A gente fica velho e bobô, velho e sensível. Ouvindo estes concertos, lembrei de como meu pai os amava — e de como até nos torturava, de tanto que os ouvia. Então, são obras que conheço de cor e salteado. A interpretação de Jarrett é mais seca e contida do que o habitual, mas é muito boa. Os concertos para piano e orquestra de Mozart formam um conjunto de vinte e sete obras desse gênero escritas entre 1767 e 1791. A estrutura de tais concertos é sempre a mesma, apesar de eles diferirem muito entre si. Eles seguem o esquema clássico de três movimentos: um primeiro rápido (costuma ser um ‘allegro’), um segundo lento (costuma ser um adagio ou um andante) e um terceiro rápido (normalmente, allegro). Quanto à forma, os primeiros andamentos são compostos em forma sonata, o segundo, em forma sonata abreviada, enquanto o terceiro costuma ser um rondó. Três de seus concertos para piano (os de números 20, 21 e 23) estão entre as obras mais gravadas e conhecidas da repertório do período clássico.
W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nros. 20, 17 e 9 / Adágio e Fuga K. 546
Concerto For Piano And Orchestra No. 20 In D Minor K. 466
1-1 Allegro 14:57
1-2 Romance 9:14
1-3 Allegro Assai 8:16
Concerto For Piano And Orchestra No. 17 In G Major K. 453
1-4 Allegro 12:38
1-5 Andante 10:05
1-6 Allegretto – Finale: Presto 7:45
Concerto For Piano And Orchestra No. 9 In E-flat Major K. 271 “Jeunehomme”
2-1 Allegro 10:57
2-2 Andantino 10:31
2-3 Rondeau: Presto 10:54
2-4 Adagio And Fugue In C Minor K. 546 For String Orchestra
Piano – Keith Jarrett
Orchestra – Stuttgarter Kammerorchester
Conductor – Dennis Russell Davies
PQP
Acho fascinante como, em vários dos primeiros concertos, os sopros são opcionais (por exemplo, no .13). Parece inconcebível se compararmos com os últimos concertos, em que os sopros são maravilhosamente indispensáveis!