O 14º álbum da Coleção Grandes Compositores nos traz o brilhante Franz Schubert. O texto a seguir nos fala um pouco sobre a obra que julgo ter maior popularidade entre as presentes gravações, o Quinteto para Piano “A Truta”. Um breve texto nos fala um pouco sobre algumas curiosidades envolvendo esta magnífica peça.
Quinteto para Piano em Lá Menor, Op. 114, “A Truta”, D. 667
Quando nasceu a ideia de abordar um gênero de música de câmara mais complexo que o quarteto de cordas, Schubert já havia composto várias obras de câmara. Nessa época, o compositor estava em Zseliz, em casa dos Estehazy, e recebeu uma encomenda de um excelente músico e melômano, Silvestre Paumgartner, que era violoncelista. Schubert encontrava-se na plenitude de suas faculdades criativas e tinha terminado a sua Sonata em lá para piano, escrita para Josefina Von Keller, quando começou a abordar esse gênero que era novo para ele, já que nunca tinha levado a cabo a tarefa de unir piano e cordas, excessão feita a um antigo rondó em que o piano dialoga com um trio de cordas.
Não se sabe se foi ele que teve a ideia do quinteto ou se a encomenda sugeria ou pedia expressamente essa formação. No entanto, é quase certo que a escolha pouco comum dos instrumentos de cordas (violino, viola, violoncelo e contrabaixo) para acompanhar o piano tenha sido ideia de Schubert. Existe apenas um exemplo anterior, um quinteto de Hummel, mas que só foi publicado em 1821, e por isso Schubert não podia conhecê-lo, o que desmente a possível influência que pudesse ter sofrido. Talvez se possa encontrar outra possível influência nas antigas formações de câmara italianas, que incorporavam sempre um baixo contínuo. O que não se entende bem é por que razão Paumgartner, que tocava violoncelo, tinha colocado ainda um baixo que praticamente coincidia com ele e que podia roubar-lhe a primazia. A única explicação possível é o tema melódico escolhido: o de Lied, A truta, que, segundo comentário de Stadler, era uma obra que entusiasmava Paumgartner. O próprio Stadler afirmou ter participado da redação da obra, tendo copiado as partes para enviá-las a Zseliz.
Texto: Eduardo Rincón
Uma ótima audição!
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Coleção Grandes Compositores Vol. 14: Franz Schubert
DISCO A
Symphony Nº 9 in C, D. 944 “Great”
01 Andante; Allegro ma non troppo (13:53)
02 Andante con moto (15:22)
03 Scherzo: Allegro vivace (9:59)
04 Allegro vivace (15:57)
Vienna Philharmonic Orchestra, Sir Georg Solti
DISCO B
Piano Quintet in A, D. 667 “Trout”
01 Allegro vivace (9:08)
02 Andante (7:26)
03 Scherzo: Presto (4:08)
04 Theme and Variations: Andantino (7:30)
05 Finale: Allegro giusto (6:55)
Clifford Curzon, piano
Members of the Vienna Octet
Piano Sonata in B Flat, D. 960
06 Molto moderato (13:18)
07 Andante sostenuto (9:20)
08 Scherzo: Allegro vivace con delicatezza (4:16)
09 Allegro ma non troppo (7:34)
Clifford Curzon, piano
BAIXE AQUI – DOIS DISCOS / DOWNLOAD HERE – TWO DISCS
Marcelo Stravinsky
Schubert fotogênico, seduzindo geral -q
Belíssimo post, obrigado.
Na verdade, Schubert não era nem gordo e nem feio como citado em algumas fontes. No encarte de um álbum de uma outra coleção, o autor afirma que não sabe porque algumas fontes informam que ele, a medida que envelhecia, foi ficando cada vez mais gordo e feio.
obrigado por mais uma postagem dessa coleção magnífica. por favor não demore para postar os demais volumes.
abraços!
PQP, Stravinsky, todos, ouçam esse vídeo sobre a 5ª de Beethoven 🙂
http://www.youtube.com/watch?v=isUvmpcRNts
Chega a ser interessante, Martini, mas espero que a moda não pegue. Hehehehehehe!
PQP, cara! Você incentiva a cultura de um jeito incrível! Eu acho aqui coisas que procurava faz tempo. Muito, muitíssimo obrigado! E meus mais sinceros parabéns pela iniciativa.