da boa mesa. E a plateia deliciava-se com números musicais tocados nessas ocasiões (e com a sua própria comida e bebida), repletos de ‘citações’ das melodias ‘favoritas’ do compositor. Essa prática, de usar o mesmo material das árias e números das óperas ou oratórios em sonatas ou concertos era uma maneira de se manter na memória do público.
Esse disco é alusivo a essa prática, na qual alguns membros da orquestra ou o próprio compositor tocavam essas melodias handelianas na forma de sonatas ou concertos. E a música seria posteriormente impressa e devidamente vendida… Um concerto para flauta doce contralto que começou a vida como uma sonata para flauta (HWV 369) é transformada em um de seus muitos concertos para órgão, o qual ele mesmo usava para entreter a plateia entre os atos de um de seus oratórios (HWV 293), aqui encontra uma versão entre as duas possibilidades, com Steger improvisando entre o segundo e o terceiro movimento. Música de outros compositores contemporâneos, desde que boa, também poderia ser usada…
Eu sei, um disco com proeminência de flauta doce pode ser uma coisa perigosa, mas não há o que temer aqui, apesar do virtuosismo de todos os envolvidos. Um disco extravagante, bigger than life, como era o saxão mais inglês que já houve.
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Concerto para flauta doce em fá maior
- Larghetto. Adagio
- Allegro
- [Improvisation]
- Alla Siciliana
- Presto
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Suíte de Danças
- Chaconne. Tanz der spanischen Damen und Cavallier (de Almira, HWV 1)
- Bourrée (de Almira, HWV 1)
- Sarabanda (de Almira, HWV 1)
- Ritornello (de Almira, HWV 1)
- Rondeau (de Almira, HWV 1)
- Rigaudon (de Almira, HWV 1)
- Allegro (do Concerto para Oboé, HWV 287)
Francesco Geminiani (1687 – 1762)
Concerto para flauta em sol maior
- Preludio. Adagio
- Allegro
- Adagio
- Vivace
- Gavotta. Allegro
Gottfried Finger (1660 – 1730)
A Ground em ré menor para flauta doce
- Ground
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Sonata em lá menor para flauta doce e contínuo, HWV362, Op. 1 No. 4
- Larghetto
- Allegro
- Adagio
- Allegro
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Passacaille em sol maior, HWV 399
- Passacaille
William Babell (1690 – 1723)
Concerto for descant recorder e cordas em dó maior Op. 3 No. 1
- Allegro
- Adagio
- Allegro
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Trio Sonata, HWV 386a em dó menor, Op. 2 No. 1a
- Cantabile
- Allegro
- Andante
- Allegro
George Frideric Handel (1685 – 1759)
Suite em sol maior, HWV 435
- Chaconne
La Cetra Barockorchester
Maurice Steger, flauta doce e direção
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MP3 | 320 KBPS | 184 MB
London in the 1730s – musical life was flourishing around the figure of Handel. The Saxon composer also served as director; at the height of his fame he surrounded himself with the finest London musicians and was joined by many foreign composers to occupy the long breaks between the acts of his oratorios. Their musical interludes accompanied lavish dinners, during which Mr Handel escaped from the pit to indulge his gourmet tendencies.
This isn’t an album over which the wind is always whistling in your ears, though. For instance, there’s Gottfried Finger’s ground: always a bewitching number but here especially so with its luscious bass-line continuo richness and its luminous timbres. I’m really not sure what Steger can do to top this album. Although, knowing him, I suspect he might
Steger’s latest offering is a funfilled imagining of the sorts of musical interludes that might have accompanied Handel’s interval dinners while his operas ruled the roost on London’s various stages …extreme ensemble virtuosity, and the crackest of crack continuo units, are absolute non-negotiables when Steger’s around and La Cetra deliver on these throughout in joyous spadefuls. [Gramophone]
Aproveite!
René Denon