O último volume da aventura fortepianística beethoveniana de PBS segue com o mesmo piano Graf usado no volume anterior e termina, bem, pelo fim. Talvez Beethoven, já completamente surdo, tivesse em sua visionária mente um som bastante distinto destes Grafs, Walters e Broadwoods que ouvimos. Se o som dos modernos pianos de concerto, com seus cepos de aço e mais de sete oitavas, agradaria o legendário turrão, nunca saberemos. Podemos supor que sim, pela insistência com que batia na tecla (desculpem o trocadilho) da ampliação da extensão e da robustez dos instrumentos. O fato é que esta finaleira de PBS é tão boa quanto o volume de abertura, e o som eventualmente tilintante dos agudos e os zumbidos dos baixos, somados aos, como os chama o patrão PQP, ruídos de marcenaria, trazem frescor e riqueza tímbrica para essa genial trinca de obras, que é e sempre será moderna.
Ludwig van BEETHOVEN (1770-1827)
Sonata para piano em Mi maior, Op. 109
1 – Vivace ma non troppo – Adagio espressivo – Prestissimo
2 – Andante – molto cantabile ed espressivo – Moderato cantabile – Molto espressivo
Sonata para piano em Lá bemol maior, Op. 110
3 – Allegro molto – Adagio ma non troppo – Fuga – Allegro ma non troppo
Sonata para piano em Dó menor, Op. 111
4 – Maestoso – Allegro con brio ed appassionato
5 – Arietta – Adagio molto semplice e cantabile
Paul Badura-Skoda, hammerflügel (Conrad Graf, Viena, ca. 1824)
Vassily
Ola Vassily, que magnífico tesouro esta série ! Sensacional, muito obrigado por nos ter presenteado com estas postagens do artista dos gorrinhos maneiros o genial PBS !