Arturo Márquez (1950): Danzón n° 2 e outros danzones (Orquesta Mexicana de las Artes / Barrios)

Não me lembro quem me indicou o blog Música Mexicana de Concerto – através de um comentário em um de meus posts – mas quero agradecer desde já, pois, no caso do Danzón n° 2 de Arturo Márquez, eu conhecia muito bem a peça mas ainda não tinha uma gravação que fosse dela.

A série de Danzones de Márquez é uma equivalente mexicana dos Choros – são peças em movimento único e cada qual com uma instrumentação diferente. O de n° 2, composto em 1994, caiu nas graças do público internacional (principalmente por conta da projeção recente que lhe deu a Sinfônica Jovem Simón Bolívar, da Venezuela) e virou um Trenzinho do caipira asteca, atingindo a popularidade da Sinfonia Índia de Chávez, do Huapango de Moncayo e de Sensemayá de Revueltas. Eu próprio, toda vez que escuto os primeiros acordes do Danzón n° 2 (para orquestra) não consigo mudar de faixa. O único problema é que os outros Danzones, apesar de bem escritos e diferentemente instrumentados, não empolgam muito e parecem se repetir.

Como falei da Sinfonia Índia, um pedido feito aqui no blog, vou antecipando que semana ela finalmente aparecerá.

Arturo Márquez (1950): Danzón n° 2 e outros danzones (Orquesta Mexicana de las Artes / Barrios)

01.- Danzón No. 1
02.- Danzón No. 2
03.- Danzón No. 3
04.- Octeto Malandro
05.- Danzón No. 4
06.- La Pasión segín San Juan de Letrán
07.- Danzón No. 5
08.- Danzón No. 8

Orquesta Mexicana de las Artes
Ensamble de solistas
Eduardo García Barrios

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Arturo Márquez, um mexicano malemolente

CVL

15 comments / Add your comment below

  1. Caro PQP,
    Num insólito acontecimento, desses que parecem predestinados a nós, assisti a um concerto de uma orquestra venezuelana de jovens que percorreu o interior de Goias(nao me lembro o nome dela), trazendo na bagagem um Danzón. n.4 de um tal de “Antonio” Marquez, como indicado no programa(xerocado, sem qualquer detalhe sobre as peças, uma coisa tosca e mambembe.
    Nao sem razão, supreendi pela peça. Uma beleza. Depois de uma certa busca via google, cuidei de saber que este Danzón n. 4 era inexpressivo diante da repercussao do Danzón 2. E Antonio deu vez a Arturo. Realmente superior o Danzón n. 2. Melódico, leve, com elementos tradicionais da cultura mexicana sentidos nos metais, um toque de jazz. Enfim, uma peça agradável, tida como uma referência da música mexicana do século XX.
    Só que a maior surpresa nao é Arturo, mas a quantidade de compositores mexicanos que conheci no site de música de concerto mexicana. Ainda nao consegui baixar muita coisa, mas vale a pesquisa. Por sinal, conhecedor, como somos, de seu refinado gosto pela música russa(excelente a postagem do Prokofiev), sua ousadia em trazer uma peça relativamente fácil aos ouvidos me agradou. Aos demais parceiros do PQPBach, aconselho arriscar conhecer Arturo.

    1. Gostei de seu comentário sobre os Danzones n° 2 e 4 , Fernando. Realmente, a música de concerto mexicana é vastíssima e disponibilizarei amostras de primeira linha dela nas próximas duas semanas também. Só lembrando que o presente post foi meu e não do mano PQP. Já o mano CDF foi quem abriu os posts sobre compositores mexicanos, há uns tempos atrás, com um CD formidável de Revueltas.

  2. CVL,
    peço desculpas pelo descuido. Aproveito para parabenizar-lhe pela escolha. Sempre tivemos Sinfonia India como retrato da música mexicana. Danzon foi uma grata surpresa.
    Daí, surge sempre a dúvida sobre quem mais está produzindo, nas Américas, música erudita e como está tal difusão. Voces do blog estão muitíssimo à frente em informações sobre estes novos compositores e por isso exorto-os a continuar com esta maravilhosa missão. Agora, sigo a ouvir Revueltas. Um grande abraço.

    1. Tranquilo, Fernando. Brigado pelos comentários.

      É difícil medir a produção musical de obras de um determinado lugar ou época – é preciso primeiro estabelecer parâmetros e reconhecer que a amostragem nunca será completa – e eu não saberia onde levantar os dados mas, com certeza, México, Argentina, Brasil e, claro, os Estados Unidos são os focos principais de composição nas Américas.

      Abraço.

  3. Isso me lembra a saudosa época em que eu tinha o canal “Film and arts” aqui em casa! Ah, como era bom…

    Pois é… me lembro de ter assistido à um programa que sempre reprisava “Festival de Lao Lao” ou algo assim… e eles tocavam dentro vários compositores do continente americano essa Danzon n.º 2! A peça é realmente apaixonante logo na primeira audição. Corri pra internet na mesma hora e tinha conseguido achar uma gravação apenas desta dança com uma orquestra jovem (a “Youth Philarmonic Orchestra”), mas confesso que ficava com curiosidade de conhecer as outras Danças… agora essa curiosidade acabou! Obrigado por esse post de um compositor tão dificil de encontrar! Mais uma vez vocês surpreendendo com coisas muito boas!
    Parabéns!

  4. HOLA leo con verdadero gusto sus comentarios sobre la música mexicana, y se siente el interes por conocer de ella, por lo que me permito recomensdarles la SUIT TARASCA de Jesus Echeverria, es también una muestra de los que es México a través de su música sinfónica. gracias y gusto en estar por aca.

    1. Gracias por el link, Luis. Me voy a oír hasta que yo pueda (creo que manãna). Soy admirador de la música de concierto mexicana y deseo conocer otras obras con los colores típicos de vostra nación.

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