Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 5

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Muito famosa em razão do Adagietto — utilizado por Luchino Visconti em A Morte em Veneza — a Sinfonia Nº 5 é muito bela e também difícil de ser tocada. As interpretações de Mahler a cargo de Sir Simon Rattle são amplamente reconhecidas com elogios da crítica mundial. Muitas delas estão entre as melhores versões disponíveis. De fato, a maioria recebeu prêmios de algumas das organizações e publicações musicais mais prestigiadas do mundo, entre elas o Gramophone no Reino Unido; Diapason na França, Grammy nos EUA, além de prêmios da Alemanha, Holanda, Canadá e República Tcheca.

A 5ª é marcadamente diferente de suas antecessoras. A capacidade de renovação de Mahler é surpreendente e não há duas sinfonias iguais, sendo que nenhum dos cinquenta movimentos nessas sinfonias segue o mesmo padrão. Esta sinfonia é puramente instrumental e segue uma forma sinfônica mais convencional, apesar de suas dificuldades.

A última gravação da 5ª de Mahler que ouvi foi a de Abbado e certamente há uma grande diferença. A perspectiva de Rattle sobre Mahler é muito diferente. Talvez Abbado fosse um otimista, enquanto Rattle é pessimista. Fico com o inglês. Onde Abbado dá um grande suspiro de alívio e esperança, Rattle estremece em desespero. A semelhança entre as duas leituras também é clara, não apenas porque Abbado e Rattle compartilharam a mesma orquestra, mas também porque ambos estão de olho nos detalhes.

Destaque para a fantástica participação do trompista Stephan Dohr no terceiro movimento.

Esta gravação é e permanecerá como uma das principais performances da Quinta de Mahler. Ela tem tempi vibrantes e permite que os detalhes da orquestração brilhem. Uma joia!

Symphony No. 5 In C-Sharp Minor (69:07)

1-1 I: Trauermarsch (In Gemessenem Schritt. Streng. Wie Ein Kondukt) 13:04
1-2 II: Stürmisch Bewegt (Mit Größter Vehemenz) 14:24
1-3 III: Scherzo (Kräftig, Nicht Zu Schnell) 16:56
1-4 IV: Adagietto (Sehr Langsam) 9:33
1-5 V: Rondo — Finale (Allegro) 15:02

Orquestra Filarmônica de Berlim
Sir Simon Rattle

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Mahler perdeu-se no Grande Lago dos Melômanos da Sede Rural da PQP Bach Corp.

PQP

2 comments / Add your comment below

  1. Concordo, uma das melhores interpretações daquela que é a pra mim a melhor sinfonia de Mahler, junto com a sexta. As duas maiores sinfonias desde o início do século XX. Mas claro que esta de Rattle não chega a rivalizar com as lendárias interpretações de Bernstein.

  2. A cada nova sinfonia – e às vezes com cada novo movimento dentro de cada sinfonia – somos levados para mundos diferentes. ” Deryck Cooke “.
    A quinta sinfonia nos apresenta o equivalente musical de uma personalidade dividida. Os opostos polares musicais são apresentados lado a lado – tragédia e alegria, dor e prazer, desespero e esperança, etc. Essas atitudes opostas são mantidas juntas por uma estrutura tripartite que traça um curso geral de desespero em direção à alegria suprema, mas com uma jornada que não é de modo algum suave. ” Tony Duggan ”
    Obs. Traduçao automática do Google.
    Bernstein com a F. Viena é Divino. Abbado com F. Berlim é outra grande performance. A do Rattle estou ouvindo agora pela primeira vez. Grato e um forte abraço do Dirceu.

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