G. F. Handel (1685-1759): Ariodante (Minkowski)

G. F. Handel (1685-1759): Ariodante (Minkowski)

Considerada a ópera mais perfeita de Handel, Ariodante apresenta algumas das árias mais emblemáticas do repertório barroco. Tem três atos, com libreto anônimo em italiano, baseado na obra de Antonio Salvi. A estreia foi realizada no Covent Garden, Londres, em 8 de janeiro de 1735. Apesar do sucesso inicial, caiu no esquecimento por mais de duzentos anos. Uma edição da partitura foi publicada no início dos anos 1960, a partir da Hallische Händel Ausgabe. Na década de 1970, o trabalho foi relançado e voltou ao repertório regular de óperas barrocas. Inspirado no Orlando furioso de Ariosto, o libreto nos transporta para a Escócia medieval, onde o amor entre o cavaleiro Ariodante e Ginevra é frustrado pelas intrigas sombrias de Polinesso. Mas uma reviravolta final salvará o herói do desespero e da cegueira, num inesperado final feliz…

G. F. Handel (1685-1759): Ariodante (Minkowski)

Ouverture
1-1 (Without Tempo Indication) 3:25
1-2 (Without Tempo Indication) 1:40

Atto Primo
Scena 1
1-3 Vezzi, Lusinghe, E Brio 2:21
1-4a Ami Dunque, O Signore? 0:50

Scena 2
1-4b Ginevra?/ Tanto Ardire?
1-5 Orrida Agli Occhi Miei 2:14

Scena 3
1-6 Orgogliosa Beltade! 0:28
1-7 Apre Le Luci 3:15

Scena 4
1-8 Mie Spiranze, Che Fate? 0:26
1-9 Coperta La Frode 3:31

Scena 5
1-10 Qui D’Amor, Nel Suo Linguaggio? 2:10
1-11 T’Amerò Dunque Sempre, Idolo Mio 0:41
1-12 Prendi Da Questa Mano 1:36

Scena 6
1-13 Non Vi Turbate 1:13
1-14 Volate, Amori 3:30

Scena 7
1-15 Vanne Pronto, Odoardo 0:39
1-16 Voli Colla Sua Trombra 3:41

Scena 8
1-17 Oh! Felice Mio Core! 0:11
1-18 Con L’Ali Di Costanza 6:16

Scena 9
1-19 Conosco Il Merto Tuo, Cara Dalinda 1:25
1-20 Spero Per Voi, Si, Si 3:26

Scena 10
1-21 Dalinda, In Occidente 0:32
1-22 Del Mio Sol Vezzosi Rai 4:41

Scena 11
1-23 Ah! Che Quest’Alma Amante 0:11
1-24 Il Primo Ardor 3:02

Scena 12
1-25a Pare, Ovunque Mi Aggiri 0:44

Scena 13
1-25b E Qual Propizia Stella
1-26 Sinfonia 0:45
1-27 Se Rinasce Nel Mio Cor 1:05
1-28 Si Godete Al Vostro Amor 0:54
1-29 Gavotte 0:57
1-30 Musette I: Lentement 2:03
1-31 Musette II: Andante 0:48
1-32 Allegro 1:37
1-33 Si Godete Al Vostro Amor 0:58

Atto Secondo
Scena 1
2-1 Sinfonia 1:10
2-2a Di Dalinda L’Amore 1:36

Scena 2
2-2b Eccolo, O Amico
2-3 Tu, Preperati A Morire 3:48
2-4 Ginevra? / O Mio Signore! 0:24
2-5 Tu Vivi, E Punito 3:14

Scena 3
2-6 E Vivo Ancora? 0:24
2-7 Scherza Infida In Grembo Al Drudo 11:52

Scena 4
2-8 Lo Stral Ferì Nel Segno 0:35
2-9 Se Tanto Piace Al Cor 3:02

Scena 5
2-10 Felice Fu Il Mio Inganno 0:12
2-11 Se L’ Inganno Sortisce Felice 3:55

Scena 6
2-12 Andiam, Fidi, Al Consiglio 1:21
2-13 Invida Sorte Avara 5:32

Scena 7
2-14 Mi Palpita Il Core 2:12
2-15a Sta’ Lieta, O Principessa! 2:24

Scena 8
2-15b Mio Re! / Lurcanio! Oh Dei!
2-16 Il Tuo Sangue, Ed Il Tuo Zelo 3:47

Scena 9
2-17 Quante Sventure Un Giorno 0:22

Scena 10
2-18 A Me Impudica? 2:08
2-19 Il Mio Crudel Martoro 9:25
2-20 Entrée Des Songes Agréables 1:55
2-21 Entrées Des Songes Funestes 1:31
2-22 Entrée Des Songes Agréables Effrayés 0:50
2-23a Combat Des Songes Funestes Et Agréables 1:42
2-23b Che Vidi? Oh Die!

Atto Terzo
Scena 1
3-1 Numi! Lasciarmi Vivere 1:43
3-2 Perfidi! Io Son Tradita! 1:17
3-3 Cieca Notte, Infidi Sguardi 6:09

Scena 2
3-4 Ingrato Polinesso! 0:15
3-5 Neghittosi, Or Voi Che Fate? 2:32

Scena 3
3-6 Sire, Deh, Non Negare 0:28
3-7 Dover, Giustizia, Amor 3:06
3-8a Or Venga A Me La Figlia 1:13

Scena 4
3-8b Ecco La Figlia / Padre: Ahi, Dolce Nome!
3-9 Io Ti Bacio, O Mano Augusta 3:20
3-10 Figlia, Da Dubbia Sorte 0:33
3-11 Al Sen Ti Stringo, E Parto 3:37

Scena 5
3-12 Così Mi Lascia Il Padre? 0:22
3-13 Si, Morrò 1:28
3-14a Sinfonia 2:40

Scena 6
3-14b Arrida Il Cielo Alla Giustizia

Scena 7
3-14c Ferma, Signor

Scena 8
3-14d E Dalinda Dov’è?
3-15 Dopo Notte, Atra E Funesta 6:45

Scena 9
3-16 Dalinda! Ecco Risorge 0:26
3-17 Dite Spera, E Son Contento 4:29

Scena 10
3-18 Da Dubbia Infausta Sorte 0:50
3-19a Manca, Oh Dei! 1:20

Scena 11
3-19b Sinfonia
3-20 Figlia! Innocente Figlia! 1:07
3-21 Bramo Aver Mille Vite 4:28

Scena Ultima
3-22 Ognuno Acclami Bella Virtute 2:00
3-23 (Balletto) 1:17
3-24 Rondeau 0:48
3-25 Sa Trionfar Ognor Virtute In Ogni Cor 1:36

Ariodante: Anne Sofie von Otter
Ginevra: Lynne Dawson
Polinesso: Ewa Podles
Dalinda: Verónica Cangemi
Lurcanio: Richard Croft
Il Re di Scozia: Denis Sedov
Odoardo: Luc Coadou

Les Musiciens du Louvre
dir. Marc Minkowski

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G. F. Handel: Feioso, né?
G. F. Handel: Feioso, né?

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J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Viola da Gamba e outras obras (ter Linden / Egarr)

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Viola da Gamba e outras obras (ter Linden / Egarr)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Após postarmos a versão de Maisky e Argerich com violoncelo e piano modernos, nada melhor do que voltar às origens.

Aliás, esta é a interpretação que mais amo destas Sonatas. Um trabalho notável!

Esta é a quarta nova gravação das Sonatas para Viola da Gamba de Bach que chegou até nós este ano, prova, sem dúvida, da merecida popularidade destas peças atraentes e melodiosas. Se tivesse que escolher apenas um CD para representar a música instrumental de câmara de Bach, talvez não houvesse melhor conjunto de obras para escolher do que estas. Jaap ter Linden e Richard Egarr entram num campo bastante disputado, que inclui inclusive um grande número de violoncelistas modernos que foram incapazes de resistir a esta música fantástica. Porém, creio que a dupla deste CD surge como séria candidata ao pódium. (Gramophone, trecho de resenha livremente traduzida, datada de dezembro de 2000)

Bach: Sonatas para Viola da Gamba e outras obras

1. Sonata in G Major BWV 1027 – Adagio
2. Sonata in G Major BWV 1027 – Allegro ma non tanto
3. Sonata in G Major BWV 1027 – Andante
4. Sonata in G Major BWV 1027 – Allegro Moderato

5. Capriccio in B-flat Major BWV 992 – Arioso, Adagio
6. Capriccio in B-flat Major BWV 992 – Double
7. Capriccio in B-flat Major BWV 992 – Adagiosissimo
8. Capriccio in B-flat Major BWV 992 – Double
9. Capriccio in B-flat Major BWV 992 – Allegro Poco
10. Capriccio in B-flat Major BWV 992 – Fuga

11. Sonata in D Major BWV 1028 – Adagio
12. Sonata in D Major BWV 1028 – Allegro
13. Sonata in D Major BWV 1028 – Andante
14. Sonata in D Major BWV 1028 – Allegro

15. Capriccio in E Major BWV 993

16. Sonata in G Minor BWV 1029 – Vivace
17. Sonata in G Minor BWV 1029 – Adagio
18. Sonata in G Minor BWV 1029 – Allegro

Jaap ter Linden: Viola da gamba
Richard Egarr: harpsichord

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Assim é a viola da gamba de Vassily Genrikhovich
É assim que Vassily Genrikhovich vê sua viola da gamba

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Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 5 / En Saga (Ashkenazy / Philharmonia)

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 5 / En Saga (Ashkenazy / Philharmonia)

Uma excelente gravação de Vladimir Ashkenazy! Ele e a Philharmonia gravaram as sinfonias e os poemas sinfônicos de Sibelius nas décadas de 1970 e 1980. Todas são performances excelentes. Eu tenho esse disco há muitos anos e gosto demais dele. Ashkenazy traz à tona o calor expressivo, a cor e o drama do compositor. Prefiro a gravação de Rattle com a CBSO, mas este CD está muito longe de ser insatisfatório. A sempre popular 5ª Sinfonia é mais um passo na busca de Sibelius pela compactação sinfônica, objetivo plenamente alcançado na 7ª. O poema sinfônico En Saga também está lindo neste CD. Quando digo que prefiro Rattle, não estou falando mal de Vladi, repito. Afinal, creio que estou falando de parte do Olimpo dos registros do compositor finlandês.

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 5 / En Saga (Ashkenazy / Philharmonia)

Sinfonia nº 5 em mi bemol maior, op. 82
1 I. Tempo Molto Moderado 13:08
2 II. Andante Mosso, Quasi Allegretto 9:23
3 III. Allegro Molto 8:46

4 En Saga 19:18

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Siba em versão gangster.

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W. A. Mozart (1756-1791): Don Giovanni (Jacobs)

W. A. Mozart (1756-1791): Don Giovanni (Jacobs)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O que posso dizer de um Don Giovanni com a Orquestra Barroca de Freiburg sob a regência de René Jacobs? Eu achei que nem precisava ouvi-lo para entregar-me a Don Juan, mas ouvi e o resultado foi o esperado. Entreguei-me a ele desde os primeiros compassos. Olha, é tão bom que nem parece ópera, ops, melhor dizendo, este Don Giovanni pode ser ouvido como se fosse um concerto sem maiores problemas.

Anos atrás, Maria Callas — que não era exatamente uma débil mental –, criticou os artistas que costumam cantar e tocar Mozart como se estivessem nas “pontas dos pés”. René Jacobs obedece à diva: disse que seus cantores deviam usar “apenas a voz”. O resultado são 3 CDs de música onde a gente não precisa pular os recitativos. Os personagens estão plenamente desenvolvidos, com o conjunto instrumental fornecendo o suporte perfeito para a ação. É um verdadeiro drama musical: às vezes suave, às vezes bombástico, às vezes hilariante, às vezes austera e terrível, cheia daqueilo que o século XVIII chamava de “Sturm und Drang”. Ponto.

W. A. Mozart (1756-1791): Don Giovanni

Disc: 1
1. Ouvertura
2. No.1 Introuzione: Notte E Giorno Faticar
3. Recitativo: Leporello, Ove Sei?
4. Recitativo: Ah Del Padre In Periglio/No.2 Recitativo Accomp.: Ma Qual Mai S’offre, O Dei
5. Duetto: Fuggi, Crudele, Fuggi!
6. Recitativo: Orsu, Spicciati Presto
7. No.3 Aria: Ah Chi Mi Dice Mai
8. Recitativo: Chi E La?
9. No.4 Aria: Madamina, Il Catalogo E Questo
10. Recitativo: In Questa Forma Dunque
11. No.5 Coro: Giovinette Che Fate All’amore
12. Recitativo: Manco Male E Partita
13. No.6 Aria: Ho Capito, Signor Si
14. Recitativo: Alfin Siam Liberati
15. No.7 Duettino: La Ci Darem La Mano
16. Recitativo: Fermati Scellerato
17. No.8 Aria: Ah Fuggi Il Traditor
18. Recitativo: Mi Par Ch’oggi Il Demonio Si Diverta
19. Recitativo: Ah Ti Ritrovo Ancor/No.9 Quartetto: Non Ti Fidar, O Misera
20. Recitativo: Povera Sventurata!
21. No.10 Recitativo Accomp.: Don Ottavio, Son Morta!
22. Aria: Or Sai Chi L’onore
23. Recitativo: Come Mai Creder Deggio
24. No.10a Aria: Dalla Sua Pace

Disc: 2
1. Recitativo: Lo Deggio Ad Ogni Patto
2. No.11 Aria: Fin Ch’han Dal Vino
3. Recitativo: Masetto: Senti Un Po’
4. No.12 Aria: Batti, Batti, O Bel Masetto
5. Recitativo: Guarda Un Po’ Come Seppe
6. No.13 Finale: Presto Presto Pria Ch’ei Venga/Su Svegliatevi, Da Bravi
7. Tra Quest’arbori Celeta
8. Bisogna Aver Coraggio
9. Riposate, Vezzose Ragazze
10. No.14 Duetto: Eh Via Buffone
11. Recitativo: Leporello/Signore
12. No.15 Terzetto: Ah Taci, Ingiusto Core
13. Recitativo: Amico, Che Ti Par?/Recitativo: Eccomi a Voi!
14. No.16 Canzonetta: Deh Vieni Alla Finestra
15. Recitativo: V’e Gente Alla Finestra!/Recitativo: Non Ci Stanchiamo
16. No.17 Aria: Meta Di Voi Qua Vadano
17. Recitativo: Zitto! Lascia Ch’io Senta/Ahi Ahi! La Testa Mia!
18. No.18 Aria: Vedrai, Carino
19. Recitativo: Di Molte Faci Il Lume
20. No.19 Sestetto: Sola Sola In Buio Loco/Ferma, Briccone

Disc: 3
1. Recitativo: Dunque Quello Sei Tu/Recitativo: Ah Pieta…/Recitativo: Ferma, Perfido, Ferma…
2. Recitativo: Restati Qua!
3. No.21a Duetto: Per Queste Tue Manine
4. Recitativo: (Amico…) Guarda Un Po’come Stretto
5. Recitativo: Andiam, Andiam, Signora
6. No.21b Recitativo Accompagnato: In Quali Eccessi, O Numi
7. Aria: Mi Tradi Quell’alma Ingrata
8. Recitat.: Ah Ah Ah Ah, Questa E Buona
9. No.22 Duetto: O Statua Gentillissima
10. Recitativo: Calmatevi, Idol Mio
11. No.23 Recitativo Accompagnato: Crudele! Ah No, Mio Bene!
12. Rondo: Non Mi Dir, Bell’idol Mio
13. Recitativo: Ah, Si Segua Il Suo Passo
14. No.24 Finale: Gia La Mensa E Preparata
15. L’ultima Prova
16. Don Giovanni, a Cenar Teco
17. Ah Dove E Il Perfido
18. Recitativo: Dunque Quello Sei Tu
19. No.20 Aria: Ah Pieta, Signori Miei
20. Recitativo: Ferma, Perfido, Ferma
21. No.21 Aria: Il Mio Tesoro Intanto

Johannes Weisser, Don Giovanni
Lorenzo Regazzo, Leporello
Alexandrina Pendatchanska, Donna Elvira
Olga Pasichnyk, Donna Anna
Kenneth Tarver, Don Ottavio
Sunhae Im, Zerlina
Nikolay Borchev, Masetto
Alessandro Guerzoni, Il Commendatore

Freiburger Barockorchester
RIAS Kammerchor
René Jacobs

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Querida... Meu amor...
Querida… Meu amor…

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.: interlúdio :. Jack DeJohnette: Extra Special Edition

.: interlúdio :. Jack DeJohnette: Extra Special Edition

DeJohnette cometeu uma indiscutível obra-prima em 1979 com este sensacional Special Edition. E, bem, depois foi para outras plagas ser o notável baterista que sempre foi. Tentou outros discos autorais até que resolver botar o nome de Extra Special Edition num deles. Era um perfeito engana-bobo. Eu caí. Comprei a merda. A adição de Bobby McFerrin ao grupo do baterista deveria ter sido uma vantagem:  o cantor pode fazer muito com sua voz, desde substituir um contrabaixo até usar seu falsete como uma trompa. Porém, este CD de temas majoritariamente original, não só carece bons temas como também não consegue ter um desenvolvimento real, particularmente nas faixas que incluem McFerrin. A coisa geralmente começa no que poderia muito bem ser o meio e termina de forma inconclusiva, com muitas das peças sendo pouco mais do que riffs funky para a seção rítmica. Apesar de alguns momentos fortes (principalmente do pianista Michael Cain ), apenas Seventh D e Summertime (ambas instrumentais) merecem ser ouvidas uma segunda vez.

.: interlúdio :. Jack DeJohnette: Extra Special Edition

1 Numoessence
Composed By – Bobby McFerrin, Gary Thomas, Jack DeJohnette, Lonnie Plaxico
5:24
2 Elmer Wudd?
Composed By – Bobby McFerrin, Jack DeJohnette, Michael Cain
8:36
3 Then There Was Light
Composed By – Bobby McFerrin, Michael Cain
4:57
4 You Can Get There
Composed By – Bobby McFerrin, Gary Thomas, Jack DeJohnette, Lonnie Plaxico, Marvin Sewell, Michael Cain
4:44
5 Inside The Kaleidoscope
Composed By – Bobby McFerrin, Gary Thomas, Jack DeJohnette, Lonnie Plaxico
3:25
6 Ha Chik Kah
Composed By – Bobby McFerrin, Gary Thomas, Jack DeJohnette, Lonnie Plaxico, Marvin Sewell, Michael Cain
5:19
7 Seventh D
Composed By – Jack DeJohnette
8:19
8 Rituals Of Spring
Composed By – Jack DeJohnette
5:56
9 Liquid Over Tones
Composed By – Jack DeJohnette
1:40
10 Speaking In Tongues
Composed By – Bobby McFerrin, Gary Thomas, Jack DeJohnette, Lonnie Plaxico, Marvin Sewell, Michael Cain
6:08
11 Summertime
Composed By – DuBose Heyward, George Gershwin
10:00
12 Memories Of Sedona
Composed By – Jack DeJohnette, Lonnie Plaxico, Michael Cain
5:39

Acoustic Bass – Lonnie Plaxico (faixas: 1, 4 to 8, 10 to 12)
Acoustic Guitar – Marvin Sewell (faixas: 1, 4, 5)
Alto Flute – Gary Thomas (faixas: 8)
Drums – Jack DeJohnette (faixas: 2, 4, 6 to 11)
Electric Guitar – Marvin Sewell (faixas: 6 to 8, 10, 11)
Keyboards [Electric Keyboards] – Michael Cain (faixas: 2)
Keyboards [Electronic Keyboards] – Michael Cain (faixas: 6, 8, 10, 12)
Keyboards [Korg OIW Keyboard] – Jack DeJohnette (faixas: 9)
Ocarina – Jack DeJohnette (faixas: 12)
Percussion – Paul Grassi (faixas: 1, 4 to 6, 8, 10)
Percussion [Log Drums] – Jack DeJohnette (faixas: 1, 5, 12)
Piano – Michael Cain (faixas: 2 to 4, 6 to 8, 10, 11)
Soprano Saxophone – Gary Thomas (faixas: 6, 10)
Tenor Saxophone – Gary Thomas (faixas: 1, 4, 5, 7, 11)
Triangle – Jack DeJohnette (faixas: 8)
Vocals – Bobby McFerrin (faixas: 1 to 3, 5 to 7, 10)
Whistling – Bobby McFerrin (faixas: 4)

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Jack DeJohnette

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Georg Philipp Telemann (1681-1767): Aberturas para Cravo (Hoeren)

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Aberturas para Cravo (Hoeren)

O cravista Harald Hoeren compreende e explora claramente o amplo conhecimento de Telemann sobre os diversos estilos utilizados nessas aberturas. Embora todos os seis comecem tipicamente no chamado estilo francês, logo se afastam desse curso, desviados pela imaginação inventiva de Telemann. Talvez o exemplo mais impressionante aqui esteja na Abertura IV. A abertura Lento Allegro soa como algo que François Couperin poderia ter escrito. Parte de um clima particularmente sombrio e evolui para uma série de alegres elaborações contrapontísticas. Também está incluído no CD o Concerto em Si menor de Telemann, TVV 33:1. Esta obra foi originalmente composta para violino e orquestra, mas foi perdido e hoje existe apenas no arranjo para cravo do próprio compositor. Ao contrário das Aberturas, este concerto é uma peça mais simples e direta, o final perfeito para um programa de aventuras incessantes. O som da CPO é impressionante: o cravo de Hoeren oferece ampla intimidade sem sacrificar o timbre (muitas gravações recentes de cravo são microfonadas muito de perto, fazendo o instrumento soar monstruosamente mecânico).

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Aberturas para Cravo (Hoeren)

Overture, Suite For Harpsichord In G Major (VI Overtures No. 1), TWV 32:5 (10:45)
1 Overture I: Lento. Allegro
2 Overture I: Larghetto E Scherzando
3 Overture I: Allegro

Overture, Suite For Harpsichord In A Major (VI Overtures No. 2), TWV 32:6 (11:11)
4 Overture II: Lento. Allegro
5 Overture II: Largo E Scherzando
6 Overture II: Presto

Overture, Suite For Harpsichord In F Major (VI Overtures No. 3), TWV 32:7 (11:40)
7 Overture III: Lento. Allegro
8 Overture III: Dolce E Scherzando
9 Overture III: Allegro

Overture, Suite For Harpsichord In E Minor (VI Overtures No. 4), TWV 32:8 (12:04)
10 Overture IV: Lento. Allegro
11 Overture IV: Moderato E Scherzando
12 Overture IV: Allegro – Piacevole – Allegro

Overture, Suite For Harpsichord In E Flat Major (VI Overtures No. 5), TWV 32:9 (10:26)
13 Overture V: Lento. Allegro
14 Overture V: Suave E Scherzando
15 Overture V: Vivace

Overture, Suite For Harpsichord In B Minor (VI Overtures No. 6), TWV 32:10 (10:44)
16 Overture VI: Lento. Allegro
17 Overture VI: Pastorello, Tempo Giusto
18 Overture VI: Allegro

Concerto For Harpsichord In B Minor, TWV 33:Anh.1 (7:37)
19 Movement 1: Allegro
20 Movement 2: Adagio
21 Movement 3: Allegro

Harpsichord – Harald Hoeren

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Auf Wiederhören!

PQP

Stravinsky / Chopin / Beethoven / Webern / Liszt / Debussy / Mozart / Bach: The Art of Maurizio Pollini

Stravinsky / Chopin / Beethoven / Webern / Liszt / Debussy / Mozart / Bach: The Art of Maurizio Pollini

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Quando Maurizio Pollini completou 70 anos, a DG fez-lhe esta homenagem em 3 CDs. A boa curiosidade que são seleções pessoais do pianista de suas gravações para a Deutsche Grammophon: de Petrushka de Stravinsky e Estudos de Chopin a concertos de Beethoven e Mozart. Também inclui sua primeira e rara gravação de sua premiada performance do Primeiro Concerto para Piano de Chopin em Varsóvia, em 1960. Ganhei este álbum de alguém — desculpe, esqueci de quem. Os 3 CDs vêm acoplados num um livro de capa dura colorido de 120 páginas, com muitas fotos e a discografia completa de Pollini na DG. Para um fã do pianista, imperdível é pouco.

Aliás, em junho deste ano, o grande pianista nos deu um belo susto. Aos 81 anos, ele esqueceu da obra que estava tocando e se atrapalhou totalmente. Pior, passou a tocar uma que viria depois e passou longe de seus habituais e altíssimos padrões de interpretação. Tudo aconteceu no imenso Royal Festival Hall, do Southbank Center, local onde vi Pollini tocar esplendidamente em fevereiro de 2014. A primeira peça do programa, o Arabesque de Schumann, foi interpretada lindamente de memória, mas em seguida, em vez da anunciada Fantasia de Schumann, ele começou uma Mazurka de Chopin, que deveria vir no segundo bloco. Ele pareceu se perder (ou possivelmente lembrou de que estava na peça errada) e de repente parou e saiu do palco por alguns minutos. Voltou com uma partitura da Fantasia de Schumann e começou a tocá-la, mas continuou folheando as páginas aparentemente ao acaso. Algumas das páginas estavam soltas e foram parar no chão, então ele caiu em verdadeira confusão, muitas vezes parando e arruinando qualquer senso de fluxo da música. Deve ter sido muito triste de assistir. Pollini sempre foi perfeito, imaculado, dando grande sentido a cada nota. Na segunda metade, um vira-páginas esteve presente e a execução foi muito mais parecida com o que temos experimentado com ele nos últimos anos. Foi certamente uma bela execução, mas também com algumas notas erradas e passagens confusas. Ele toca há décadas de memória, sempre. É claro que ele foi aplaudido de pé, mas nenhum bis foi oferecido. A experiência deve tê-lo abalado.

Para tirar o gosto amargo do parágrafo acima, coloco aqui o texto que publiquei em meu perfil do Facebook logo após ver Pollini p0wela primeira vez ao vivo em 18 de fevereiro de 2014:

“Hoje foi um dia especialíssimo e irrepetível — quem sabe? — em Londres. Eu e Elena assistimos ao concerto de Maurizio Pollini no Royal Festival Hall, sala principal do Southbank Center. O programa era vasto, mas centrado em peças de Chopin e Debussy. Ele tocou o primeiro livro dos prelúdios do francês e peças esparsas do primeiro. O concerto foi dedicado por Pollini à memória de Claudio Abbado. Talvez isso explique a recolocação no programa da Sonata nº 2 para piano, Op. 35, cujo terceiro movimento é a célebre Marcha Fúnebre. Tudo isso contribuiu para que a eletricidade estivesse no ar. Mas talvez o melhor seja passar a palavra para a Elena, que não tinha tido ainda muito contato com Pollini, enquanto que eu o conheço desde os anos 70, chamo-o de deus no PQP Bach e considero-o um dos maiores artistas vivos de nosso planeta, tão vulgar. No intervalo, após uma série de Chopins, a Elena já me dizia: “Ele tem altíssima cultura musical e concisão. Enquanto o ouvia, pensava em diversas formas de reciclagem: ecológica, emocional, psíquica… Sua interpretação é a de um asceta que pode tudo, mas demonstra humildade e grandeza em trabalhar apenas para a música. Pollini não fica jogando rubatos e efeitos fáceis para o próprio brilho, mas me fez rezar e chorar. Que humanidade, que sabedoria! Depois desse concerto, minha vida não será a mesma”. Foi a primeira vez que vi Pollini em ação, após ouvir dúzias de seus discos. Acho que não vou esquecer da emoção puramente musical — pois ela existe, como não? — de ouvir meu pianista predileto. Para Pollini ser absolutamente fabuloso, só falta o que não quero que aconteça e que já ocorreu com Abbado.

Stravinsky / Chopin / Beethoven / Webern / Liszt / Debussy / Mozart / Bach: The Art of Maurizio Pollini

Three Movements From Petrushka
Composed By – Igor Stravinsky
1-1 Danse Russe: Allegro Giusto 2:32
1-2 Chez Petrouchka 4:18
1-3 Le Semaine Grasse: Con Moto – Allegretto – Tempo Giusto – Agitato 8:28

12 Etudes, Op.25
Composed By – Frédéric Chopin
1-4 No: 1 In A Flat Major: Allegro Sostenuto 2:13
1-5 No: 2 In F Minor: Presto 1:27
1-6 No: 3 In F Major: Allegro 1:53
1-7 No: 4 In A Minor: Agitato 1:41
1-8 No: 5 In E Minor: Vivace 2:56
1-9 No: 6 In G Sharp Minor: Allegro 2:04
1-10 No: 7 In C Sharp Minor: Lento 4:52
1-11 No: 8 In D Flat Major: Vivace 1:04
1-12 No: 9 In G Flat Major: Allegro Assai 0:57
1-13 No: 10 In B Minor: Allegro Con Fuoco 3:58
1-14 No: 11 In A Minor: Lento – Allegro Con Brio 3:32
1-15 No: 12 In C Minor: Molto Allegro, Con Fuoco 2:31

Piano Sonata No: 32 In C Minor, Op.111
Composed By – Ludwig van Beethoven
1-16 Maestoso – Allegro Con Brio Ed Appassionato 8:47
1-17 Arietta: Adagio Molto Semplice E Cantabile 17:22

Variations For Piano, Op.27
Composed By – Anton Webern
1-18 Sehr Maassig 1:53
1-19 Sehr Schnell 0:40
1-20 Ruhig Fliessend 3:26

2-1 Polonaise In F Sharp Minor, Op.44 – Tempo Di Polacca-Doppio Movimento, Tempo Di Mazurka-Tempo I
Composed By – Frédéric Chopin
10:51
2-2 Polonaise In A Flat Major, Op.53 “Heroic” – Maestoso
Composed By – Frédéric Chopin
7:02

Piano Concerto No: 5 In E Flat Major, Op. 73 “Emperor”
Composed By – Ludwig van Beethoven
Conductor – Karl Böhm
Orchestra – Wiener Philharmoniker
2-3 Allegro 20:28
2-4 Adagio Un Poco Mosso – Attaca 8:02
2-5 Rondo: Allegro 10:15

2-6 La Lugubre Gondola I, S200 No: 1
Composed By – Franz Liszt
4:04
2-7 R.W. – Venezia, S201
Composed By – Franz Liszt
3:45

Preludes, Book 1
Composed By – Claude Debussy
2-8 VI: Des Pas Sur La Neige. Triste Et Lent. 3:45
2-9 Vii: Ce Qu’A Vu Le Vent D’Ouest. Anime Et Tumultueux. 3:06
2-10 X: La Cathedrale Engloutie Profondement Calme 6:10

Piano Concerto No: 24 In C Minor, K. 491
Cadenza – Salvatore Sciarrino
Composed By – Wolfgang Amadeus Mozart
Leader – Maurizio Pollini
Orchestra – Wiener Philharmoniker
3-1 Allegro 12:33
3-2 Larghetto 8:12
3-3 Allegretto 9:23

The Well-Tempered Clavier, Book 1 – “Prelude And Fugue In C Sharp Minor”, Bwv 849
Composed By – Johann Sebastian Bach
3-4 Praeludium IV 2:43
3-5 Fuga IV 4:48

The Well-Tempered Clavier, Book 1 – “Prelude And Fugue In G Major”, Bwv 860
Composed By – Johann Sebastian Bach
3-6 Praeludium XV 0:57
3-7 Fuga XV 2:52

Piano Concerto No: 1 In E Minor, Op. 11
Composed By – Frédéric Chopin
Conductor – Jerzy Katlewicz
Orchestra – Warsaw Philharmonic Orchestra*
3-8 Allegro Maestoso 16:10
3-9 Romance: Larghetto 9:44
3-10 Rondo: Vivace 9:32

Conductor – Jerzy Katlewicz (faixas: CD 3 (8 to 10)), Karl Böhm (faixas: CD 2 (3 to 5))
Orchestra – Warsaw Philharmonic Orchestra* (faixas: CD 3 (8 to 10)), Wiener Philharmoniker (faixas: CD 2 (3 to 5); CD 3 (1 to 3))
Piano – Maurizio Pollini (faixas: All Tracks)

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Foto de PQP Bach no citado recital.

PQP

.: interlúdio :. Cannonball Adderley: Somethin` Else

.: interlúdio :. Cannonball Adderley: Somethin` Else

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Somethin’ Else é um álbum do ano de 1958 do saxofonista Julian “Cannonball” Adderley, álbum reconhecido como um marco no estilo cool e hard bop. Este álbum conta com importantes contribuições de Miles Davis, em uma de suas poucas gravações para o selo Blue Note Records. Muitos críticos e jazzistas consideram Somethin’ Else um dos maiores álbuns de jazz de todos o tempos. A extensão da liderança de Davis ou co-liderança no álbum é contestada. Miles toca primeiro em diversos solos, e, de acordo com as notas do encarte, escolheu a maioria do material — ele continuaria a tocar Autumm Leaves e Love for Sale pela vida afora. Ele também compôs a faixa-título, sugerindo a Adderley incluir Dancing in the Dark no disco (faixa em que Davis não aparece). No blues One for Daddy-O escrita pelo irmão de Adderley, Nat, para o DJ Holmes da rádio de Chicago, Davis pode ser ouvido dizendo a seu produtor Alfred Lion: “Era isso que você queria, Alfred?” A colaboração entre Adderley e Miles continuaria em 1959 com o álbum Kind of Blue, talvez o maior disco de jazz de todos os tempos. O álbum também apresenta Art Blakey na bateria, com Hank Jones no piano e Sam Jones no contrabaixo. Relançamentos em CD, como este que temos aqui, incluíram uma faixa bônus, às vezes chamada Bangoon ou Allison’s Uncle. A música é de autoria de Hank Jones, e tende mais ao hard bop do que as outras. Apresenta um sensacional solo de Art Blakey. O título refere-se ao fato que a sessão realizou-se logo depois de a esposa do irmão de Adderley (Nat), ter dado à luz a uma menina chamada Allison.

.: interlúdio :. Cannonball Adderley: Somethin` Else

1 Autumn Leaves 10:58
2 Love For Sale 7:03
3 Somethin’ Else 8:12
4 One For Daddy-O 8:21
5 Dancing In The Dark 4:04
6 Bangoon 5:05

Cannonball Adderley – Saxofone, Líder
Miles Davis – Trompete
Hank Jones – Piano
Sam Jones – Contrabaixo
Art Blakey – bateria

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Miles e Cannonball

PQP

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Concertos para Viola da Gamba (Perl / Freiburger Barockorchester)

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Concertos para Viola da Gamba (Perl / Freiburger Barockorchester)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Querido pequepiano, não pense nem por um momento que você já ouviu tudo o que há para ouvir de Georg Philipp Telemann! Ele puxará seu tapete no próximo CD que você ouvir. Não só ele foi provavelmente o compositor mais prolífico do seu século — menos de um décimo do total da sua obra sobrevivente foi gravada até agora — mas também, como Hille Perl expressa nas notas deste CD, “nenhum outro compositor enriqueceu tanto a vida musical de seu tempo com tão imensa variedade de estilos, técnicas e experimentos.” É uma piada comum nos conjuntos barrocos que Telemann poderia compor música mais rápido do que eles a tocam. E a música tocada aqui pela diva da gamba Hille Perl e pelos doze músicos da Freiburger Barockorchester é tudo menos fácil ou trivial. Ela é COMPLEXA e SUBLIME. É tudo o que Telemann tem de melhor: espirituoso, musicalmente generoso, dramático, até mesmo grandiloquente, e brilhantemente idiomático para a viola da gamba, aquele instrumento tão proeminente na música barroca e que logo se tornaria extinto na orquestra romântica. Hille Perl é uma “força da natureza”, uma pessoa extasiada pela música que, desde a mais tenra infância, dela emana como a sexualidade de uma Marilyn Monroe. Não há nada de acadêmico ou excessivamente culto em seu estilo. Ela é.

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Concertos para Viola da Gamba (Perl)

Sonata In B-Minor For Violin, Viola Da Gamba & Basso Continuo
1 Largo 3:34
2 Vivace 3:18
3 Andante 4:40
4 Allegro 2:32

Concerto In E For Violin, Viola Da Gamba & Basso Continuo
5 Allegro 4:05
6 Largo 3:17
7 Allegro 3:39

Concerto In A For Viola Da Gamba, 2 Violins & Basso Continuo
8 Soave 3:07
9 Allegro 1:59
10 Adagio 2:45
11 Allegro 3:28

Suite In D For Viola Da Gamba, Strings & Basso Continuo
12 Ouverture 5:07
13 La Trompette 1:39
14 Sarabande 2:23
15 Rondeau 2:27
16 Bourée 1:46
17 Courante & Double 3:52
18 Gigue 2:30

Concerto In G For Viola (Da Gamba), Strings & Basso Continuo
19 Largo 3:35
20 Allegro 2:56
21 Andante 4:35
22 Presto 4:01

Hille Perl – Viola da gamba
Freiburger Barockorchester, dir Petra Mullejans
Ensemble – Freiburger Barockorchester
Harpsichord [Cembalo] – Torsten Johann
Lute – Lee Santana
Luthier – Ingo Muthesius
Viola – Christa Kittel, Sabine Dziewior
Viola da Gamba – Hille Perl
Violin – Annelies Van Der Vegt, Brian Dean, Gerd-Uwe Klein, Karin Dean, Kathrin Tröger, Sabine Dziewior
Violin [2nd solo violin] – Christa Kittel (faixas: 8 to 11)
Violin, Leader – Petra Müllejans
Violoncello – Ute Petersilge
Violone – Matthias Müller (13)

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Hille Perl

PQP

Franz Schubert (1797-1828): Obras Completas para Violino e Piano (Kubizek, Berner)

Franz Schubert (1797-1828): Obras Completas para Violino e Piano (Kubizek, Berner)

Mais um disco — agora duplo — com este repertório de que tanto gosto. Este lançamento de 2023 me pareceu muito satisfatório e não é nem pelo pianoforte e pelo violino sem vibrato e essas coisas técnicas, mas pela interpretação altamente cantante, perfeitamente schubertiana. Ouvi e fiquei feliz e isto não é pouca coisa em minha vida. Bem jovem, entre março de 1816 a agosto de 1817, Franz Schubert compôs quatro sonatas para violino. Todos as quatro foram publicadas após a morte do compositor: as três primeiras — D. 384, 385 e 408 –, como Sonatinas em 1836 (Op. posth. 137), e a última –, D. 574 –, como Duo em 1851 (Op. posth. 162). Schubert compôs ainda duas peças para violino e piano, respectivamente em outubro de 1826 e dezembro de 1827: um Rondo, D. 895 , publicado durante a vida do compositor (Op. 70), e uma Fantasia, D. 934, estreada em janeiro de 1828, menos de um ano antes da morte do compositor. As sonatas de 1816–1817 respiram uma atmosfera intimista, não exigindo grande virtuosismo de seus intérpretes, enquanto as peças de 1826–1827, compostas para o violinista Josef Slavík, são mais exigentes e possuem um caráter mais extrovertido. Schubert era um violinista talentoso e já havia composto extensivamente para violino, incluindo mais de uma dúzia de quartetos de cordas quando começou a escrever sonatas para violino aos 19 anos.

Franz Schubert (1797-1828): Obras Completas para Violino e Piano (Kubizek, Berner)

CD 1
Sonata for Violin and Piano in D Major, D 384 (1816)
1. Allegro molto 04:27
2. Andante 04:00
3. Allegro vivace 04:18

Sonata for Violin and Piano in A Minor, D 385 (1816)
4. Allegro moderato 06:29
5. Andante 06:13
6. Menuetto. Allegro 02:09
7. Allegro 04:45

Sonata for Violin and Piano in G Minor, D 408 (1816)
8. Allegro giusto 04:32
9. Andante 04:30
10. Menuetto 02:19
11. Allegro moderato 03:58

CD 2
Rondo for Violin and Piano in B Minor, D 895 (1826)
1. Andante 03:12
2. Allegro 12:29

Sonata for Violin and Piano in A Major, D 574 (1817)
3. Allegro moderato 08:56
4. Scherzo. Presto 04:13
5. Andantino 03:39
6. Allegro vivace 05:26

Fantasia for Violin and Piano in C Major, D 934 (1827)
7. Andante molto 03:44
8. Allegretto 05:29
9. Andantino 10:18
10. Tempo I 01:19
11. Allegro vivace – Allegretto – Presto 04:47

Total Time: 01:51:19

Maria Kubizek, violino
Christoph Berner, piano

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Maria Kubizek não é bisneta do presidente Juscelino Kubitschek.

PQP

Francis Poulenc (1899-1963): Gloria, Stabat Mater, Litanies à la Vierge noire (Hickox)

Francis Poulenc (1899-1963): Gloria, Stabat Mater, Litanies à la Vierge noire (Hickox)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Por favor, não deixem este CD passar em brancas nuvens. É espetacular. Encontrei-o perdido na estepe russa, numa caçada aos mp3. Obra-prima absoluta do grande compositor francês (estranho, não?) Francis Poulenc. Creio que devo ter em casa alguma outra versão do Stabat mater, pois era coisa bem conhecida minha, que não mais o relacionava a Poulenc. Ou então sua presença em minha mente deve-se à Rádio da Universidade, sabe-se lá. Richard Hickox é um mestre da música vocal e confesso que o fato de ter captutado o CD deveu-se mais a ele do que a Poulenc. Gosto muito da série de música de câmara de Poulenc que a Naxos publicou há cerca de 10 anos. É compositor de primeira linha.

Minha contribuíção às missas, réquiens, orátórios e outras coisas diabólicas que estão sendo postadas por FDP Bach, vem com este extraordinário CD, com o Réquiem de Verdi e com obras de Pärt. Isto, é claro, se FDP não tiver tais obras em seus planos.

Mas, olha, recomendo fortemente este CD. Disco de beleza arrepiante, coisa de primeira. Quem não gostar dos 128 Kb, que o compre!

Poulenc – Gloria, Stabat Mater, Litanies à la Vierge noire (Hickox)

Gloria, for soprano, chorus & orchestra, FP 177
1. Gloria: Gloria in excelsis Deo 2:56
2. Gloria: Laudamus te 3:08
3. Gloria: Domine Deus 4:48
4. Gloria: Domine Fili unigenite 1:19
5. Gloria: Domine Deus, Agnus Dei 7:08
6. Gloria: Qui sedes ad dexteram Patris 6:31

Stabat Mater, for soprano, chorus & orchestra, FP 148
7. Stabat Mater: Stabat mater dolorosa 4:11
8. Stabat Mater: Cujus animam gementem 1:00
9. Stabat Mater: O quam tristis 2:52
10. Stabat Mater: Quae moerebat 1:25
11. Stabat Mater: Quis est homo 1:22
12. Stabat Mater: Vidit suum 3:37
13. Stabat Mater: Eja mater 1:01
14. Stabat Mater: Fac ut ardeat 2:20
15. Stabat Mater: Sancta mater 3:00
16. Stabat Mater: Fac ut portem 3:40
17. Stabat Mater: Inflammatus et accensus 2:05
18. Stabat Mater: Quando corpus 4:44

Litanies à la Vierge Noire, for women’s chorus & organ (or strings & timpani), FP 82
19. Litanies à la vierge noire: Notre-Dame de Roc-Amadour 9:59

Catherine Dubosc, soprano
Westminster Singers
The City of London Sinfonia
Richard Hickox

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Poulenc e seu melhor amigo

PQP

Steve Reich (1936): Drumming / Six Pianos / Music for Mallet Instruments, Voices and Organ

Steve Reich (1936): Drumming / Six Pianos / Music for Mallet Instruments, Voices and Organ

Junto a Adams e Riley, Reich forma o trio de ouro do minimalismo estadunidense. Aqui, neste sensacional álbum duplo da Deutsche Grammophon, temos a parte da obra dedicada ao tema ritmo. Drumming veio antes da extraordinária Music for 18 Musicians, de 1974, onde o que é feito em Drumming assume forma verdadeiramente grandiosa.

Reich não é apenas um compositor genial, mas é dado a dar definições absolutamente exatas sobre a posição da música e dos compositores em nosso tempo. Sempre penso em uma de suas mais importantes lições, a mais bachiana das delas:

Todos os músicos do passado, começando na Idade Média, estavam interessados na música popular. A música de Béla Bartók se fez inteiramente com fontes de música tradicional húngara. E Igor Stravinsky, ainda que gostasse de nos enganar, utilizou toda a sorte de fontes russas para seus primeros balés. A grande obra-prima Ópera dos Três Vinténs, de Kurt Weill, utiliza o estilo de cabaret da República de Weimar. Arnold Schoenberg e seus seguidores criaram um muro artificial, que nunca existiu antes. Minha geração atirou o muro abaixo e agora estamos novamente numa situação normal. Por exemplo, se Brian Eno ou David Bowie recorrem a mim e se músicos populares reutilizam minha música, como The Orb ou DJ Spooky, é uma coisa boa. Este é um procedimento histórico habitual, normal, natural.

 

Steve Reich

E agora ele fala deste CD:

Durante um ano, entre o outono de 1970 e o outono de 1971, eu trabalhei naquela que acabou a mais longa peça que compus. Drumming dura cerca de uma hora e meia e é dividida em quatro partes que são executadas sem pausa. Eu escolhi instrumentos que estão todos normalmente disponíveis nos países ocidentais (embora os bongôs tenham origem na América Latina, as marimbas na África, e em última análise, o glockenspiel derive de instrumentos da Indonésia), sintonizados com nossa escala diatônica temperada própria. Uso-os musicalmente dentro do contexto das minhas obras anteriores.
Seis Pianos (1973) surgiu da idéia que eu tinha há vários anos para fazer uma peça para todos os pianos em uma loja especializada. A peça que resultou é mais modesta, mas soa incontrolável. São seis pianos brincando uma música ritmicamente complexa. Os pianistas têm de estar fisicamente bem juntos de forma a ouvir um ao outro claramente ou não conseguirão interpretar a obra.
Enquanto trabalhava em Seis Pianos eu comecei uma outra composição que parecia cresceu espontaneamente a partir de um padrão de marimba simples. A Música para instrumentos de percussão, vozes e órgão foi concluída em maio de 1973, e trata de dois  processos rítmicos interrelacionados. Espero que alguém possa gostar das peças.

 

Steve Reich, 1974

Steve, eu adorei, mas meus vizinhos vieram saber o que estava acontecendo. Expliquei-lhes e segui a audição sem baixar o volume.

Steve Reich (1936): Drumming / Six Pianos / Music for Mallet Instruments, Voices and Organ

CD 1:
Drumming (for 4 pairs of tuned bongo drums, 3 marimbas, 3 glockenspiels, 2 female voices, whistling and piccolo )
1) Part I (24:35)
Drums [Small Tuned] – Bob Becker, James Preiss, Russ Hartenberger

2) Part II (25:19)
Marimba – Ben Harms, Bob Becker, Cornelius Cardew, Glen Velez, Russ Hartenberger, Steve Chambers, Steve Reich, Tim Ferchen*
Voice – Jay Clayton, Joan La Barbara

3) Part III (15:40)
Glockenspiel – Bob Becker, Glen Velez, James Preiss, Russ Hartenberger
Piccolo Flute – Leslie Scott
Whistling – Steve Reich

CD 2:
1) Part IV (18:57)
Drums [Small Tuned] – Steve Chambers, Steve Reich, Tim Ferchen*
Glockenspiel – Ben Harms, Cornelius Cardew, James Preiss
Marimba – Bob Becker, Glen Velez, Russ Hartenberger
Piccolo Flute – Leslie Scott
Voice – Jay Clayton, Joan La Barbara

2) Six Pianos (24:14)
Bob Becker, Glen Velez, James Preiss, Russ Hartenberger, Steve Chambers, Steve Reich – Pianos

3) Music for Mallet Instruments, Voices and Organ (18:32)
Glockenspiel – Ben Harms, Glen Velez
Marimba – Bob Becker, Russ Hartenberger, Steve Reich, Tim Ferchen*
Organ [Electric] – Steve Chambers
Percussion [Metallophone] – James Preiss
Voice – Janice Jarrett, Joan LaBarbara*
Voice [Melodic Patterns With Marimbas] – Jay Clayton

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Reich em seu ambiente

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Dmitri Shostakovich (1906-1975): Concertos para Violoncelo Nº 1 e Nº 2 (Rostropovich / Svetlanov)

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Concertos para Violoncelo Nº 1 e Nº 2 (Rostropovich / Svetlanov)

Este disco tem ares de bootleg. Trata-se da gravação de um Concerto com muita gente tossindo, som mais ou menos e com um Rostropovich entusiasmado, até cometendo alguns errinhos, o mesmo valendo para a orquestra. É de uma certa Russian Disc e os concertos aconteceram em 29 de setembro de 1966 e 25 de setembro de 1967, dia do aniversário de 61 anos de Shostakovich. Não que registros ao vivo me incomodem — gosto muito delas, sinto a atmosfera de concerto como o ar de minha infância. Os erros… Quem se importa com eles se Rostrô está defendendo a música com toda a garra e sensibilidade que a obra e seu amigo Shosta merecem? Eu amo esses dois concertos, sendo que o segundo faz parte do meu Olimpo pessoal. Depois, Rostrô regravou de forma espetacular essas obras no ocidente com Ozawa, em discos que você tem que ouvir (aqui o Nº 1, aqui o Nº 2) , pois o violoncelista esteve em contato com o compositor durante a feitura dos concertos e estes devem ser o mais próximo dos desejos do mesmo. Mas esta gravação meio sujinha também é muito boa!

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Concertos para Violoncelo Nº 1 e Nº 2 (Rostropovich / Svetlanov)

Cello Concerto No. 1 in E flat major
1 Allegretto 5:48
2 Moderato 10:09
3 Cadenza – Attacca 4:34
4 Allegro con moto 4:20

Cello Concerto No. 2
5 Largo 14:47
6 Allegretto 4:12
7 Allegretto 15:07

Mstislav Rostropovich, violoncelo
USSR Symphony Orchestra
Yevgeny Svetlanov, regência

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Rostropovich em 1968

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Franz Schubert (1797-1828): An Die Musik (Lieder) (Ameling / Baldwin)

Franz Schubert (1797-1828): An Die Musik (Lieder) (Ameling / Baldwin)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais um disco maravilhoso de Elly Ameling cantando Schubert. Por anos ouvi este vinil que guardo até hoje. Ameling está perfeitamente à vontade, como se estivesse entre amigos, no centro de uma schubertíada. É uma felicidade ouvi-la tranquila a desfiar sua sensibilidade sobre as melodias do maior inventor melódico de todos os tempos. Schubert canta, Elly também. Estas gravações dos anos 70 foram adoráveis em sua época e ainda não perderam o viço. Ameling era o soprano mais doce, clara e comovente que cantava lieder e a Philips gravou-a cantando 26 LPs de Schubert. As performances são primorosas. Ameling torna a música fundida a seu espírito. Sábia, mas também inocente, vivaz e incandescente, a voz de Ameling respira o ar puro do mundo de Schubert.

Franz Schubert (1797-1828): An Die Musik (Lieder) (Ameling , Baldwin)

«An Die Music» D.547 2:46
«Schwestergruß» D.762 6:26
«Sei Mir Gegrüßt» D.741 3:20
«Die Blumensprache» D.519 1:47
«An Den Mond» D.296 4:55
«Abendbilder» D.650 5:03
«Frühlingssehnsucht» D.957/5 3:02
«Erster Verlust» D.226 1:56
«Nachthymne» D.687 4:56
«Die Sterne» D.684 3:34
«Der Knabe» D.692 1:36
«Wiegenlied» D.498 2:50
«Bertas Lied In Der Nachte» D.653 4:22

Piano – Dalton Baldwin
Voz Soprano – Elly Ameling

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Elly: não dá pra não amar.

PQP

.: interlúdio :. Wynton Marsalis: Levee Low Moan

.: interlúdio :. Wynton Marsalis: Levee Low Moan

Um bom CD. Adoro Marsalis, mas ouvi este disco sem real entusiasmo apesar do incrível apuro técnico e musicalidade do septeto de Marsalis. As harmonias são lindas, mas nenhum dos temas é particularmente memorável e, embora os solos individuais sejam bons, não acontece muita coisa. No geral, é uma homenagem bastante estranha ao blues. Na verdade, o principal significado deste conjunto é que, aqui o grande trompetista reuniu pela primeira vez o núcleo do seu septeto. Musicalmente esta trilogia pode ser contornada. ouça as gravações mais recentes de Marsalis. Não obstante, este é um álbum relaxante. Wynton Marsalis é um músico, compositor, líder de banda, aclamado educador e um dos principais defensores da cultura americana. Ele é o primeiro artista de jazz a tocar e compor em todo o espectro do gênero, desde as raízes de Nova Orleans até o bebop e o jazz moderno. Ao criar e executar uma ampla gama de músicas para quartetos e big bands, de conjuntos de música de câmara a orquestras sinfônicas, de sapateado a balé, Wynton expandiu o vocabulário do jazz e criou um corpo vital de trabalho que o coloca entre os mais importantes músicos de nosso tempo.

.: interlúdio :. Wynton Marsalis: Levee Low Moan

1 Levee Low Moan 11:12
2 Jig’s Jig 8:47
3 So This Is Jazz, Huh? 7:00
4 In The House Of Williams 10:05
5 Superb Starling 11:38

Bass – Reginald Veal
Drums – Herlin Riley
Piano – Marcus Roberts
Saxophone – Todd Williams, Wessell Anderson
Trumpet – Wynton Marsalis
Written-By – Todd Williams (faixa 4), Wynton Marsalis

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Sorry, Wynton

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Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonias Nº 4 e 7 (Berglund / Helsinki)

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonias Nº 4 e 7 (Berglund / Helsinki)

Boas gravações de Sibelius realizadas por Paavo Berglund (1929-2012) e uma orquestra finlandesa! A Sinfonia Nº 4 (1911) sempre me pareceu uma planície vasta, plana e gelada, talvez da Lapônia, com o compositor meditando em silêncio. Berglund a torna mais melancólica do que nunca, A coisa fica mais lenta à medida que avança. Sibelius sentiu que estava perto da morte quando escreveu a peça; no entanto, ele permaneceria vivo por mais quarenta e seis anos. Um alarme falso. Mais tarde, Sibelius disse sobre a sinfonia, citando o autor sueco Strindberg: “Ser humano é miséria.” Não espere muita alegria aqui. A última sinfonia de Sibelius, a de Nº 7 (1924), é de longe a mais curta, combinando quatro movimentos em uma obra fluida. Paavo Berglund e a Filarmônica de Helsinque lidam bem com isso criando uma versão majestosa. Francamente, no entanto, a maioria das outras gravações do Sétima tendem a empalidecer em comparação com o legendário registro de Mravinski com a velha Filarmônica de Leningrado. Mas Berglund é uma boa alternativa.

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonias Nº 4 e 7 (Berglund / Helsink)

Sinfonia nº 4 em lá menor, op. 63
1 I. Tempo Molto Moderato, Quasi Adagio 9:38
2 II. Allegro Molto Vivace 4:41
3 IIl. Tempo Largo 9:55
4 4. Alegro 9:57

Sinfonia nº 7 em dó, op. 105 (em um movimento)
5 adágio 7:14
6 Un Pochett. Meno Adágio 3:01
7 5 compassos antes: Poco Rallentando Al Adagio 6:48
8 Presto – Poco A Poco Rallentando Al Adagio 4:18

Maestro – Paavo Berglund
Orquestra – Orquestra Filarmônica de Helsinque

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Sibeluis faceiro com a nova loção capilar.

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Henry Purcell (1659-1695): Sonnatas Vol. 3 (The Purcell Quartet)

Henry Purcell (1659-1695): Sonnatas Vol. 3 (The Purcell Quartet)

Este delicado CD traz uma excelente amostra do que é a música instrumental do grande Henry Purcell. São Sonatas curtinhas e muito bonitas. As sonatas do inglês estão entre os pilares da música de câmara barroca. O próprio compositor as descreveu despretensiosamente como “uma imitação dos mais famosos mestres italianos”. No entanto, a audição e a suas estruturas revelam que a modéstia de Purcell esconde uma mistura altamente original de modelos italianos, de música tradicional inglesa e uma quase obsessão com a técnica contrapontística. O Purcell Quartet dá uma verdadeira aula de como abordar este belo e negligenciado repertório. A personalidade criativa do mestre inglês, seu dom melódico arrebatador e as suas inquietas harmonias estão por toda parte, negando, de certa forma, sua modéstia.

Henry Purcell (1659-1695): Sonnatas Vol. 3 (The Purcell Quartet)

1 Sonata nº 9 em fá maior “Chamada por sua excelência de Sonata Dourada”, Z. 810 6:52
2 Sonata nº 4 em ré menor, Z. 805 6:28
3 Voluntário para Órgão em Sol Maior, Z. 720 3:22
4 Sonata nº 8 em Sol menor, Z. 809 6:24
5 Variante para dois movimentos da Sonata nº 8 2:50
6 Sonata nº 7 em dó maior, Z. 808 6:17
7 Sonata nº 3 em lá menor, Z. 804 6:45
8 Voluntário para órgão em ré menor, Z. 718 3:06
9 Sonata nº 10 em ré maior, Z. 811 5:16
10 Prelúdio para violino solo em sol menor, ZN. 733
Violino – Catherine Mackintosh
0:50
11 Sonata nº 5 em sol menor, Z. 806 7:07
12 Sonata No. 6 Em Sol Menor, Z. 807 6:41

The Purcell Quartet:
Órgão – Robert Woolley
Viola da Gamba – Richard Boothby
Violino – Catherine Mackintosh , Elizabeth Wallfisch

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O muito unido Purcell Quartet preparando-se para uma noite de sono reparador.

PQP

Franz Schubert (1797-1828): Lieder (Ameling / Jansen)

Franz Schubert (1797-1828): Lieder (Ameling / Jansen)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os LPs de Elly Ameling (1933) cantando lieder de Schubert foram quem me trouxeram para o mundo cheio de beleza e melodias do compositor austríaco. Não sou uma pessoa muito nostálgica, mas é difícil para mim esquecer a voz de Elly passeando pelos campos e ladeiras schubertianas. Pensei que a cantora já tinha falecido, mas Elly permanece viva aos 90 anos. Ela foi a mais perfeita dos sopranos e, para nossa alegria, amava mais a música de câmara e o barroco dos que as grandiosidades operísticas. Imaginem que ela colaborou muito nos primórdios da música historicamente informada! Não sei se ela já está presente em gravações no PQP Bach — não consultei por preguiça –, mas estamos chegando aos 8000 posts e me sinto preenchendo uma lacuna, pois não lembro da nenhuma de suas 150 gravações sendo postada aqui. Na apreciação do crítico Martin Bernheimer,

Ameling, que estreou em 1953, nunca teve uma carreira convencional. Sem dúvida, ela nunca quis uma. Sua voz, um soprano leve e límpido, foi sempre pequena. Seu temperamento nunca foi considerado extravagante. Sua escala expressiva era baseada na sutileza. Ela se aventurou poucas vezes na ópera. Mas, em um mundo dominado pelo brilho fácil e pela vulgaridade fria, ela provou o valor duradouro de certas virtudes antiquadas: imaginação, calor, bom gosto, sensibilidade, honestidade e refinamento.

Franz Schubert (1797-1828): Lieder (Ameling / Jansen)

A1 Ganimede D. 544 See More 4:52
A2 Die Götter Griechenlands D. 677 4:42
A3 Der Musensohn D. 764 2:00
A4 Fülle Der Liebe D. 854 6:35
A5 Sprache Der Liebe D. 410 2:52
A6 Schwanengesang D. 744 2:45
A7 An Den Tod D. 518 3:05
B1 Die Forelle D. 550 2:09
B2 Am Bach Im Frühling D. 361 3:51
B3 Auf Dem Wasser Zu Singen D. 774 3:45
B4 Der Schiffer D. 694 3:17
B5 An Die Entfernte D. 765 3:19
B6 Sehnsucht D. 516 3:59
B7 An Die Untergehende Sonne D. 457 6:29
B8 Abendröte D. 690 3:48

Composição : Franz Schubert
Piano – Rudolf Jansen
Voz Soprano – Elly Ameling

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Elly Ameling hoje. Essa merece viver muito e bem!

PQP

: interlúdio :. John Surman – Saltash Bells

: interlúdio :. John Surman – Saltash Bells

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os álbuns solo de John Surman ocupam um lugar especial e importante em sua discografia. Na música multifacetada do britânico, as gravações solo fornecem talvez os insights mais claros sobre sua imaginação melódica e Saltash Bells está entre os melhores de seus trabalhos. Desta vez, as composições foram inspiradas no West Country da infância inglesa de John, com memórias e sons de lugares especiais. A faixa-título refere-se aos ecos do sino da igreja de Saltash ressoando ao redor do vale do rio Tamar, na fronteira da Cornualha e Devon. Whistman’s Wood, enquanto isso, evoca a misteriosa floresta petrificada de Dartmoor… E assim vai, antigas assombrações inspirando novas músicas vívidas. Saltash Bells enfatiza novamente a singularidade do trabalho solo de Surman: aqui ele toca saxofones soprano, tenor e barítono, clarinetes alto, baixo e contrabaixo, bem como gaita e sintetizador. Surman há muito usa o sintetizador em seus trabalhos solo, “como uma ferramenta para esculpir textura e atmosfera e para criar novos contextos de improvisação que podem ser diferentes de tocar do que o tempo regular com um baixista e baterista”. Em nenhum outro lugar suas palhetas se estendem tão sensualmente, com melodias que continuam a se desdobrar até o horizonte, a faixa-título sugerindo os dias claros em que você pode ver e ouvir para sempre. Aqui, Surman encontra um acordo com os ‘outros músicos’ que nenhuma música de grupo acústico em tempo real poderia obter. Há uma bela execução em cada um de seus saxofones e clarinetes e — ouça atentamente o que se passa nos fundos de Sailing Westwards – há algumas gaitas também – instrumento com o qual Surman brinca desde a adolescência. E adorei Winter Elegy, uma obra-prima!

John Surman – Saltash Bells

01 Whistman’s Wood 6:32
02 Glass Flower 3:13
03 On Staddon Heights 7:32
04 Triadichorum 3:36
05 Winter Elegy 8:17
06 Ælfwin 2:17
07 Saltash Bells 10:40
08 Dark Reflections 3:27
09 The Crooked Inn 2:41
10 Sailing Westwards 10:37

John Surman:
— saxofones soprano, tenor e barítono,
— clarinetes alto, baixo e contrabaixo,
— gaita e
— sintetizador.

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Eu, PQP Bach, amo John Surman

PQP

Johann Gottlieb Goldberg (1727-1756): Música de Câmara — Trio Sonatas, Quarteto para 2 Violinos, Viola And B.C. (Musica Alta Ripa)

Johann Gottlieb Goldberg (1727-1756): Música de Câmara — Trio Sonatas, Quarteto para 2 Violinos, Viola And B.C. (Musica Alta Ripa)

Exatamente! Parabéns! Você acertou! Este Goldberg é exatamente aquele! Johann Gottlieb Goldberg foi um virtuose alemão do cravo e do órgão, além de compositor do barroco tardio e do início do período clássico. Sua imortalidade aconteceu ao emprestar o seu nome — como intérprete original — às famosas Variações Goldberg de Johann Sebastian Bach. E notem que ele morreu pouco depois de Bach. Era um adolescente de 14 anos quando recebeu as Variações das mãos de Deus em 1741 e foi morrer aos 29 anos, coitado. Dizem que era enorme, com mãos que conseguiam posições que a maioria dos tecladistas jamais sonhariam. Durante a adolescência foi o empregado favorito de quem encomendou as Variações, o Conde Hermann Karl von Keyserling.

Este CD é bastante bom, especialmente nas peças para cravo solo. Vale a pena ouvir!

Johann Gottlieb Goldberg (1727-1756): Música de Câmara — Trio Sonatas, Quarteto para 2 Violinos, Viola And B.C. (Musica Alta Ripa)

Sonata For 2 Violins And B.C. A Minor
1 Adagio
2 Allegro
3 Alla Siciliana
4 Allegro Assai

Sonata For 2 Violins And B.C. C Major
5 Adagio
6 Alla Breve
7 Largo
8 Gigue E Presto

Polonaises Composto Per Il Cembalo
9 Polonaise F Major
10 Polonaise D Minor

Sonata For 2 Violins, Viola And B.C. C Minor
11 Largo
12 Allegro
13 Grave
14 Gigue

Polonaises Composto Per Il Cembalo
15 Polonaise E Flat Major
16 Polonaise C Minor

Sonata For 2 Violins And B.C. B Flat Major
17 Adagio
18 Allegro
19 Grave
20 Ciacona

Sonata For 2 Violins And B.C. G Minor
21 Adagio
22 Allegro
23 Tempo Di Menuetto

Polonaises Composto Per Il Cembalo
24 Polonaise G Major
25 Polonaise C Major

Sonata For 2 Violins And B.C. F Minor
26 Adagio
27 Allegro
28 Largo
29 Allegro Ma Non Tanto

Ensemble – Musica Alta Ripa

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Não me perguntem o autor

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Pérotin (c. 1160 – c. 1236) / Sungji Hong (1973): Trio Mediaeval – Stella Maris

Pérotin (c. 1160 – c. 1236) / Sungji Hong (1973): Trio Mediaeval – Stella Maris

Espetacular CD da ECM (para variar). Três vozes femininas cantam as primeiras obras da polifonia e uma obra moderna da compositora coreana Sungji Hong (1973). Som puríssimo, lindo.

Altamente recomendável.

Trio Mediaeval – Stella Maris

Anônimos

1. Flos regalis virginalis 4:26
2. O Maria, stella maris 3:43
3. Quem trina polluit 4:44
4. Dou way Robyn – Sancta Mater 3:58
5. Veni creator spiritus 9:51

Perotin
6. Dum sigillum 9:52

Anônimo

7. Beata viscera 2:01

Sungji Hong
8. Missa Lumen de lumine (2002) – Kyrie 4:03
9. Missa Lumen de lumine (2002) – Gloria 6:43
10. Missa Lumen de lumine (2002) – Credo 5:48
11. Missa Lumen de lumine (2002) – Sanctus 4:06
12. Missa Lumen de lumine (2002) – Agnus Dei 5:52

Anna Maria Friman soprano
Linn Andrea Fuglseth soprano
Torunn Østrem Ossum soprano

Recorded February 2005
ECM New Series 1929

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Lotti / Platti / Vivaldi / Brescianello / Steffani / Montanari: Del Sonar Pitoresco (Ensemble Barocco Sans Souci)

Lotti / Platti / Vivaldi / Brescianello / Steffani / Montanari: Del Sonar Pitoresco (Ensemble Barocco Sans Souci)

Um CD que junta vários compositores italianos do século XVIII. Todas as obras são para oboés ou fagotes solistas. Após a primeira surpresa pela bela sonoridade alcançada pelos intérpretes, a coisa cai em plana mesmice. O Sans Souci é o grande destaque do trabalho, soltando bons ventos para todos os lados, só que os compositores não ajudam. O curioso é que Vivaldi perdeu-se em meio a seus contemporâneos e não consegui diferenciá-lo dos Lottiplattimontanari durante a audição do CD. O século XVIII italiano está lotado de bons compositores, mas acho que a maioria privilegiava o violino, não é verdade, Vivaldi? O conhecimento dos instrumentos de sopro durante a “Era do Iluminismo” era escasso, particularmente em contraste com os instrumentos de corda. De qualquer forma, a sonoridade é tão bonita que nem chegamos a notar a falta da boa música. Acho que vale a pena conferir.

Lotti / Platti / Vivaldi / Brescianello / Steffani / Montanari: Del Sonar Pitoresco (Ensemble Barocco Sans Souci)

Lotti : Sonata a quattro for two oboes, bassoon & b.c.
1 I. Adagio
2 II. Allegro
3 III. Adagio
4 IV. Allegro

Platti: Sonata in G Major for Oboe, obbligato bassoon & b.c
5 I. Adagio
6 II. Allegro
7 III. Largo
8 IV. Allegro

Vivaldi: Trio Sonata RV81 in G minor for two oboes & b.c
9 I. Allegro
10 II. Largo
11 III. Allegro

Brescianello: Concerto for oboe, obbligato bassoon & b.c
12 I. Largo
13 II. Allegro
14 III. Largo
15 IV. Allegro

Steffani: Aria “Chomigioia” for two oboes & b.c
16 Chomigioia: Aria

Lotti: “Echo” Sonata a 4 for two oboes, obbligato bassoon and b.c
17 I. Echo
18 II. Adagio
19 III. Allegro – Presto

Platti: Sonata in C minor for oboe, obbligato bassoon and b.c
20 I. Adagio
21 II. Allegro
22 III. Mesto
23 IV. Allegro

Montanari: Sonata in C for two oboes and b.c
24 I. Adagio
25 II. Allegro
26 III. Vivace

Ensemble Barocco Sans Souci

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Jean Jacques de Boissieu – Um oboísta tocando na frente de dois pastores

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Johannes Brahms (1833-1897): Quinteto para Piano, Op. 34 / Quinteto para Clarinete, Op. 115 (Bartók Quartet / Ránki / Kovács)

Johannes Brahms (1833-1897): Quinteto para Piano, Op. 34 / Quinteto para Clarinete, Op. 115 (Bartók Quartet / Ránki / Kovács)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sem dúvida, um baita disco desta lendária gravadora húngara! Acho que o CD é de 1994. Aqui temos duas peças fundamentais da música de câmara de Brahms que raramente aparecem juntas, apesar de serem muito conhecidas. O Quinteto para Piano é de 1864 e o para Clarinete é de 1891. É curioso compará-los. A gente sempre pensa que o estilo de Brahms mudou pouco através dos anos, mas não é o que se nota nestes dois esplêndidos quintetos. O humor é muito semelhante em ambos, mas a fluência que o compositor ganhou naqueles 27 anos é notável. OK, talvez seja a lembrança da peça análoga de Mozart, mas o que o Quinteto para Piano tem de lírico, o para Clarinete tem de natural, trazendo em si aquela tranquila audácia mozartiana. Um CD para ser ouvido e reouvido muitas vezes.

Johannes Brahms (1833-1897): Quinteto para Piano, Op. 34 / Quinteto para Clarinete, Op. 115 (Bartók Quartet / Ránki / Kovács)

Quinteto em fá menor para piano, dois violinos, viola e violoncelo Op.34
I. Allegro non troppo 11:03
II. Andante un poco adagio 8:54
III. Scherzo. Alegro 7:15
IV. Final. Poco sostenuto – Allegro non troppo 10:13

Quinteto em si menor para clarinete, dois violinos, viola e violoncelo Op.115
I. Allegro 9:36
II. Adagio 10:33
III. Andantino 4:09
IV. Com moto 8:24

Dezső Ránki, piano
Béla Kovács, clarinete
Bartók Quartet

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Ignoro se o Bartók Quartet ainda existe. Esta foto é de 2009.

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JS Bach / CPE Bach / JC Bach / Böhm / F Couperin / Hasse / Pezold / Stölzel: Notebooks for Anna Magdalena (Esfahani / Sampson)

JS Bach / CPE Bach / JC Bach / Böhm / F Couperin / Hasse / Pezold / Stölzel: Notebooks for Anna Magdalena (Esfahani / Sampson)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Disco de uma delicadeza e intimidade maravilhosas!

A encantadora música doméstica dos Bach

Mahan Esfahani e Carolyn Sampson revivem o Pequeno Livro de Anna Magdalena.

Por João Marcos Coelho em 20 de agosto de 2023

Nascido em Teerã, no Irã, 39 anos atrás, Mahan Esfahani cresceu nos Estados Unidos, onde estudou musicologia na Universidade de Stanford. Estudou cravo em Praga com Zuzana Ruzicková. Em 2009, fixou-se em Londres. E hoje vive em Praga. Ele é decididamente um cravista fora da curva. Nos últimos treze anos encomendou obras a compositores contemporâneos e as estreou, algumas para cravo e orquestra. E, claro, notabilizou-se também no chamado repertório fundamental do instrumento – as obras do período barroco, sobretudo as de Bach. Já tocou com nomes ilustres do mundo clássico, como François Xavier-Roth, Ilan Volkov, Thomas Dausgaard, Antoni Wit, Jiri Belohlávek e o atual maestro titular e diretor artístico da Osesp Thierry Fischer. Entre seus parceiros de concertos e gravações estão Michala Petri e Emmanuel Pahud; e estreou obras de compositores como George Lewis, Brett Dean, Ben Sorensen. Grava para a Hyperion e para a Deutsche Grammophon.

E é da Hyperion, selo independente inglês que foi recentemente comprado pelo grupo Universal, que também detém a Deutsche Grammophon, o excepcional CD desta semana. Ele se intitula “Bach: os Pequenos Livros para Anna Magdalena”. Pela primeira vez, juntam-se no mesmo álbum as peças curtas instrumentais com nove árias sacras constantes dos álbuns de 1722 e 1725, onde Bach inclui, além de suas peças, as de outros compositores seus contemporâneos, como o cravista francês François Couperin.

No texto do encarte brilhante – tão bom quanto suas interpretações ao cravo – Esfahani denuncia a misoginia multissecular que transformou em praticamente material descartável, mero gesto de gentileza do gênio para sua segunda esposa estes cadernos manuscritos, para serem usados na atmosfera familiar. Ora, escreve o cravista, Anna era cantora profissional até casar-se com Johann Sebastian e praticamente abandonou o canto para se dedicar à numerosa família: “A presença de peças para cravo e também outras vocais de caráter sacro tem um significado mais profundo do que a descrição em geral informal desta música como subprodutos menores e até mesmo imperfeita do que se descreve imperfeitamente como “devoção pessoal’. Se as obras do ‘pequeno livro’ são modestas e parecem de escasso valor comparadas às grandes suítes e variações e às fantasias e fugas virtuosísticas, elas representam, porém, o espírito de uma civilização que coloca no mesmo patamar tanto estas quanto as que exigem maiores competências técnicas e expressivas”.

E fecha com chave de ouro: “Cada uma delas é um precioso artefato que sobreviveu até os dias atuais, de uma mulher sobre quem sabemos tão pouco que nem temos uma representação física. Para conhecê-la e conhecer o homem que era Johann Sebastian, seria bom prestarmos atenção à música que ambos consideravam digna o bastante para acompanhar seus pensamentos diários, em família”.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Notebooks for Anna Magdalena (Esfahani / Sampson)

01. Bach: Minuet in F major, BWVAnh113 (1:46)
02. Pezold: Minuets in G major / G minor, BWVAnh114 & 115 (3:34)
03. Couperin: Rondeau in B flat major, BWVAnh183 (4:17)
04. Bach: Minuet in G major, BWVAnh116 (1:44)
05. Bach: Polonaise in F major, BWVAnh117 (1:18)
06. Bach: Minuet in B flat major, BWVAnh118 (1:24)
07. Bach: Polonaise in G minor, BWVAnh119 (1:13)
08. Bach: Wer nur den lieben Gott lässt walten, BWV691 (1:36)
09. Bach: Gib dich zufrieden, BWV510 (1:20)
10. Bach: Gib dich zufrieden, BWV511 (1:14)
11. Bach: Minuet in A minor, BWVAnh120 (1:28)
12. Bach: Minuet in C minor, BWVAnh121 (1:03)
13. Bach (CPE): March in D major, BWVAnh122 (1:04)
14. Bach (CPE): Polonaise in G minor, BWVAnh123 (1:19)
15. Bach (CPE): March in G major, BWVAnh124 (1:26)
16. Bach (CPE): Polonaise in G minor, BWVAnh125 (1:59)
17. Bach: Erbauliche Gedanken eines Tobackrauchers, BWV515a, ‘So oft ich meine Tobackspfeife’ (5:28)
18. Böhm: Menuet fait par Mons Böhm in G major (1:09)
19. Bach: Musette in D major, BWVAnh126 (0:43)
20. Bach (CPE): March in E flat major, BWVAnh127 (1:13)
21. Bach: Polonaise in D minor, BWVAnh128 (1:17)
22. Stölzel: Bist du bei mir, BWV508 (2:47)
23. Bach: Goldberg Variations ‘Aria mit verschiedenen Veränderungen’, BWV988 – Movement 01: Aria (4:21)
24. Bach (CPE): Solo per il cembalo, BWVAnh129 (2:13)
25. Hasse: Polonaise in G major, BWVAnh130 (2:00)
26. Bach: The well-tempered Clavier Book 1, BWV846-869 – No 01 in C major, BWV846. Movement 1: Prelude (2:11)
27. Bach (JC): Rigaudon in F major, BWVAnh131 (0:44)
28. Bach: Warum betrübst du dich?, BWV516 (1:37)
29. Bach: Ich habe genug, BWV82 – No 2. Recitativo: Ich habe genug (1:07)
30. Bach: Ich habe genug, BWV82 – No 3. Aria: Schlummert ein, ihr matten Augen (7:09)
31. Bach: Schaffs mit mir, Gott, BWV514 (0:57)
32. Bach: Minuet in D minor, BWVAnh132 (0:54)
33. Bach: Willst du dein Herz mir schenken, BWV518 (2:58)
34. Bach: Dir, dir, Jehova, will ich singen, BWV299b (0:55)
35. Bach: Wie wohl ist mir, o Freund der Seelen, BWV517 (1:32)
36. Bach: Gedenke doch, mein Geist, zurücke, BWV509 (0:58)
37. Bach: O Ewigkeit, du Donnerwort, BWV513 (1:22)
38. Bach: Jesus, meine Zuversicht, BWV728 (1:49)
39. Bach: Minuet in G major, BWV841 (1:18)
40. Stölzel: Bist du bei mir, BWV508 (2:40)

Mahan Esfahani, cravo
Carolyn Sampson, soprano

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Mahan Esfahani e Carolyn Sampson

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Biber (1644-1704) / Schmelzer (ca. 1620-23-1680): Sonatas (Freiburger Barockorchester Consort)

Biber (1644-1704) / Schmelzer (ca. 1620-23-1680): Sonatas (Freiburger Barockorchester Consort)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A brilhante música instrumental do barroco médio dificilmente poderia ser demonstrada de forma mais eficaz do que na escolha do repertório e nas apresentações neste disco. O programa — suntuoso e exótico — é compartilhado entre o músico da corte de Viena, Schmelzer, e seu jovem contemporâneo boêmio, Biber. Poucas ou nenhuma das peças  são novidades, mas consigo pensar em apenas uma abordagem alternativa –- a de Nikolaus Harnoncourt — que corresponda às nuances expressivas mostradas aqui pelo Freiburg Baroque Orchestra Consort. O cardápio foi cuidadosamente escolhido, capitalizando os vívidos contrastes que existem nos dois extremos, entre as cintilantes peças dominadas por trompetes de Biber, por um lado, e a triste e linda Sonata sopra la morte Ferdinand III de Schmelzer. O imperador Ferdinand era o empregador musicalmente talentoso de Schmelzer, e sua morte em 1657 gerou não apenas esta peça excepcionalmente bela de seu Hofkapellmeister, mas também um impressionante lamento para teclado de seu organista da corte, Froberger. Esta sonata é a mais comovente das três peças elegíacas de Schmelzer reunidas aqui, todas harmonicamente distintas e de grande interesse. As Sonatas de Biber estão na tradição da sonata da igreja. A primeira e a última sonatas do conjunto, ambas incluídas aqui, contêm partes para dois trompetes, assim como a Sétima Sonata, em grande parte construída sobre o contrabaixo. A Quarta e a Décima Sonatas, por outro lado, exigem um único trompete, enquanto as duas restantes no disco, a Sexta e a Oitava, são puramente para cordas. Os músicos de Freiburg parecem deleitar-se com as sonoridades variadas inerentes às texturas de Biber, respondendo com talento e senso de estilo ao colorido e imaginação do compositor. As sonatas com trompete provavelmente te causarão um apelo instantâneo, mas são as expressões mais tristes de Schmelzer que causam uma impressão mais profunda em meus sentidos. Um disco maravilhoso!

Biber / Schmelzer: Sonatas (Freiburger Barockorchester Consort)

1 Sonata No. 1 A Otto C-Dur / C Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
4:38
2 Sonata No. 6 A Cinque F-Dur / F Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
4:38
3 Sonata No. 4 A Cinque C-Dur / C Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
4:35
4 Sonata (Lamento) A Tre Con Organo Et Violone H-Moll / B Minor
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
6:36
5 Sonata A Due Con Basso Continuo A-Moll / A Minor
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
4:39
6 Lamento “Sopra La Morte Ferdinandi A Tre” Con Organo Et Basso H-Moll / B Minor
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
6:38
7 Sonata No. 8 A Cinque G-Dur / G Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
6:26
8 Sonata No. 10 A Cinque G-Moll / G Minor
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
5:38
9 Sonata No. 7 A Cinque C-Dur / C Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
5:32
10 Sonata A Due Con Basso Continuo D-Moll / D Minor
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
5:44
11 Lamento A Tre Con Basso Continuo B-Dur / B Flat Major
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
8:30
12 Harmonia A Cinque Con Basso Continuo B-Dur / B Flat Major
Composed By – Johann Heinrich Schmelzer
4:52
13 Sonata No. 12 A Otto C-Dur / C Major
Composed By – Heinrich Ignaz Franz Biber
5:05

Ensemble – Freiburger Barockorchester Consort*
Executive-Producer – Jan Höfermann
Harpsichord – Torsten Johann
Theorbo – Lee Santana
Trumpet – François Petit-Laurent (faixas: 2, 3, 8, 9, 13), Friedemann Immer (faixas: 2, 3, 8, 9, 13)
Viola – Christa Kittel, Christian Goosses, Ulrike Kaufmann
Viola da Gamba, Violone – Hildegard Perl*
Violin – Anne Katharina Schreiber, Petra Müllejans
Violone – Love Persson

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Eu gosto de gente bonita, mas nem sempre é possível. Este é o Schmelzer.

PQP