Para qualquer fã sério de jazz fusion — não sou um deles –, o lançamento do álbum solo de estreia de Jaco Pastorius não foi nenhuma surpresa. Em grande parte autodidata, aos 22 anos ele já dava aulas de baixo na Universidade de Miami, onde criou uma forte amizade com o guitarrista Pat Metheny, que levaria os dois a gravarem juntos, lançando um LP nada conhecido (simplesmente intitulado Jaco) em 1974. Mas foi só quando ele se tornou um membro do fusion Weather Report que o começou a deixar sua marca. Jaco Pastorius, disco lançado em 1976, é uma vitrine para os talentos incríveis do baixista, sem mencionar sua maturidade como compositor. Junto com no estúdio estavam ninguém menos que alguns dos melhores músicos de jazz da época: Herbie Hancock, Wayne Shorter, Lenny White, David Sanborn, Hubert Laws e Michael Brecker. Até mesmo as lendas do soul / R&B Sam & Dave fazem uma aparição. Acho que este é o disco menos impressionante de Pastorius. Depois ele fez coisa muito melhor, em trabalhos próprios e de outros. Claramente, Jaco Pastorius era um mestre que morreu em circunstâncias trágicas em 1987 aos 35 anos. Jaco permanecerá para sempre um dos baixistas mais proeminentes que o mundo já ouviu. Ele tinha 24 anos quando gravou este disco.
Jaco Pastorius (1976)
1 Donna Lee
Bass – Jaco Pastorius
Congas – Don Alias
Written-By – Charlie Parker
2 Come On, Come Over
Baritone Saxophone – Howard Johnson (3)
Bass Trombone – Peter Graves
Bass, Arranged By [Horns] – Jaco Pastorius
Congas – Don Alias
Drums – Narada Michael Walden
Keyboards – Herbie Hancock
Saxophone [Alto Solo] – David Sanborn
Tenor Saxophone – Michael Brecker
Trumpet – Randy Brecker, Ron Tooley
Vocals – Sam & Dave
Written-By – B. Herzog*
3 Continuum
Bass – Jaco Pastorius
Bells – Don Alias
Drums – Lenny White
Electric Piano [Fender Rhodes] – Alex Darqui, Herbie Hancock
4 Kuru / Speak Like A Child
Bass, Arranged By [Strings] – Jaco Pastorius
Cello – Beverly Lauridsen, Charles McCracken, Kermit Moore
Conductor [Strings] – Michael Gibbs
Congas, Bongos – Don Alias
Drums – Bobby Economou
Piano – Herbie Hancock
Viola – Manny Vardi*, Julian Barber*, Selwart Clarke
Violin – Harold Kohon, Harry Cykman, Harry Lookofsky, Joe Malin, Paul Gershman
Violin, Concertmaster – David Nadien
Written-By [Speak Like A Child] – H. Hancock*
5 Portrait Of Tracy
Bass – Jaco Pastorius
6 Opus Pocus
Bass – Jaco Pastorius
Drums – Lenny White
Electric Piano [Fender Rhodes] – Herbie Hancock
Percussion – Don Alias
Soprano Saxophone – Wayne Shorter
Steel Drums [Alto Pans] – Othello Molineaux
Steel Drums [Tenor Pans] – Leroy Williams (21)
7 Okonkolé Y Trompa
Bass – Jaco Pastorius
Congas, Bata [Okonkolo, Iya], Afoxé [Afuche] – Don Alias
French Horn – Peter Gordon (8)
Written-By – D. Alias*
8 (Used To Be A) Cha-Cha
Bass – Jaco Pastorius
Congas – Don Alias
Drums – Lenny White
Piano – Herbie Hancock
Piccolo Flute – Hubert Laws
9 Forgotten Love
Arranged By [Strings], Conductor [Strings] – Michael Gibbs
Cello – Alan Shulman
Double Bass – Homer Mensch, Richard Davis (2)
Piano – Herbie Hancock
Viola – Al Brown*
Violin – Arnold Black, Matthew Raimondi, Max Pollikoff
Após um período difícil nos anos 1980 e 90, quando aderiu a algumas modas que hoje soam duvidosas, Billy Cobham iniciou os anos 2000 atacando em duas frentes: uma delas, o jazz com instrumentos acústicos, normalmente com seu parceiro Ron Carter e outros músicos tocando piano, saxofone, etc., por exemplo no belo disco ao vivo de 2011 que vimos aqui.
Em paralelo, ele montou uma banda com dois tecladistas, guitarra e baixo, com a qual tem feito turnês pelo mundo e principalmente pela Europa, onde vive há muitos anos. Também tocou no Brasil em 2012 e em 2023. Inclusive as fotos que ilustram esta postagem são de Billy Cobham e seus fiéis escudeiros no Rio de Janeiro ano passado: a tecladista francesa Camelia Ben Naceur e o percussionista brasileiro Marco Lobo, nascido na Bahia, e que é especialista no berimbau. Este instrumento tipicamente brasileiro aparece na faixa Bara”boom” chick, em um diálogo muito especial com a bateria de Cobham.
A foto de Billy Cobham mais acima, assim como esta abaixo (capa do disco ao vivo de 2010), expressam bem a sua personalidade musical: irradiando alegria pelas duas mãos, pés e por todo o resto do corpo, ele segue em atividade aos 80 anos com esse ar irreverente, em contraste com o terno e a seriedade do quase nonagenário Ron Carter.
Billy Cobham Band – Live In Leverkusen (2010)
1. Mirage 9:10
2. Obliquely Speaking 6:54
3. Two For Juan 8:29
4. A Days Grace 9:31
5. Crosswinds 6:37
6. Drumsolo 5:19
7. Cancun Market 7:46
8. Red Baron 9:28
9. Stratus 13:01
Billy Cobham (Drums); Fifi Chayeb (Bass); Jean-Marie Ecay (Guitar); Camelia Ben Naceur, Christophe Cravero (Keyboards); Junior Gill (Percussion)
Billy Cobham Band – Tierra Del Fuego (2020)
1. Symbiosis
2. Dunes That Move
3. Light At The End Of The Tunnel
4. For Bubba & Bella
5. Tierra Del Fuego
6. Panama
7. Bara “Boom” Chik
8. Through The Eye Of The Needle
9. Petra In 3 Phases
Billy Cobham (Drums); Michael Mondesir (Bass); David Dunsmuir (Guitar); Camelia Ben Naceur, Steve Hamilton (Keyboards); Marco Lobo Moreira (Percussion)
Recorded in Mazzive Sound Studios, Switzerland, 2019
Billy Cobham talvez seja o maior baterista vivo e em atividade no planeta. E podem ter certeza de que eu não falo isso pra todos. Não me lembro de ter feito, até hoje, uma série de postagens com elogios tão longos a um baterista ou percussionista, e olha que já falei aqui de figuras veneráveis como Naná Vasconcelos (1944-2016), Wilson das Nees (1936-2017) e Rashied Ali (1933-2009).
Temos aqui dois discos de Billy Cobham com sua banda de meados dos anos 1970. A sonoridade mantinha-se próxima do jazz-fusion do seu disco de estreia, porém, com três ou mais instrumentos de sopro e com linhas de baixo mais dançantes, ele ia se aproximando do funk. Isso já é verdade no disco gravado ao vivo na Europa, mas sobretudo no disco seguinte, A Funky Thide of Sings (1975). Um dos grandes momentos de toda a carreira de Billy Cobham, este álbum tem arranjos que lembram um pouco o instrumental dos discos de Michael Jackson como Off the wall (1979) e os anteriores com seus irmãos. A semelhança se dá sobretudo com os baixos extremamente dançantes, também os teclados e metais, mas é claro que a percussão aqui é muito mais elaborada. Amo este disco.
Para além do entusiasmo com esses excelentes músicos como Milcho Leviev (teclados) e Alex Blake (baixo), é interessante notar também que tanto a mudança de sonoridade rumo ao funk como as turnês na Europa fizeram parte de um contexto de crise do jazz nos EUA como gênero comercialmente viável. Sobre isso, um respeitado historiador resume:
Assim como a música clássica, o jazz sempre foi um interesse de minorias, contudo, diversamente da música clássica, esse interesse não foi estável. O interesse pelo jazz passou por diferentes fases, havendo momentos de desânimo. O final da década de 1930 e os anos 1950 foram períodos em que o jazz se expandiu de maneira notável, mas nos anos da depressão de 1929 (nos EUA, pelo menos), até o Harlem preferiu música suave à meia-luz em vez de Duke Ellington ou Louis Armstrong. (…) A idade de ouro dos anos 50 terminou de repente (…). Os jovens, sem os quais o jazz não pode existir, o abandonaram com uma rapidez extraordinária.
Não foram poucos os músicos de jazz americanos que acharam melhor emigrar para a Europa naquelas décadas. Como disse um famoso saxofonista em 1976: “Não acho que possa ganhar o suficiente neste país. Não acho que alguém possa… Não há público em número bastante… Nos últimos dois anos, a banda fez mais apresentações na Alemanha do que aqui”.
(Eric Hobsbawm. O Jazz a partir de 1960. In: Pessoas extraordinárias – Resistência, rebelião e jazz. 1989)
Billy Cobham – percussion
Michael Brecker – saxophone
Randy Brecker – trumpet
Glenn Ferris – trombone
John Abercrombie – guitar
Milcho Leviev – keyboards
Alex Blake – bass
Recorded at the Rainbow Theatre, London, England, 13/jul/1974 (tracks 1, 3, 4) / at the Montreux Jazz Festival, Switzerland, 4/jul/1974 (track 2). All compositions by Billy Cobham
1. Panhandler (Billy Cobham) – 3:50
2. Sorcery (Keith Jarrett) – 2:26
3. A Funky Thide of Sings (Billy Cobham) – 3:23
4. Thinking of You (Alex Blake) – 4:12
5. Some Skunk Funk (Randy Brecker) – 5:07
6. Light at the End of the Tunnel (Billy Cobham) – 3:37
7. A Funky Kind of Thing (Billy Cobham) – 9:24
8. Moody Modes (Milcho Leviev) – 12:16
Billy Cobham – percussion, synthesizers
Milcho Leviev – keyboards
John Scofield – guitar
Alex Blake – bass
Michael Brecker, Larry Schneider – saxophone
Randy Brecker, Walt Fowler – trumpet
Tom Malone – trombone, piccolo
Glenn Ferris – trombone
Rebop Kwaku Baah – congas
O ano de 1973 foi extremamente movimentado para Billy Cobham: aos 29 anos, ele alcançava uma fama maior com o grupo Mahavishnu Orchestra, ao mesmo tempo que presenciava a desintegração deste grupo. Não faltaram outros parceiros musicais de imenso talento, com os quais ele tocou em estúdio e em turnês pelos EUA. um desses parceiros foi o guitarrista Carlos Santana, que naquele momento já tinha uma legião de fãs na California, enquanto os fãs de John McLaughlin se concentravam mais em Nova York e na costa leste em geral. Os dois guitarristas gravaram um disco em 1973 e cada um trouxe parte de suas bandas: McLaughlin contou com Billy Cobham na bateria e Santana trouxe Armando Peraza (1924-2014), percussionista de origem cubana. Larry Young (órgão hammond) completa a banda principal, que teve ainda a participação mais discreta do baixista Doug Rauch, também da banda de Santana desde 1970. Essa mesma banda fez uma curta turnê em 1973, uns 10 ou 20 shows. Ao vivo, no show em Saratoga (estado de NY, USA), aos menos para os meus ouvidos eles estão ainda melhores do que no estúdio.
Também foi em 1973 que Billy Cobham gravou seu primeiro álbum como líder de uma banda: aqui, sem guitarra, ele convidou o tecladista da Mahavishnu Orchestra, Jan Hammer, que é o principal destaque no disco Spectrum junto com o baterista. Hammer em seguida tocaria muitos anos com Jeff Beck, incluindo o clássico álbum Wired (1976). Apoiado na reputação que Billy Cobham ia construindo em meio a tantos discos e shows em outras bandas, esse seu primeiro disco solo foi um sucesso de vendas e alavancou a sua longa carreira solo, da qual veremos dois dos seus outros álbuns amanhã.
Na continuação das homenagens ao baterista Billy Cobham, hoje temos mais três discos com a sua participação, e que até hoje são frequentemente reeditados e relembrados em listas de melhores disso ou daquilo. Os textos abaixo são adaptados do blog jazz-rock-fusion-guitar, um dos mais longevos da internet junto com este PQPBach e uma meia dúzia de outros dedicados à música. Mas antes uma observação: é um exagero dizer que Billy Cobham foi da banda de Miles Davis. Ele gravou com Miles, como baterista já muito conhecido como músico de estúdio em Nova York e New Jersey. Mas não chegou a fazer vários shows e turnês com Miles Davis em sua encarnação elétrica, ao contrário de nomes como Wayne Shorter, Chick Corea, Keith Jarrett, Jack DeJohnette. Com a Mahavishnu Orchestra de John McLaughlin, sim, ele teve uma ligação mais duradoura e intensa entre 1971 e 1973. E foi a partir do grande sucesso dos discos e dos shows dessa banda que Billy Cobham ganhou um público de admiradores e iniciou uma carreira como líder de seus próprios grupos, mas isso já são cenas do próximo capítulo.
Jack Johnson, também conhecido como A Tribute to Jack Johnson, foi a segunda trilha sonora de filme que Miles Davis compôs, depois de Ascenseur pour l’échafaud em 1957. Em 1970, Bill Cayton (empresário do boxe) pediu a Davis que gravasse música para seu documentário de mesmo nome sobre a vida do boxeador Jack Johnson. A saga de Johnson ressoou pessoalmente em Davis, que escreveu no encarte do álbum sobre a maestria de Johnson como boxeador, sua afinidade com carros velozes, jazz, roupas e mulheres bonitas, sua negritude não reconstruída e sua imagem ameaçadora para os homens brancos. Jack Johnson foi um ponto de virada na carreira de Davis e desde então tem sido visto como uma de suas maiores obras.
Na capa original do LP (clique na foto mais abaixo para ampliar), além de uma foto de Miles Davis e seu trompete, há também um texto introdutório do próprio Miles, no seu característico estilo direto e combativo, que começa assim:
A ascensão de Jack Johnson à supremacia mundial dos pesos pesados em 1908 foi um sinal para o surgimento da inveja branca. Consegue imaginar? E, claro, nascer Negro na América… todos nós sabemos como é. Um dia antes de Johnson defender o título contra Jim Flynn (1912), ele recebeu um bilhete: “Deite-se amanhã ou amarraremos você – Ku Klux Klan.” Dig that!
Johnson representou a Liberdade – ela tocou tão alto quanto o sino que o proclamava Campeão. Ele era um homem de vida rápida, gostava de mulheres – muitas delas e a maioria brancas. Ele tinha carros chamativos, isso mesmo, os grandes e os rápidos. Ele fumava charutos, tomava os melhores champagnes e tinha um contrabaixo de mais de 2 metros no qual ele orgulhosamente tocava jazz. Sua extravagância era óbvia. (…) E quanto mais ele era odiado, mais dinheiro ele ganhava, mais mulheres ele conquistava e mais vinho ele bebia.
Davis, que queria formar o que chamou de “a maior banda de rock and roll que você já ouviu”, gravou com uma formação composta pela guitarra de John McLaughlin, o baixo elétrico de Michael Henderson, os teclados de Herbie Hancock e a bateria de Billy Cobham.
A principal sessão de gravação do álbum, em 7 de abril de 1970, foi quase acidental: John McLaughlin, aguardando a chegada de Miles, começou a improvisar riffs em sua guitarra, e logo se juntou a Michael Henderson e Billy Cobham. Enquanto isso, os produtores trouxeram Herbie Hancock, antigo parceiro de Miles e que por acaso estava de passagem pelo prédio, para tocar órgão Farfisa – criando sonoridades que por vezes lembram o Pink Floyd do período com Syd Barrett (1966-1968).
Em “Yesternow”, existem duas bandas, a primeira mencionada acima e outra que começa por volta das 12h55. A segunda formação foi Miles, McLaughlin e Sonny Sharrock (guitarras), Jack DeJohnette (bateria), Chick Corea (teclado), Bennie Maupin (clarinete baixo), Dave Holland (baixo elétrico). Os primeiros 12 minutos da música giram em torno de um único riff de baixo retirado de “Say It Loud, I’m Black and I’m Proud”, de James Brown. Jack Johnson é um dos melhores discos de jazz elétrico já feitos por causa do sentimento de espontaneidade e liberdade que evoca no ouvinte, pelos solos estelares e inspiradores de McLaughlin e Davis e pela perfeição da montagem de diferentes takes no estúdio por Miles e pelo produtor Teo Macero.
Os outros discos da postagem de hoje são da Mahavishnu Orchestra, que não era uma orquestra no sentido literal, apenas uma banda com cinco músicos tocando jazz-rock (fusion) em instrumentos elétricos: guitarra, baixo, teclado, violino e bateria. O líder, John McLaughlin, foi um dos protagonistas da banda de Miles na fase dos discos Bitches Brew e Jack Johnson, tendo fundado sua própria banda logo em seguida. Apesar de – ao menos quando sob os holofotes – espiritualizado em um peculiar estilo bastante influenciado pela fase final de Coltrane, McLaughlin ao mesmo tempo queria assinar como único compositor da banda e ficar com a maior parte da grana, o que fez com que a 1ª formação da Mahavishnu Orchestra durasse apenas uns dois anos. Uma pena, pois raramente se viu gente tão talentosa e com uma química tão intensa entre si. A bateria de Billy Cobham, com seu peculiar estilo de subdividir os ritmos, funcionava perfeitamente com os compassos quebrados da guitarra e dos demais instrumentos.
Birds of fire foi o 2º e último disco de estúdio dessa 1ª e melhor formação da Mahavishnu Orchestra, é cheio de notáveis solos precisamente coreografados e de alta velocidade – com John McLaughlin, Jerry Goodman e Jan Hammer todos unidos, apoiados pela bateria de Billy Cobham e seu som muito peculiar.
Em seguida, em 1973, em meio às dificuldades durante a gravação de um abortado 3º álbum, lançaram o disco ao vivo Between Nothingness & Eternity. Neste show no Central Park de Nova York os cinco virtuosos do jazz-rock podem ser ouvidos em faixas mais longas e com mais liberdade do que no estúdio. Há apenas três faixas no disco, cada uma se desenvolve organicamente através de uma série de seções, e há menos passagens em uníssono sincronizado do que nas gravações anteriores. McLaughlin está tão brilhante como sempre na guitarra elétrica de braço duplo, e Jan Hammer (teclados) e Jerry Goodman (violino) são páreo para ele no departamento de velocidade, com o baterista Billy Cobham exibindo uma sonoridade poderosa, bruta e convincente em seu acompanhamento.
Younger listeners raised on rock responded to the band’s vitality and extraordinary musicianship; Hammer added synthesizers to his arsenal, developing a keyboard style nearly as influential as that of McLaughlin’s frenetic guitar work and Cobham’s rumbling percussive attack. But it was nearly inevitable that the life span of such a dynamic ensemble would be brief. The Mahavishnu Orchestra threw down the gauntlet; fusioneers who followed have been trying to catch up ever since.
The original Mahavishnu Orchestra only lasted a short time, but they created a tremendous body of work. Not quite rock but too loud for jazz, they blazed the trail for fusion and left everyone far behind. This collection has both studio albums – with not a bad cut between them -and the live ‘Between Nothingness and Eternity’, which, unusually for the time, had all new music on it and was more expansive, with the shortest cut being nearly ten minutes long.
Estava caminhando na rua quando este CD começou a tocar. Logo pensei, ih, fusion, vou detestar. Mas depois algo de enorme categoria entrou pelos meus ouvidos. Parecia o time do Inter treinado por Coudet, nada da grossura gremista.
Bem, finalmente, em 2012, a nave-mãe retornou! O RTF estava de volta com seu quinto disco ao vivo, e que disco! A banda podia estar envelhecendo, mas de forma alguma seu talento diminuiu. Esta formação, que foi apelidada de Return to Forever IV para a turnê, tem algumas mudanças em relação à formação clássica: Frank Gambale assume as funções de guitarra de Al Di Meola, e Jean-Luc Ponty acrescenta sua experiência de violino ao conjunto. The usual suspects – Chick Corea, Stanley Clarke e Lenny White – estão presentes. A primeira coisa que notei ao ouvir esse álbum foi a qualidade do som, que é incrivelmente rica e completa para uma gravação ao vivo. Embora o som aqui seja praticamente com a qualidade de estúdio, a crueza da performance ao vivo ainda é capturada. No que diz respeito ao material, este álbum duplo contém uma mistura contundente de elementos elétricos e acústicos. A música aqui consiste predominantemente das obras clássicas do grupo. É justo dizer que o material resistiu ao teste do tempo, com as composições de Chick Corea, principalmente, permanecem interessantes com suas estruturas complexas e bem pensadas que ainda deixam muito espaço para improvisação. Falando em improvisação, praticamente todas as músicas apresentam um extenso solo de cada um dos músicos. Não é incomum que uma música tenha mais de dez minutos de solos. No entanto, estes são alguns dos melhores instrumentistas fusion e eles sabem como manter um solo envolvente. Algumas das performances aqui são realmente alucinantes! Os músicos são excepcionais. Cada faixa é especial tanto na composição quanto na performance) e não sei mais o que dizer para te convencer.
.: interlúdio :. Return to Forever: The Mothership Returns
1 Medieval Overture – Written-By – Chick Corea 6:03
2 Señor Mouse – Written-By – Chick Corea 12:10
3 The Shadow Of Lo / Sorceress – Written-By – Lenny White 16:05
4 Renaissance – Written-By – Jean-Luc Ponty 19:40
7 After The Cosmic Rain – Written-By – Stanley Clarke 16:52
6 The Romantic Warrior – Written-By – Chick Corea 18:20
7 Concierto De Aranjuez / Spain – Written-By – Chick Corea, Joaquín Rodrigo 8:12
8 School Days – Written-By – Stanley Clarke 11:21
9 Beyond The Seventh Galaxy – Written-By – Chick Corea 3:44
Drums – Lenny White
Electric Bass, Acoustic Bass – Stanley Clarke
Guitar – Frank Gambale
Piano, Keyboards – Chick Corea
Violin – Jean-Luc Ponty