Radamés Gnattali (1906 — 1988) e outros – Acervo Funarte

Radames GnattaliO Itaú Cultural lançou este CD, originalmente um vinil , em 1999. As informações a respeito são mais do que insuficientes e o incrível é que ele conta com ilustres desconhecidos, como Tom Jobim, Paulinho da Viola e outros… Sabe-se o grupo que interpreta as primeiras músicas e nem se imagina quem toca o bom quarteto de cordas final. Não vou criticar o Itaú Cultural; afinal, se o CD existe e chegou a mim é por mérito da instituição, mas bem que ele poderia ser mais informativo.

Radamés Gnattali (Porto Alegre, 27 de janeiro de 1906 — Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 1988) foi um grande músico e compositor brasileiro. Foi também pianista, maestro e arranjador especializado em choro. Teve trajetória única, não tendo abandonado nunca o erudito, nem o popular. Era notável o carinho que muitos músicos tinham pelo maestro. Desde Raphael Rabello até Tom Jobim, do qual foi parceiro, passando por Cartola, Villa-Lobos, Pixinguinha, Donga, João da Baiana, Francisco Mignone, Paulinho da Viola, Lorenzo Fernandez e Camargo Guarnieri.

É popular, é erudito? Olha, só pensei nisso agora e não me interessa a resposta.

Radamés Gnattali – CD do Acervo da Funarte editado pelo Itaú Cultural

Instrumentistas:

– Tom Jobim piano e flauta
– Paulinho da Viola cavaquinho
– José Menezes guitarra
– Chiquinho do Acordeão acordeão
– Um quarteto de cordas não informado….

Faixas:

1. Meu amigo Radamés (Tom Jobim)
2. Meu amigo Tom Jobim (Radamés Gnatalli)
3. Sarau para Radamés (Paulinho da Viola)
4. Obrigado, Paulinho (Radamés Gnatalli)
5. Capibaribe (Radamés Gnatalli)
6. Um choro para Radamés (Capiba)
7. Quarteto Popular (Radamés Gnattali)
– 1º Mvto: Movido
– 2º Mvto: Lento-Vivo-Lento
– 3º Mvto: Allegro Moderato

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30 comments / Add your comment below

  1. Não conheço Radamés. Ouvi apenas uma vez seu concerto para harpa, e achei-o tão repetitivo e vazio… sem contar a orquestração brega. Mas de modo algum posso julgar um compositor tendo ouvido apenas 1 interpretação de 1 obra, em apenas 1 audição, é muita imprecisão. Por isso estou baixando o CD para fazer uma melhor crítica sobre o compositor.

  2. É isso aí! Chega de impor limites à música! Como dizia Guerra-Peixe, música erudita é invenção de intelectual!!!!

    Com um know how da estirpe de Guerra-Peixe, eu não teria coragem de proferir uma provocação assim. É fácil desconstruir depois de tudo já ter sido erguido.

  3. O que eu quis dizer, usando as palavras de Guerra-Peixe, é que o termo música erudita às vezes limita uma coisa muito maior que é a música em si e também, muitas vezes, acaba por depreciar obras que não se enquadrem nesse “gênero”… Lembre-se que este termo surgiu muito depois de tudo ter sido construído e expressa mais uma necessidade de tipificação. Quanto a Guerra-Peixe, ele foi meu professor e, me desculpe, acho ele um ótimo compositor e uma figura pensante no universo musical brasileiro, inclusive foi um dos que levou adiante os ensinamentos do Kollreutter, um cara super importante para a música brasileira. E por falar nisso, alguém tem os Prelúdios Tropicais dele??

  4. Alessandro, a música erudita sempre andou em direção oposta à folclórica, hoje popular. Não é novidade visualizarmos estatísticas que indicam serem os apreciadores mais cultos e instruídos perante o restante dos ouvintes.

    E definições são assim mesmo, restritivas. Já afirmava Wilde: definir é limitar. Servem como peças de um vasto catálogo acadêmico, e no caso artístico. Alguns ficarão para fora do conjunto, infelizmente, mas é necessário sofrer o processo de delimitação para que nossa comunicação não se esvaia em achismos ou ausências de padrões.

    Teve aula com Guerra-Peixe? Olha só, fico surpreso.
    Foi, sim, um compositor bastante importante para nossa música, contudo, opinião própria, isso não confere a ele porte suficiente para desclassificar algo já edificado por séculos de suor e empenho, e emitir uma carga pejorativa àqueles que assim assentem.

  5. Ai, Meu Deus! Será que entrei numa polêmica? O que ele falava é que o que existe é música boa e música ruim, e só. E sem querer ser chato, a música folclórica não se transformou em popular, ela existe até hoje. O termo folclórico em música diz respeito a algo que é transmitido pela tradição oral de um povo e que pertence ao acervo cultural desse povo. Erudito é algo que é transmitido formalmente por processo escrito(essas definições são de Mário de Andrade). Popular já é outra coisa, é algo que surgiu com a indústria cultural e diz respeito a algo que é transmitido em larga escala (Adorno). A música folclórica não se transformou em popular, são duas coisas diferentes. O fenômeno da música popular, segundo Adorno surge no século XIX com os compositores “eruditos” dessa época sendo obrigados a se adaptar a essa indústria (o fênomeno dos editores, das peças que eram vendidas para o público e tinham que se adequar aos padrões desse público, tais como os Momentos Musicais, as transcrições para piano de óperas e balés, que iam em direção ao público que “consumia” isso em casa etc. etc.). Mas o Henry Raynor em sua História Social da Música mostra muito bem que a música “erudita” sempre teve esse lado popular: Bach compunha sob encomenda, assim como Mozart e outros e acabavam que tinham que se adaptar às exigências de seu público, senão não ganhavam dinheiro. Na verdade, esses conceitos são muito difíceis de serem separados… E vou te falar uma coisa que eu acho: a tentativa de ficar segmentando uma coisa tão mais rica que a música acaba por afastar o grande público da chamada música “erudita”. Esse excesso de seriedade que as pessoas têm para com a música “erudita” acaba impedindo que muita gente entre em contato com um universo musical tão rico e humano, o que eu acho uma grande lástima.

  6. Concordo com todos. Definições e nomenclaturas são necessárias para que seja possivel se ter uma idéia do todo, através da divisão em “grupos”. Entretanto, todas as divões são falhas, pois caracteres transitórios entre padrões acabam tornando-se indefinidos, e são repelidos de ambos os lados. Portanto é necessária a criação de divisões, mas também é necessário ter flexibilidade para molda-las.
    Ouvintes de música erudita tendem a valorizar-se em demasia, intitulando a si mesmos de “intelectuais”, devido à grande qualidade da música que ouvem e a inteligência musical necessária para ouvi-la, quando na realidade, a música de boa qualidade encontra-se em lugares muito mais diversos do que se imagina. Foi o que perceberam Bartók, Kodály, Villa-Lobos, um coreano de cujo nome esqueci-me (que vexame), e diversos outros nacionalistas, que viram na música popular, religiosa, folclórica, etc., estruturas absolutamente mais complexas do que imaginavam os “intelectuais” e sua “música de qualidade”, foi isso que quis dizer Guerra-Peixe(ou eu assim entendi).(antes que Nícolas responda, não, não estou dizendo que você afirmou ser a música popular de qualidade inferior, pois você não o fez, e não estou dizendo que é arrogante e se intitula “intelectual”, pois também não o é) (mas infelizmente eu sou, admito). 8 )
    Eu ampliaria o conceito de “música erudita” para toda música feito com o objetivo final de ser perfeita, seja na forma, na polifonia, na sequência de acordes, na variedade de sentimentos transmitidos, etc., e abarca, portanto, músicas selecionadas de todos os gêneros, inclusive músicas típicas de regiões não européias (como China e Índia pré-colonial).

  7. Olhaí, vou entrar em outra polêmica, mas a música, em si, como linguagem, não transmite sentimentos, a gente é que coloca sentimentos no que ouve… Ficamos com raiva quando ouvimos música? É que associamos determinado padrão a algo que nos remete à raiva e isso é puramente cultural…. Outra coisa, postei uma resposta ao Nícolas mas não estou vendo aqui, vcs sabem por quê??? Abraços!!!!

  8. Alessandro, o fato de ser boa ou ruim, algo quase sempre subjetivo, é fraco demais para delimitar conceitos.

    Olha, a música folclórica não é a mesma que existe hoje, nem a popular o foi assim, apeguei-me somente a denominação. Antes existiam esses dois tipos musicais: a erudita, sem o fato de ser assim classificada na época, e a oposta a ela, ou seja, a folclórica/popular (termo, como já frisou, datado do século XIX).

    Da mesma maneira que a terminologia “música clássica” compreende dois setores absolutamente distintos — sinônimo de música erudita e música do período do Classicismo —, a música folclórica abarca ambos os conceitos citados por você, de maneira que nenhum é equívoco ou irresponsável.

  9. Aron, seria o Hwang Byungki?

    Veja bem, meu comentário sobre a intelectualidade dos ouvintes de música erudita é baseado em fatos. Todas as estatísticas mostram que aqueles que apreciam esse setor da música possuim níveis mais instruídos, comparado à média dos que ouvem música popular, sendo que evidentemente os fãs de música popular se espalham por todos os níveis “intelectuais” de uma sociedade.

    O preconceito infelizmente é inevitável, mesmo que implícito. Mas é equívoco achar que ele parte somente dos fãs de música erudita, pois há um preconceito recíproco: é motivo de gozação alguém dizer “eu gosto muito de ópera” no meio de um encontro de amigos.

    Agora, eu sou meio chato para esse tipo de assunto. O Alessandro disse: “Esse excesso de seriedade que as pessoas têm para com a música “erudita” acaba impedindo que muita gente entre em contato com um universo musical tão rico e humano, o que eu acho uma grande lástima.”
    Mas eu não concordo, apesar de achar que a música erudita deveria ter espaço maior perante o monopólio popular. A música está aí, ao acesso de todos, inclusive sendo distribuída de graça pelo governo. Se não há procura não é pelo motivo de haver esse “excesso de seriedade”, e sim por falta de interesse. Eu jamais obrigaria alguém a ouvir algo que não goste; isso criaria ainda mais resistência à música erudita.

    Da mesma forma que um aluno desinteressado atrapalha todo o andamento da aula, ouvintes “intrusos” somente atrapalhariam os que querem degustar a riqueza da música erudita.

    A popular tem suas qualidades e riquezas próprias e a erudita também, não há barreiras em nenhuma delas. Quem quiser, ouve; quem não quiser, não ouve. Simples assim.

  10. Minha mãe hoje sofre do Mal de Alzheimer e por isso não vai entrar nesta discussão, mas em seus áureos tempos dizia que havia apenas dois tipos de música: a perecível e a permanente.

  11. Caro Alessandro,
    Concordo que a música não transmite sentimentos, pois isso é cientificamente impossível, o sentimento surge da interpretação da mesma, entretanto, ela é universal.
    Já perguntei para meu primo (que mal sabia falar) se os acordes que ele escutava eram alegres ou tristes (maiores ou menores, para quem já sabe falar direitinho), e ele não errava uma! Sem estudo de música, sem imposição estética social prévia, ele sentia o som como todos sentem. Então, apesar de não transmitir diretamente os sentimentos, a música causa sensações similares em todos os seus ouvintes, com requintes muito maiores do que “feliz” ou “alegre”. É claro que vivências pessoais relacionadas à um determinado som modificam a interpretação do mesmo (como, por exemplo, uma música que você tenha ouvido por acaso no enterro de sua mãe, a qual ativa essa lembrança ao ser ouvido novamente), mas boa parte da interpretação é universal (a tal ponto, que eu me pergunto se outros animais não entendem da mesma forma que os humanos os sons.) Dessa forma, a música não foi inventada, ela foi descoberta, e a manipulação da mesma, também manipula os sentimentos associados, pois o compositor tem certeza quanto a interpretação sentimental do ouvinte.

    Caro Nícolas,
    Sei que os ouvintes de música erudita são realmente mais instruidos, pois, como você falou, diversas pesquisas comprovam, mas isso não é motivo para que vangloriem-se e considerem-se superiores. O preconceito é errado nas duas vias citadas (e ralmente existe nos dois sentidos). Acho que todos deveriam ser amigos e respeitosos para com os outros, para que um dia possamos ser todos felizes.
    (Estou pensando em escrever um livro de auto-ajuda, que tal o treino?).
    Ah, e acho que é Hwang Byungki, não tenho certeza. Só sei que é um compositor contemporâneo (acho que morreu a pouco tempo) que fazia música atonal, mas com forte influência da música típica Coreana, de tal modo que chegava a ser quase tonal por vezes (principalmente no final da carreira).

    Caro PQP,
    Também gosto da divisão (quase igual é verdade) de Hermeto Pascoal: Existem dois tipos de música: boa e ruim (mais simplória, mas mais rápida de se escrever).

  12. Ah, sim, esqueci de perguntar: você é arrogante? Não me parece. =)
    “Há muito mais entre o que uma pessoa pensa e o que escreve em comentários de blogues, do que ousa sonhar sua vã filosofia” (Hamlet) Acho que a frase era mais ou menos assim, talvez não fosse “blogues” e sim “pergaminhos públicos” ou algo assim.
    8 )

  13. Há quem ouça música somente se for feita num determinado lugar e numa determinada época. Fora deste intervalo, às vezes de uma década ou milha, nunca. Esses podemos chamar de idiotas musicais de larga escala, não devem ter vez nas estatísticas.

  14. O predomínio cultural de centros irradiadores da civilização ocidental definiu, dentre outras coisas, o que seria a música civilizada para os ocidentais. Mesmo quando esses centros já estavam saturados do que geravam, e se rejuveneciam das fontes folclóricas, como quando Villa Lobos levava folclore para Paris e trazia o que lá já não interessava tanto, mas por aqui era o máximo!

  15. Aron, não acho correto o preconceito, apenas não tempo meus olhos acreditando que ele não existe. Da mesma forma que tem se tornado tabu comentar sobre negros, parece-me haver um desapreço geral por aqueles que “ousam” tecer relações entre música erudita e popular, mesmo quando é para enaltecer uma delas.

  16. Aaron, eu concordo inteiramente com seu comentário.

    Rapaz, eu estou espantado!

    É justamente isso que eu penso!

    Relativizar tudo, e subjetivizar tudo tambem não é o caminho.

    Ha algo de Universal na musica!

    Já compararam a Apassionata com as fases do desenvolvimento psicologico (infancia – juventude – fase adulta com auto-avaliação dos anos anteriores), ou com a excitação sexual (excitação, adiamento da satisfação, satisfação).

    E as metáforas da “luta do homem com o seu destino” ou “da luta do homem para a superação da escuridão” com que a Quinta Sinfonia de Beethoven foi adornada? É claro que não podemos tomar ao pé da letra essas metáforas, mas é inevitavel que a grande maiorias da população quando ouve essas musicas, acabam sendo tocadas e vem às suas mentes essas sensações!

    Como negar isso? Será que o compositor quando compos, não havia pensado que isso poderia surtir efeito na mente dos ouvintes?

    Música não é feita apenas para os especializados, mas principalmente para o grande publico, que é leigo. Será que Mozart, Beethoven, Schumman, Chopin, nao sabiam disso?

    Grande abraço!

  17. Oi Aron, acho que entendi o que vc quis dizer, mas sem me aprofundar muito só queria esclarecer algumas coisas… Antes de tudo, a música vem de um fenômeno físico: o som (aquele cuja onda é regular e por isso mesmo tem uma altura definida e aquele outro cuja onda é irregular e que não tem uma altura definida, o chamado ruído) e o silêncio (a ausência de som). A música é uma construção a partir disso e possui vários parâmetros: a harmonia que é a combinação de sons, a textura que é a forma como os diferentes planos sonoros se entrelaçam (o que vai resultar em homofonia, polifonia ou monofonia), o ritmo que é a duração do som no tempo, a forma que é como a construção musical se apresenta etc. etc. Cada cultura vai utilizar esses parâmetros para construir musicalmente algo, tanto que a acepção aceita pelos estudiosos é que música é um fenômeno sonoro que determinada cultura aceita como tal. Sou professor de música e uma vez fiz também uma experiência interessante: numa aula de iniciação musical coloquei várias gravações de músicas de todo o mundo e perguntava aos meus alunos se aquilo que eles estavam ouvindo era música ou não. Na verdade, tudo que eu mostrei a eles era música (de acordo com a acepção que eu apresentei acima) mas em alguns momentos eles falavam que aquilo que eles estavam escutando não era música (como a “Dança dos Macacos”, uma construção de uma tribo no interior da África que aos ouvidos ocidentais parece uma gritaria só, mas que para eles tem todo o sentido). O que eu quero te mostrar com esse exemplo é que a música não existe previamente, o homem a inventou e como ser cultural que é, em cada cultura ela vai adquirir formas completamente diferentes e muitas vezes que não se falam. Essa história de que a música é uma linguagem que todo mundo compreende é uma das heranças do romantismo do século XIX que encheu o universo musical de preconceitos e idéias errôneas. Ao Romantismo nós devemos essa idéia de que tom menor é triste e tom maior é alegre. Pura balela!!! Posso te enumerar várias músicas em tom menor que não são nada tristes e várias músicas em tom maior que não são nada alegres. Em relação ao seu sobrinho, não sei qual a idade dele, mas te digo uma coisa: o fenômeno da aculturação começa muito cedo!!! Grande abraço!!!!

  18. ok. Eu me rendo Alessandro. Não tenho conhecimento musical para discutir com um professor no gênero. Você venceu, admito. Escrevi que a música era universal, mas já estava com um pé atrás, pois afinal, estava repetindo um conceito popular, e já cansei de enumerar conceitos populares errôneos (como o T-Rex que é consderado por todos como o maior carnívoro de todos os tempos, mesmo estando já os paleentólogos descobrindo espécies maiores a mais de 10 anos, ou outros exemplos mais esdrúxulos).
    E não acho que o termo “aculturação” não está tão errôneo na situação, hehe. A aprendizagem é uma aculturação em pequena escala (esse conceito não é popular, então é possível que esteja correto).

  19. Gostaria de contar com sua ajuda para divulgar um vídeo no youtube em que toco o Concerto de Copacabana, para violão e orquestra, de Radamés Gnatalli, com a Orquestra de Câmara Vale do Paraíba, regência de Rogério Santos.

    A composição remete ao Rio idílico dos anos 40, pré-Bossa Nova, e representa as belezas naturais da cidade do Rio de Janeiro.

    A orquestra é um grupo que trabalha num projeto social em São José dos Campos, e vêm realizado um trabalho belíssimo.

    http://br.youtube.com/watch?v=92vqmQgeC7Y
    http://br.youtube.com/watch?v=5qd0HAii3xM
    http://br.youtube.com/watch?v=48Y7w-2gSwU

    Muito obrigado!
    Alvaro Henrique

  20. Meu esta eterna discussão entre popular Vs Eruditos. eu admiro grande nomes da música erudita mais vai toca um choro ou um jazz que é minha praia um be boop hard boop pega um pianista clássico de surpresa tira a partitura o menino e diz agora vamo improvisa uma levada. Tenho muitos amigos com formação clássica que tem bandas paralelas que se dis jazz. a sonoridade um lixo aquele som redondo, quadrado, sem swing. Sem senso de improvisação. sem tempero que o jazz pede implora. o que quero dizer que cada gênero tem sua dificuldade sua história seu contexto. e sua beleza e dentro disso existe as perolas as músicas que ficam. para a eternidade. Quem disse que Radamés é ruim. pq não entende de música ou não se propôs em escutar seus álbuns. concordo que ele não é excelente comparado aos mestres da erudito. mas no popular o cara é foda
    o cara faz parte do contexto histórico da música brasileira tão importante quanto tom Jobim, villa lobos, Ernesto Nazareth este era outro que os erutido a musica elitizada os egravatados virtuosos tinham que dar espaço ceder o piano para Ernesto toca. ae vem Chiquinha gonzaga, o que o villa lobo fez. e o Arthur Moreira Lima. todos tocaram popular. alias tem um monte de estrangeiro erutido que chega aqui e baba na música instrumental popular brasileira.

    vc conhece a história do djando e do segovia?
    quero dizer que o radamés dinha noção dos dois gêneros. e misturava e seus albuns. coloca hae.

    Radamés Gnattali e Raphael Rabello – Tributo a Garoto (1998)
    (1956) Suíte popular brasileira para violão e piano – Radamés Gnattali e Laurindo de Almeida • Continental • LP

    (1982) Vivaldi & Pixinguinha-Radamés Gnattali (PianoCravo) e Camerata Carioca • LP

  21. Prezados amigos, embora atrasado cerca de dois anos para esta discussão intelectual, filosófica, acadêmica e até religiosa, coloco meu pitaco de ignorante terceiro-mundista que sou e digo que Música é Música, não importa o gênero, seja a mais bela execução da 5a. de Beethoven ou o forró mais escrachado de um Rasta Chinela da vida. Se hoje ouço a clássica ou jazz e afins é puramente por prazer e apreço pessoal aos gêneros ou estilos. Considero-me um privilegiado por conseguir processar em meu cérebro belezas sonoras de certas composições às quais só o referir é vergonha (essa eu copiei do Paulo de Tarso, o apóstolo mesmo hehe). Fulano disse isso, Beltrano aquiloutro, alguém classificou assim, outrém desclassificou assado… Bueno, existen la vida y la muerte inmutables, el resto son palabras. Mas, como estava dizendo, a Música blah blah blah…

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