Musitrio – Kinematic

Pensem em como não tenho afinidade por trios clássicos (piano, violino e violoncelo), seja de quem for – Beethoven, Mozart, Ravel… -, mas os três que integram este CD me arrebataram de primeira, há alguns anos, e já estavam tardando a constar aqui no blog.

É das execuções de trios mais competentes que já ouvi. Na verdade, graças ao repertório, muito bem escolhido e nitidamente dominado pelos músicos, este álbum está em primeiro lugar na minha discoteca, tratando-se de música de câmara.

A peça de Silverman, que me remete à Café Music de Paul Schoenfeld (também para trio clássico), merece todo o destaque, mas não tenho restrição nenhuma ao CD: é pra ouvir de cabo a rabo.

***

Musitrio – Kinematic

Stanley Silverman (1938-)
In Celebration
1. Introduction
2. Kinematic
3. Cantilena – Chaconne
4. Montuno

Daniel Wolff (1967-)
Trio para violino, cello e piano – 1ª gravação mundial
5. Allegro
6. Chanson
7. Scherzo
8. Rapsodia

Astor Piazzolla (1921–1992)
Las Cuatro Estaciones Porteñas – transcrição: Rodrigo Bustamante
9. Primavera Porteña
10. Verano Porteño
11. Otoño Porteño
12. Invierno Porteño

Musitrio
Catarina Domenici, piano
Rodrigo Bustamante, violino
Rodrigo Alquati, violoncelo

BAIXE AQUI – PARTE 1
BAIXE AQUI – PARTE 2

Junte as partes através do programa HJSplit, que pode ser facilmente encontrado via Google.

CVL

Mozart Camargo Guarnieri (1907-1993) e Alberto Nepomuceno (1864-1920) – Sinfônica de Campinas

As duas obras deste CD estão disponíveis em outras gravações neste blog (a rigor, uma gravação de cada sinfonia), daí que não há o que acrescentar por hora: basta procurar os outros posts via tags.

Vale a pena, em particular, conferir como ficou a segunda sinfonia de Guarnieri na versão original (com a Osesp) e na revisada (a deste post) – o segundo movimento tem o dobro da duração na primeira edição.

Pra mim, trata-se da mais bela – e bem feita – sinfonia jamais escrita no Brasil.

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Sinfônica de Campinas

Alberto Nepomuceno – Sinfonia em Sol Menor
01 Allegro (com entusiasmo)
02 Andante Quasi Adagio
03 Presto
04 Con Fuoco
Camargo Guarnieri – Sinfonia n° 2 “Uirapuru” (dedicada a Heitor Villa-Lobos)
05 Energico
06 Terno
07 Festivo

Orquestra Sinfônica de Campinas, regida por Benito Juarez

BAIXE AQUI

CVL

Dimitri Cervo (1968) – Toronubá

Dimitri Cervo é a melhor revelação da música clássica gaúcha nas últimas décadas, ao lado de seu conterrâneo – compositor e violonista – Daniel Wolff. Influenciado principalmente pela música indígena brasileira e pelo minimalismo novaiorquino, Cervo – que pratica surfe como hobby (imaginem Vivaldi surfando…) – tem recebido distinções importantes em nível nacional e criado obras como nunca. Aqui vai a única compilação disponível delas.

Digo o seguinte: siga direto pra faixa nove, pois ela é que interessa. A apreciação do restante das músicas deixo por conta de vocês (nunca vi tanta reciclagem de temas num mesmo CD).

Toronubá, para oito percussionistas e piano, é algo sui generis e consegue conquistar até o público mais rocker, com sua pulsão e timbrística inimitáveis. Nada menos que uma das obras mais bem sucedidas a estrear na última década – ano passado, a Sinfônica de Sergipe a incluiu (em versão para cordas e percussão) em sua turnê nacional – e à qual, se eu fosse PQP, daria o rótulo de IM-PER-DÍ-VEL.

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Toronubá – A música de Dimitri Cervo

1. Tema para Filme I, op. 23 (2005) – Piano solo
2. Papaji, op. 11 (1997) – Violoncelo e Piano
3. Canção (1987) – Flauta e Piano
4. Bagatela, op. 8 (1995) – Flauta e Piano
5. Brasil 2000, op. 12 (1997-2005) – Piano solo
6. Abertura e Toccata, op. 6 (1995) – Flauta, Clarinete e Piano
7. Aiamguabê, op. 19 (2002) – Violino, Viola, Violoncelo e Piano
8. Flot, op. 4 (1993-94) – Piano solo
9. Toronubá, op. 16 (2000) – 8 Percussionistas e Piano
10. Tema para Filme II, op. 23 (2003) – Piano solo

Dimitri Cervo, composição e piano
Artur Elias Carneiro e João Batista Sartor, flautas
Diego Grendene, clarineta
Rogério Nunes, violino
Cristiano Bion Loro, viola
Alexandre Diel e Douglas Araújo, violoncelos
Grupo PIAP, percussão (diretor: John Boudler)

BAIXE AQUI (link retirado a pedido do compositor*)

COMPRE O CD

CVL

* Dimitri Cervo alertou que o CD ainda estava disponível em lojas e que as vendas tinham caído em função desta postagem. Ele autorizou a disponibilização das três primeiras faixas, mas falta-me tempo para reloads. Em todo caso, peço desculpas pelo inconveniente.

Reloads – The best of CVL

Caros,

Aí vão alguns reloads que fiz, para download alternativo via Megaupload. Não adianta me pedir de outros discos porque só vou criar novos links dos que me estiverem à mão.

Fausto, de Amaral Vieira
Fábulas, de Amaral Vieira (se forem bonzinhos baixarem muito, farei o upload de outros CDs de AV)
Villa por Chorões
Bachianas Brasileiras n° 2, 4 e 8, com Jesús Lopez-Cobos
Os Choros de câmara de Villa-Lobos, primeira gravação mundial
Debussy por Nelson Freire (nunca um CD meu foi tão baixado quanto esse – mais de mil vezes)
Tangazo, com Charles Dutoit (as obras sinfônicas mais fodásticas fascinantes de Piazzolla)
Obras orquestrais de Copland (a melhor coletânea com peças do compositor norte-americano)
Réquiem contestado, de Eli-Eri Moura (magnífico oratório sobre réquiem jamais composto no Brasil)

CVL

Arrigo Barnabé (1951) – Missa in memoriam Itamar Assumpção

Os pidões. Ah, os pidões. Pedem para que mudemos os serviços de hospedagem; pedem para postarmos obras das quais não gostamos, que não estamos ouvindo, cujas gravações não possuímos ou cujos discos originais estão longe de nossas mãos; pedem para contribuir com nosso blog como integrantes da equipe (aguardem o próximo edital público, após 2020); pedem que só postemos Bach, Mozart e Beethoven; pedem a morte de Yngwie Malmsteen; pedem que só a porra…

Enfim, mas quando a gente – num arroubo de cortesia – pede, por favor, que escrevam o nome das faixas ou postem o arquivo e nos mandem o link ou disponibilizem uma foto da irmã de biquíni, a maioria (há exceções, claro, às quais somos gratos) desconversa e corre.

Esse falso réquiem (falso porque o réquiem propriamente dito não tem Gloria nem Credo: Barnabé realmente quis compor uma missa ordinária, não sei por qual motivo) aqui é um exemplo. Fiquei esperando um tempão a promessa de algum corno manso, até que ontem encontrei o CD numa livraria e o comprei só pra postar aqui.

Em contrapartida, não vou comentar sobre a obra: vou jogar dominó, tomar cerveja e, quando chegar em casa, ver as novas fotos das irmãs de alguns visitantes do blog (não daqueles meus diletos, claro).

Missa in memoriam Itamar Assumpção

1. Kyrie
2. Gloria
3. Credo
4. Sanctus
5. Agnus Dei

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Villa-Lobos em Paris

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Esse é um dos CDs mais ousados e bem produzidos nos últimos tempos sobre Villa-Lobos; reproduz o programa do primeiro concerto do nosso Villa em Paris, em 1924.

Eu pulo direto para o Noneto – obra sem parelelo, mesmo dentro do catálogo villalobiano – mas inventei de escutar o CD a partir do começo e acabei ficando perplexo com a beleza do Quarteto Simbólico, o qual não ouvia há tempos. As outras obras, deixo à apreciação de vocês, mas sei que os pianólatras terão ressalvas sobre a primeira série da Prole do Bebê.

Quanto ao Noneto, Villa-Lobos foi de uma audácia sem precedentes no uso técnico do coral. Fiquei particularmente impressionado com a passagem zombeteira e bem ritmada no final, onde eu jurava que entendia “Samba sem sapato tá dançando o orangotango”. Porém, comprei recentemente o livro Heitor Villa-Lobos: Processos composicionais, de Paulo de Tarso Salles, e lá assinalava o texto correto, outra brincadeira onomatopaica típica do nosso genioso compositor: “Zango! Zizanbango! Dangozangorangotango!”, mas dessa vez para gerar sugestões fonéticas africanas, em lugar das indígenas a que estamos acostumados.

Claro que o Noneto não é um apanhado de passagens “exóticas”; ele é muito complexo na estruturação e na harmonia. O melhor mesmo é viajar pelos temas que se apresentam e se retiram ao longo dos doze minutos de duração.

Só agora, após uma passada de vista via Google, descobri que o CD recebeu o Diapason de ouro.

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Villa-Lobos em Paris (2005)

Revista Diapason
“Prêmio Diapason de Ouro”

1-3. Quatuor
Toninho Carrasqueira, flauta – Dilson Florêncio, sax – Luba Klevsotova, harpa – Maria Elisa Risarto, celesta – Mara Campos, Reg. Preparadora do Coro Feminino – Gil Jardim, Regente.

4-11. A Prole do Bebê nº1
Nahim Marum, piano

12-19. Epigramas Irônicos e Sentimentais
Claudia Ricchitelli, soprano – Nahim Marum, piano

20. Pensées D’Enfant
Claudia Ricchitelli, soprano – Toninho Carrasqueira, flauta – Sérgui Burgani, clarinete – Watson Clis, violoncelo

21. Noneto
Toninho Carrasqueira, flauta – Luis Carlos Justi, oboé – Sérgio Burgani, clarinete – Aloysio Fagerlande, fagote – Dilson Florêncio, sax – Silas Lima, harpa – Maria Elisa Risarto, celesta – Paulo Braga, piano – Elizabeth Del Grande, Ricardo Bologna e Eduardo Gianesella, percussão – Mara Campos, Regente Preparadora do Coro Misto – Gil Jardim, Regente.

BAIXE AQUI

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Eli-Eri Moura (1963) – Música de câmara [link atualizado 2017]

O Réquiem Contestado de Eli-Eri Moura foi uma das minhas melhores postagens até hoje aqui no blog e a melhor obra que revelei nesses quase dois anos com a família Bach. Porém, o compositor paraibano tem duas facetas: uma estritamente tonal (harmônica e melodiosa em alta escala, passando, no entanto, longe da trivialidade), tal qual no RC, outra experimental, como vocês poderão ouvir neste CD – no qual demorei meses tentando entender o altamente conceitual processo composicional e me acostumando com as sonoridades.

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Se vossos ouvidos não suportam timbres áridos e ritmos aparentemente desconexos, afastai-vos; mas se vós vos dispuserdes a se postar diante de um universo sonoro alternativo, ide em frente e fazei o download.

Deixo as palavras do compositor acerca do que encontrareis.

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As cinco peças deste CD exemplificam, em maior ou menor grau, o que chamo música contextualizada. O termo se refere a uma abordagem composicional baseada em dois ideais: (1) implementar uma contextualização geográfica, uma referência regional que favoreça uma visão do mundo culturalmente diversa, múltipla, em vez de uma visão estreita, plana e globalizada; (2) promover uma interação com elementos de uma cultura local, passível de ocorrer de forma estrutural, permeando os diversos níveis hierárquicos das composições e dos seus processos de criação. Para atingir esses objetivos, procuro processar e aplicar os ingredientes culturais locais de tal modo que variados graus de um isomorfismo musical sejam efetivados na composição, unindo materiais, processo, discurso  e forma. Um dos resultados é que, muitas vezes, não somente ritmos e alturas, mas outros parâmetros, a exemplo de timbre, densidade e textura, se tornam os principais elementos constitutivos do conteúdo musical. Por conta das naturezas e conteúdos diversos dos materiais das fontes culturais utilizados, a abordagem exige uma paleta variada de procedimentos e técnicas composicionais (adequáveis ao pensamento composicional proposto), alguns dos quais são apontados abaixo.

[no caso, vide este link aqui, onde o internauta pode consultar as partituras]

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Eli-Eri Moura – Música de câmara

1. Circumversus, para quarteto de flauta, clarineta, violino e violoncelo
2. Maracatum, para três percussionistas
3. Nouer I, para oboé e piano
4-7. Isophonie, para violoncelo solo
Módulo I
Módulo II
Módulo III
Módulo IV
8. Opanijé Fractus, para quinteto de sopros

Intérpretes: membros do Grupo Sonantis, do Departamento de Música da UFPB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

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CVL
Repostado por Bisnaga

Gilberto Mendes (1922) – Santos Football Music, Beba Coca Cola e outras obras – reload

Já que o papo deste blog está desviando pro futebol, bora reservar esse cantinho aqui pro assunto e aproveitar pra dar espaço para a mais comentada obra de vanguarda do séc. XX no Brasil: a SFC.

CVL

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Se Cage ainda dá o que falar com 4’33”, então pingo fogo com a pedra angular da música de vanguarda brasileira: a Santos Football Music, de Gilberto Mendes. Sempre que apresento essa obra a alguns conhecidos, eles riem, torcem o nariz, ficam contrariados, acham uma besteira e por aí vai.

No entanto, não se trata de um compositor sem cabedal, já que suas obras para coral e para piano são muito bem escritas. Não vou comentar muito porque estou guardando anotações para um futuro artigo sobre a obra de Mendes. Estejam à vontade aqui nos comentários.

Consegui o presente CD há muito tempo com um dos caras do blog Música Brasileira de Concerto (a quem devo os créditos pelas obras de Edino Krieger postadas meses atrás e pelos Estudos de Guarnieri, que irão ao ar em breve), que inclui a também “inusitada” Beba Coca Cola, mas quem quiser baixar só a SFM ela vai em outra versão, à parte.

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Surf, Bola na rede, Um pente de Istambul e a música de Gilberto Mendes (1992)

01 – Motet em ré menor (Beba coca-cola) – 1966
Karmmerchor der Humbolt-Universität zu Berlin
Johannes Garbe, regente

02 – O pente de Istanbul – 1990
Duo Diálogos:
Carlos Tarcha, marimba
Joaquim Abreu, vibrafone

03 – Episódio, sobre poema de Carlos Drummond de Andrade – 1949
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

04 – Lamento, sobre texto do chinês Tchu Iuan – 1956
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

05 – Lagoa, sobre poema de Carlos Drummond de Andrade – 1957
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

06 – Dizei, senhora, sobre poema de Cid Marcus Braga Vasques- 1966
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

07 – A mulher e o dragão, sobre texto de São João (fragmento do Apocalipse) – 1967
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano

08 – O meu amigo Koellreutter – 1984
Nancy Bello, soprano
Rubens Ricciardi, piano
Carlos Tarcha, marimba

09 – Ulysses em Copacabana surfando com James Joyce e Dorothy Lamour – 1988
Renato Alves Corrêa, flauta
Otinilo Pacheco, clarinete
Sérgio Cascapera, trompete
Eduardo Pecci, saxofone alto
Maria Vischnia, violino
Cláudio Cruz, violino
Marcelo Jaffé, viola
Ruy Deutsch, contra-baixo
Edelton Gloeden, violão
José Eduardo Martins, piano
Aylton Escobar, regente

10 – Il neige… de nouveau! – 1985
José Eduardo Martins, piano

11 – Viva Villa – 1987
José Eduardo Martins, piano

12 – Um estudo: Eisler e Webern caminham nos mares do sul – 1989
José Eduardo Martins, piano

13 – Santos Football Music – 1969
Orquestra Sinfônica de Westdeutscher Rundfunk Köln
Piero Bastianelli, regente
Geraldo José de Almeida, narração esportiva

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Santos Football Music
Festival Música Nova, 39a. edição.
Orquestra Sinfônica de Santos, regida por Luís Gustavo Petri

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Rudepoema, por Roberto Szidon e Amaral Vieira

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Aqui vai uma contribuição do nosso visitante Marcos Oliveira Santos, que – após ouvir o Rudepoema na interpretação de Nelson Freire, postado semana retrasada – disse que a peça soava melhor nas mãos de Roberto Szidon e de Amaral Vieira e nos mandou os dois arquivos. Ainda deu de brinde uma gravação em que o Villa fala da peça.

Segue tudo em arquivo único zipado.

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CVL

Soirées internationales – Antonio Meneses & Celina Szrvinsk

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Este CD reúne peças para violoncelo e piano de quatro compositores que passaram pela Paris dos anos 20 e 30, ponto irradiador do neoclassicismo na música: Martinu, que se refugiara na França, fugido da então Tchecoslováquia e que viria a se estabelecer nos EUA; Boulanger, mestra de significativa parte dos grandes nomes da composição do séc. XX; Villa-Lobos, que havia absorvido o que a Europa tinha a lhe oferecer (quase nada); e Guarnieri, que deu um pulo na França e teve umas aulas com Koechlin (e parece que com a própria Boulanger).

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Soirées Internationales

Heitor Villa-Lobos
1. Ária (cantilena)
2. O Canto do capadócio (The Song of the capadócio)
3. O Canto da Nossa Terra (The Song of Our Land)
4. O Trenzinho do Caipira (The Little Train of the Caipira)
Camargo Guarnieri – Sonata n° 1
5. 1. Tristonho
6. 2. Apaixonadamente
7. 3. Selvagem
Nadia Boulanger – Três peças
8. 1. Modéré
9. 2. Sans vitesse et à l’aise
10. 3. Vite et nerveusement rythmé
Bohuslav Martinu – Sonata n° 3
11. 1. Poco andante
12. 2. Andante
13. 3. Allegro (ma non presto)

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Concertos para piano

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Não sei quem mandou ao mano PQP (o qual me repassou) os concertos pra piano de meu pai, mas agradeço pra valer porque, incrivelmente, eu não os conhecia ainda, embora já tivesse ouvido todos os demais concertos dele (os dois pra cello, o pra harpa, o pra violão e o pra gaita). Não são obras tão inspiradas mas, para quem gosta das obras do Villa, são garantia de uma aprazível audição.

***

01-04. Piano Concerto No 1
I Allegro
II Allegro- Poco Scherzando
III Andante & Cadenza
IV Allegro Non Troppo
05-08. Piano Concerto No 2
I Vivo
II Lento
III Quasi Allegro – Cadenza
IV Allegro

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9-12. Piano Concerto No 3
I Allegro
II Andante Con Moto
III Scherzo- Vivace-Cadenza
IV Allegro Vivace (Decisivo)
13-16. Piano Concerto No 4
I Allegro Non Troppo
II Andante Con Moto
III Scherzo- Allegro Vivace – Cadenza
IV Allegro Moderato
17-20. Piano Concerto No 5
I Allegro Non Troppo
II Poco Adagio
III Allegretto Scherzando – Cadenza
IV Allegro

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Royal Philharmonic Orchestra, regida por Miguel Gómez-Martínez
Piano: Cristina Ortiz

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Carlos Chávez (1899-1978) – Sinfonia Índia (mais Villa-Lobos, Ginastera e Halffter)

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Atendendo a pedidos, a Sinfonia Índia de Carlos Chávez.

Mesmo que ela só tenha um movimento e cerca de doze minutos (mais curta do que, inclusive, muitas sinfonietas), é assim que seu a compositor a nomeou e concebeu, causando dor de cabeça e contrariedade aos estruturalistas mais ortodoxos (quando a escutei pela primeira vez, pensei que se tratava só do primeiro movimento). Na época em que a sinfonia (a segunda das seis de Chávez) foi escrita, 1936, o compositor já havia despontado com outro grande sucesso, também permeado de ritmos nativos: o balé Horse Power (quem tiver uma gravação decente de HP, pode me mandar).

Escrevi certa vez que as duas únicas sinfonias de que gosto de ouvir por completo quando estou de bobeira eram a nona de Dvorák e a segunda de Camargo Guarnieri, mas tenho de acrescentar a Índia de Chávez e a Sinfonia em Cinco Movimentos de Jorge Antunes. Mesmo nos momentos mais calmos, a Índia é belamente melodiosa, sem falar que os instrumentos Yaqui (da tribo homônima, que vivem perto da fronteira com o Arizona) dão um toque único à obra.

Completam o presente CD a famosa suíte de Estância, de Ginastera, o Choros n° 10 (muito bisonho nesta versão) e o concerto para violino do espanhol naturalizado mexicano Rodolfo Halffter (1900-1987) (irmão de outros dois compositores também pouco conhecidos para nós, Ernesto e Cristóbal). Apesar de Rodolfo ter sido o Koellreuter mexicano, introdutor do dodecafonismo em terras astecas, ele só passou a utilizar a técnica dos doze tons na década de 1950 – isso explica porque este concerto, de 1940, é neoclássico.

***

1. Sinfonia Índia – Chávez
2-4. Concerto para violino, op. 11 – Halffter
5-8. Suíte Estância – Ginastera
9. Choros n° 10 – Villa-Lobos

Orquestra Sinfônica e coro da RTVE, de Madrid, regida por Enrique García Asensio
Violino: Ángel Jesús García
Diretor do coro: Mariano Alfonso

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Serestas

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Penso que as Serestas do Villa (as doze primeiras de 1925 e as duas últimas de 1943) só têm alguma graça para quem gosta da canção de câmara nacional – pessoalmente só aprecio a quinta. Mesmo assim, para compensar a carência de canções em português aqui no blog, posto esta gravação antiga, da Philips, com Maria Lúcia Godoy e, ao piano, Miguel Proença. Não acho que a voz de MLG seja a perfeita para as Serestas – prefiro-as com um soprano mais jovem ou com um tenor – mas tá valendo. E como vocês podem ver abaixo, os autores dos poemas são de primeira linha.

***

Seresta nº 1: Pobre Cega (Álvaro Moreyra)
Seresta nº 2: O Anjo da Guarda (Manuel Bandeira)
Seresta nº 3: Canção da Folha Morta (Olegário Mariano)
Seresta nº 4: Saudades da Minha Vida (Dante Milano)
Seresta nº 5: Modinha (Manuel Bandeira)
Seresta nº 6: Na Paz do Outono (Ronald de Carvalho)
Seresta nº 7: Cantiga do Viúvo (Carlos Drummond de Andrade)
Seresta nº 8: Canção do Carreiro (Ribeiro Couto)
Seresta nº 9: Abril (Ribeiro Couto)
Seresta nº 10: Desejo (Guilherme de Almeida)
Seresta nº 11: Redondilha (Dante Milano)
Seresta nº 12: Realejo (Álvaro Moreyra)
Seresta nº 13: Serenata (David Nasser)
Seresta nº 14: Vôo (Abgar Renault)

Maria Lúcia Godoy, soprano
Miguel Proença, piano

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The essential of Heitor Villa-Lobos

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Esse CD de prateleira de Lojas Americanas é uma compilação (não mencionada nos créditos) do box de CDs Villa-Lobos par lui même, da EMI. Como costumo dizer, vale como registro histórico, porque meu pai regendo era um ótimo jogador de bilhar. Surpresa foi ouvi-lo tocar piano direitinho numa das Modinhas e das Miniaturas.

Para eu não sair lacônico, deixo a título de curiosidade a letra da cantiga nordestina anônima incorporada ao terceiro movimento da quarta Bachianas, gravada por Milton Nascimento, Teca Calazans e outros cantores e que voltou à tona com o filme Orquestra dos Meninos.

Ó, mana, deixa eu ir
ó, mana, eu vou só
ó, mana, deixa eu ir
para o sertão do Caicó

Eu vou cantando
com uma aliança no dedo
eu aqui só tenho medo
do mestre Zé Mariano

Mariazinha botou flores na janela
pensando em vestido branco
véu e flores na capela

***

The Essential of Heitor Villa Lobos

1 – Bac. Bras. n° 2 – IV. O trenzinho do caipira
2 – Bac. Bras. n° 5 – I. Cantilena
3 – Bac. Bras. n° 5 – II. Martelo
4 – Miniaturas n° 2 – Viola
5 – Modinhas e canções, vol. 1 n° 3 – Cantilena
6 – Momoprecoce
7 – Bac. Bras. n° 4 – I. Prelúdio (Introdução)
8 – Bac. Bras. n° 4 – II. Coral (O canto do Sertão)
9 – Bac. Bras. n° 4 – III. Ária (Cantiga)
10 – Bac. Bras. n° 4 – IV. Dança (Miudinho)
11 – Choros n° 10

Com a Orchestre National de la Radiodiffusion Française, regida por Villa-Lobos (exceto faixas 4 e 5)
Piano: Heitor Villa Lobos (faixas 4 e 5)
Piano: Magda Tagliaferro (no Momoprecoce)
Soprano: Victoria de los Angeles (na quinta Bachianas)
Violoncelo Solo: Fernando Benedetti (na quinta Bachianas)
Baritono: Frederick Fuller (faixa 5)
Chorale des Jeunesses Musicales de France, regido por Louis Maetini (no Choros n° 10)

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – O descobrimento do Brasil

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Roberto Duarte – um dos maiores regentes especializados em Villa-Lobos e responsável pela revisão integral das obras orquestrais de meu pai, estudo que resultou em livros reconhecidos mundialmente – parece que só conseguiu encontrar lá pras bandas da Eslováquia uma orquestra decente (ainda que não seja excepcional) para dar conta de partituras importantes mas esquecidas em nosso próprio país. Só assim pra Duarte concretizar essa gravação, ainda referencial, das quatro suítes estruturadas a partir da trilha sonora do filme O descobrimento do Brasil (1936), de Humberto Mauro, com alguns acréscimos a posteriori. A quarta suíte merece menção como um dos expoentes coral-sinfônicos do Villa, ao lado de Mandú-Çarará e do Choros n° 10. Escutem e entendam por quê.

***

O descobrimento do Brasil – Suítes n° 1 a 4

1. Suite n° 1 – Introdução (largo)/Introduction
2. Suite n° 1 – Alegria/Joy
3. Suite n° 2 – Impressão moura/Moorish impression
4. Suite n° 2 – Adagio sentimental/Sentimental adagio
5. Suite n° 2 – A cascavel/The rattle/snake
6. Suite n° 3 – Impressão ibérica/Iberian impression
7. Suite n° 3 – Festa nas selvas/Celebration in the forest
8. Suite n° 3 – Ualalocê (visão dos navegantes)/Vision of the navigators
9. Suite n° 4 – Procissão da cruz/Procession of the cross
10. Suite n° 4 – Primeira missa no Brasil/First mass in Brazil (Adam Blazo, Baritone)

Orquestra Sinfônica da Rádio Nacional Eslovaca e Coro Filarmônico Eslovaco, regidos por Roberto Duarte

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Joaquim Freire – Marlos Nobre (1939) e Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Já que estou ainda no Recife, sem destino definido, vai mais um CD relacionado a dois músicos daqui.

Um deles é intérprete: o violonista Joaquim Freire, que precisou deixar o Recife ainda criança após seu pai, o pedagogo Paulo Freire, ter de se exilar nos tempos da ditadura. Depois de uns tempos no Chile, nos EUA e no Reino Unido, estabeleceu-se na Suíça, onde viria a conhecer a também violonista e futura esposa Susanne Mebes, com quem criou o selo Léman.

O outro é talvez o maior compositor brasileiro vivo, Marlos Nobre, que, assim como Villa-Lobos, tem o melhor de sua discografia no primeiro mundo e em tiragens esgotadas. Curiosamente, Nobre assumiu a cadeira n° 1 da Academia Brasileira de Música em 1984, cujo primeiro ocupante foi o Villa.

Sem mais delongas, este post é dedicado aos fãs do repertório violonístico nacional.

***

Reminiscências, op. 83 – Marlos Nobre (primeira gravação mundial)
1. Choro
2. Seresta
3. Frevo

4. Homenagem a Villa-Lobos – Marlos Nobre

5-16. Estudos para violão – Heitor Villa-Lobos

Joaquim Freire, violão

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Royal Philharmonic Orchestra – Gomes, Moncayo, Villa-Lobos e Ginastera

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

De zero a dez, este CD é xis sobre zero – ou seja, não existe. Pra ser mais claro: de uma a cinco estrelas, critério mais disseminado nas resenhas de jornais, revistas e sites, ele vale três ou quatro buracos negros.

É uma obra de meu pai, a segunda Bachianas, e a abertura de O guarani que me impelem a fazer este post, fora um objetivo recôndito que será oportuna e longinquamente revelado. O Huapango de Moncayo é outra bela peça – só as Variações de Ginastera não têm a menor inspiração. Fogo é que minha dileta Orquestra Filarmônica Real não tenha rendido bem neste CD.

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1. Overture
2. No. 1, “Preludio” (O canto do capadocio)
3. No. 2, “Aria” (O canto da nossa terra)
4. No. 3, “Dansa” (Lembranca do sertao)
5. No. 4, “Toccata” (O trenzinho do caipira)
6. Theme for violin, cello and harp
7. Interlude for strings
8. Humourous variation for flute
9. Scherzo variation for clarinet
10. Dramatic variation for viola
11. Canonic variation for oboe and bassoon
12. Rhythmic variation trumpet and trombone
13. Perpetual motion variation for violin
14. Pastoral variation French horn
15. Interlude from wind
16. Reprise of theme for double bass
17. Final rondo variation for orchestra

Royal Philharmonic Orchestra, regida por Enrique Arturo Diemecke

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Bachianas Brasileiras n° 1, 4 e 5

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Depois de Villa por chorões e do Villa regendo a Orquestra da RIAS de Berlim, outra jóia da Kuarup – jóia ma non troppo, já que este CD só vale pela Bachianas n° 1.

A quarta Bachianas, interpretada na versão original, para piano, até tem uma emoção própria nas mãos de Antônio Guedes Barbosa, mas estão cheias de errinhos nos ataques das notas, principalmente nos dois últimos movimentos (ainda que o Prelúdio esteja sublime, com as teclas batendo nas cordas como pingos d’água), sem falar que sete compassos do Coral são engolidos sem qualquer explicação – quem conhecer a peça, vai saber exatamente onde é.

A transcrição para piano da quinta Bachianas, feita pelo próprio Villa, peca mortalmente por não trazer o ponteado que embala o vocalise do soprano – só tem a linha do baixo e, na mão direita, a duplicação da melodia – e ainda é assassinada pela mão pesada de JCA Brasil.

Confiram se é exagero meu ou não.

Adiante segue o texto do encarte do CD.

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Villa-Lobos e as Bachianas

Victor Giudice

A Bachiana Brasileira nº 1, destinada a uma orquestra de violoncelos e composta em 1930, teve sua primeira audição no Rio de Janeiro em 13 de novembro de 1938, sob a regência do próprio Villa. Na época, os ouvintes mais seníveis ficaram meio assombrados com a façanha obtida pelo compositor, no sentido de aproximar o estilo intocável de Johann Sebastian Bach, à música brasileira aparentemente rudimentar. Talvez ninguém tivesse desconfiado de que esta seria a grande invenção de Villa-Lobos. A obra se divide em três partes: Introdução, Prelúdio e Fuga. A Introdução se apresenta sob a forma de uma popular “embolada”, em ritmo acelerado,guardando a ambiência harmônica assegurada pelos padrões de Bach. Já no Prelúdio, ou “modinha”, uma ária tipicamente bachiana, mas obediente aos padrões característicos da melodia nacional, obedece à indicação Lamentoso e subjuga o ouvinte com um solo de violoncelo da melhor qualidade.
A parte final é uma Fuga, talvez o distintivo máximo da obra de Bach. Uma vez Bach declarou a um interessado em sua arte: “Se você quiser compor uma fuga tão perfeita quanto as minhas, componha tantas quantas eu compus.” No caso de Villa-Lobos ele dá um banho de originalidade ao transformar as “vozes” da fuga numa animada conversa musical entre quatro tocadores de choro. O clímax é determinado por um crescendo, até a conversa se transformar em acirrada discussão.

A Bachiana nº4 foi composta inicialmente para piano, mas, devido ao sucesso, foi logo transcrita para grande orquestra. Na verdade, o Prelúdio, conhecido como “Introdução”, é dominado por uma dessas melodias tão raras quanto simples, capazes de uma fixação imediata na memória popular. Os compassos iniciais do Samba em prelúdio, de Baden Powell e Vinicius de Morais, são os mesmos da quarta Bachiana. O segundo movimento, deniminado Coral ou “Canto do sertão”, é outro achado melódico. A ordenação das notas, lógica e sobretudo original, que Villa consegue impor às seqüências melódicas, é um resultado direto de seu íntimo contato com nossa música popular e , principalmente, com os chorões. Mais uma vez, a terceira parte se concentra numa Ária nos perfeitos moldes bachianos, mas sempre temperada com os estilemas nacionais. Para o movimento final, Villa-Lobos compôs uma Dança, “miudinho”, de grande impacto rítmico e enormes dificuldades interpretativas, tanto para a versão de piano quanto para a orquestra. O sucesso obtido fez com que Bachiana Brasileira nº4 logo se transformasse num dos grandes hits do século XX.

Mas a maior fonte da popularidade mundial de Villa-Lobos é, sem sombra de dúvida, a Bachiana Brasileira nº5. Otto Maria Carpeaux afirma que a mais bela melodia do século XX é a Pavane pour une Infante Defuncte, de Ravel. É possível que ele esteja certo. Mas a mais perfeita invenção melódica do século, para solo vocal sem palavras, é a célebre Ária, “Cantilena”, da quinta Bachiana. Nem mesmo o Vocalise, de Rachmaninoff, consegue atingir o mesmo nível de comunicação em peças para solo de soprano sem palavras. A Ária apresenta uma seção intermediária sobre os versos de Ruth Valladares Correia. Composta na forma A-B-A, a parte sem palavras é retomada no final, a bocca chiusa (boca fechada), traduzindo toda a nostalgia de um certo tipo de mulher brasileira. A segunda parte da Bachiana nº5 é o Martelo, composta com versos de Manuel Bandeira, de interpretação dificílima para sopranos não brasileiros. Sua versão original é para acompanhamento de oito violoncelos, mas a redução para piano aqui gravada é do próprio Villa.

Todo compositor que se preza tem seu ponto de maior popularidade.

Villa-Lobos tem a quinta Bachiana.

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Bachianas Brasileiras n° 1, 4 e 5

01 Bachianas Brasileiras nº1 – Introdução (Embolada)
02 Bachianas Brasileiras nº1 – Prelúdio (Modinha)
03 Bachianas Brasileiras nº1 – Fuga (Conversa)
04 Bachianas Brasileiras nº4 – Prelúdio (Introdução)
05 Bachianas Brasileiras nº4 – Coral (Canto do Sertão)
06 Bachianas Brasileiras nº4 – Ária (Cantiga)
07 Bachianas Brasileiras nº4 – Dança (Miudinho)
08 Bachianas Brasileiras nº5 – Ária (Cantilena)
09 Bachianas Brasileiras nº5 – Dança (Martelo)

Rio Cello Ensemble – BB 1, Antônio Guedes Barbosa – BB 4, Leila Guimarães e João Carlos Assis Brasil – BB 5

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Choros n° 6 e Bachianas Brasileiras n° 7

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Em retribuição aos agradecimentos e elogios recentes, um post rápido, com essa gravação histórica do Villa  – em estúdio pela primeira vez com uma orquestra alemã*, em 1955. O CD é outra preciosidade lançada pela Kuarup.

* A da RIAS de Berlim (Rundfunk im amerikanischen Sektor ou Broadcasting in the American Sector).

1. Choros nº 6
2. Bachianas Brasileiras nº 7 – Prelúdio (Ponteio)
3. Bachianas Brasileiras nº 7 – Giga (Quadrilha Caipira)
4. Bachianas Brasileiras nº 7 – Tocata (Desafio)
5. Bachianas Brasileiras nº 7 – Fuga (Conversa)

Orquestra RIAS de Berlim, regida por Heitor Villa-Lobos

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Villa por Chorões

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Esse álbum – uma bandeja de brigadeiros para os villófilos, ou villalobófilos, ou villalupófilos, ou o que seja – é uma preciosidade da Kuarup, pra mim a melhor das gravadoras independentes do Brasil (a Biscoito Fino é nota dez, até pela primorosa caixinha de seus CDs, mas quem dera que ela tivesse o catálogo da Kuarup).

Não é preciso falar das músicas, suponho que vocês já as conheçam: são releituras de standards do nosso amado Villa, exceto pela Suíte popular brasileira, executada na versão original, mas por cinco violonistas, um em cada movimento.

Tem aqui, transcrições do Choros n° 1 para cavaquinho e violão de sete cordas, de O trenzinho do caipira e da Melodia Sentimental, essas duas para conjunto de cordas dedilhadas, sax soprano e percussão, e da Bachianas n° 5 – o primeiro movimento, para cordas dedilhadas e sax soprano, com a aparição de um piano na parte central; o segundo, para Paulo César Santos, que gravou separadamente as partes arranjadas para sax soprano, duas clarinetas e clarone. O resultado do Martelo ficou excelente.

E se você acha que o sinfônico Choros n° 6 tem somente sugestões de células rítmicas do choro propriamente dito, espere para ouvir esta versão, pena que de metade da obra. No mais, empanturrem-se de brigadeiros.

Villa por Chorões

01 Choros n° 1
02 Bachianas Brasileiras nº5 – Ária (Cantilena)
03 O Trenzinho do Caipira (Tocata)
04 Mazurka-Choro (Da : Suite Popular Brasileira )
05 Schottish-Choro (Da: Suite Popular Brasileira )
06 Valsa-Choro (Da: Suite Popular Brasileira )
07 Gavota-Choro (Da: Suite Popular Brasileira )
08 Chorinho (Da: Suite Popular Brasileira)
09 Bachianas Brasileiras nº 5 – Dança (Martelo)
10 Choros nº 6
11 Melodia Sentimental (De: A Floresta do Amazonas)

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – A floresta do Amazonas (Primeira gravação mundial)

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Mais um post, já que agora só volto lá pra perto do Dia das Crianças…

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Villa-Lobos – figura cult nos States pós-guerra, embora não falasse nada de inglês – recebia diversas encomendas de obras graças a esse prestígio. Uma dessas encomendas foi a da trilha para o filme Green mansions (1959), da MGM, uma adaptação do livro do britânico William Henry Hudson, de 1904, que se passa nas selvas da Guiana.

O filme, que contava com Audrey Hepburn e Anthony Hopkins no elenco, foi um fiasco e o Villa não gostou da forma como um tal de Bronislaw Kaper editou a trilha para que se adequasse à película. Daí, Tuhú (também meu apelido quando eu era criança) reestruturou a suíte e deu-lhe o nome de A floresta do Amazonas.

Para esta antológica gravação, lançada década passada pela EMI e ainda disponível no mercado, Villa-Lobos convenceu Bidu Sayão, aposentada há anos, a voltar aos estúdios para o que veio a ser o último registro fonográfico comercial de ambos. A tal Symphony of the Air que ele rege, nada mais é que a sucessora da lendária NBC Orchestra de Toscanini, que se desfez após a morte do italiano, em 1954, e durou até 1963.

Se vocês assistem à TV, vão reconhecer de imediato a Abertura, utilizada no seriado A muralha, e a Melodia sentimental – transmutada em hit da MPB nas vozes de Zizi Possi, Maria Bethania, Cacá Diegues (!), Djavan, no filme Deus é brasileiro, no seriado Hoje é dia de Maria e por aí vai. Existe até uma releitura de A floresta do Amazonas, do selo Kuarup, feita por Wagner Tiso e Ney Matogrosso. Acabei de encontrá-la na prateleira, mas vou poupar-lhes dela.

A floresta do Amazonas

1. Abertura
2. Deep In The Forest
3. Excitement Among The Indians
4. First Bird Song
5. Nature’s Dance
6. Second Bird Song
7. Vocalise
8. Sails (Veleiros)
9. On The Way To The Hunt
10. Third Bird Song
11. Twilight Song
12. The Indians In Search Of The Girl
13. Fourth Bird Song
14. Vocalise
15. Head Hunters
16. Love Song
17. Sentimental Melody
18. Forest Fire
19. Finale

Symphony of the Air e Coro
Regência: Heitor Villa-Lobos
Soprano: Bidu Sayão

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Magdalena (primeira gravação mundial)

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Todo mundo pensava que meu pai tinha morrido sem deixar sucessores. Todavia, ele teve casos amorosos fortuitos por aí afora e eu vim a ser fruto de um deles. Não interessam, nesse momento, mais detalhes: minha história vai ser revelada bem aos poucos. Estou aqui para mostrar o quanto a música clássica brasileira e americana [das três Américas] tem oferecido ao resto mundo obras tão dignas de serem ouvidas e apreciadas quanto às do resto do mundo.

Não vou ficar chamando meu pai de “pai”, senão vão dizer que entrei neste blog por amizade nepotista entre ele e o genitor de PQP, FDP e CDF. Além do mais, ele nunca soube de minha existência. Doravante, ele é o “Villa”, alcunha pelo qual todos o conhecem.

Meu presente de boas-vindas é este raro CD que vos posto: a primeira gravação mundial de Magdalena, com a desconhecida Orquestra New England e solistas mais desconhecidos ainda, lançada em 1988. Magdalena é uma obra sui generis dentro do catálogo villalobiano: nem uma ópera cômica, nem um musical parecido com os demais que conhecemos. E vocês podem perguntar: Villa-Lobos escreveu um musical? Sim.

Histórico

Robert Wright e George Forrest, dois letristas da Broadway tinham realizado uma bem sucedida adaptação de uma opereta de Grieg para os palcos nova-iorquinos e queriam lançar um espetáculo que tivesse como cenário a América do Sul. Não tinham uma história pronta, somente os personagens principais, e decidiram procurar Villa-Lobos por sua fama. Foram até pra França aprender francês in loco porque sabiam que ele não falava nada de inglês, só no idioma de Debussy, Chopin e Lully.

Voltaram para os States e tentaram viajar de Nova Iorque pro Rio umas três ou quatro vezes, mas sempre dava pau no avião e eles desistiram, até que souberam que o Villa tava indo pra lá com Mindinha e José Vieira Brandão. Wright e Forrest não queriam uma composição original, mas fazer uma adaptação de obras já existentes de Villa-Lobos. Por isso vocês vão reconhecer o Coral da Bachianas n° 4, Remeiros do São Francisco, peças do Guia prático (A maré encheu, Na corda da viola e Garibaldi foi à missa), a Impressões seresteiras do Ciclo brasileiro etc.

Magdalena estreou sob ótimas críticas em 1948 – quando o Villa estava sendo operado pela primeira vez para tratar do câncer de bexiga que iria vitimá-lo mais tarde – e foi apresentada em Los Angeles, San Francisco e Nova Iorque durante cerca de três meses. Todos os detalhes que envolvem o nascimento da obra estão no encarte, em inglês, narrados pelos próprios libertistas.

Enredo

Pedro e Maria, habitantes da tribo dos muzos, vivem às margens do Magdalena, maior rio da Colômbia, no ano de 1912. Ela é a chefe da tribo e leal devota de Padre José, que parte para uma missão evangelizadora e deixa sob guarda dela a imagem de Nossa Senhora que protege a tribo. Os muzos, que trabalham na mina de diamantes do General Carabaña, entram em greve e o Major Blanco, supervisor da mina, viaja à França para reportar a situação ao seu superior bon vivant, que mora em Paris e se cuja nobre razão de viver se resume a incrementar sua invejável adega. Pedro presenteia Maria com uma esmeralda que ambos acharam quando crianças.

General Carabaña passa a maior parte do tempo no Moulin Rouge de Teresa, o Little Black Mouse Café. A triunfal entrada da cafetina, digo, da empresária é um dos momentos mais engraçados da obra do Villa – méritos para a solista que a interpreta, de comicidade vocal única (pra não dizer que ela tem uma voz bem esquisita).

Major Blanco transmite as más notícias ao patrão e este tenta seduzir Teresa a partir para a Colômbia junto consigo, prometendo-lhe um colar com cem diamantes. Ela reluta em se desfazer do querido café, mas ele persuade Zoogie, astrólogo de Teresa, a convencê-la e ela cai na lábia do antepassado de Walter Mercado. No Magdalena, enquanto o patriarca dos muzos canta as belezas do rio, Pedro e os demais índios botam um jukebox defeituoso pra funcionar aos socos e pontapés. A tática dá certo, até o aparelho se espatifar de vez e deixar que o velho índio termine sua canção.

Maria e os muzos preparam uma festa para receber o patrão. Pedro, rebelde e nada fã do General Carabaña, chega com o ônibus lotado de índios bêbados da tribo chivor e a confraternização acaba em pancadaria. Pedro leva Maria para dançar na floresta e os chivores aproveitam o descuido para roubar a imagem de Nossa Senhora. Ela descobre que Pedro forjou o plano. Ele pede perdão e se declara para ela, propondo o casório para quando Padre José retornar à tribo.

O General proíbe qualquer assembléia até que a greve esteja acabada, mas os muzos se rebelam. Enquanto isso, ele prepara um grande baile em sua fazenda, para o qual Teresa ficou encarregada de organizar o banquete. Ela descobre que o General negociou a paz com seus subordinados aceitando se casar com Maria, o que o impede de explorá-los como vinha fazendo, e decidiu dar à chefe dos muzos o colar de diamantes outrora prometido à mestre-cuca. Teresa planeja, então, matá-lo empanturrado de comida, literalmente.

Após o baile, Teresa emenda um quitute atrás do outro até General Carabaña morrer de ataque cardíaco com a pièce de resistance e ela se apossar do desejado colar. Padre José volta à aldeia e Maria lhe conta tudo o que ocorreu na ausência dele. O ônibus de Pedro se despedaça num desfiladeiro e ele escapa da morte pelas preces da amada, mas ela desiste do amor dele por sua recusa em reconhecer o milagre que o salvou. Ele se arrepende e chega à aldeia com a imagem de Nossa Senhora em seus braços, pedindo Maria em casamento. Padre José abençoa a união e todos os muzos entoam em coro o grand finale.

Apêndice

Adquiri o Little Black Mouse Café na década de 1940 e o rebatizei lusitanamente de Café do Rato Preto (“Ratinho Preto” não soaria bem). A posteriori, expandi o negócio e abri franquias em todo o mundo. Aqui no Brasil, há filiais em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Recife, Porto Alegre, Belém, Curitiba, João Pessoa, Salvador, Brusque (SC) e Brasília. Desde já, vocês estão convidados a dar um pulo no Café do Rato Preto mais próximo e passar horas agradáveis discutindo música, jogando bilhar e fumando um bom charuto.

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Magdalena (primeira gravação mundial)

1. The Jungle Chapel: a) Women Weaving b) Peteca! c) The Seed Of God – Charles Damsel/Muzo Indians
2. The Omen Bird – Faith/Women
3. My Bus And I – Kevin Gray/Children/Passengers/Muzos
4. The Emerald – Kevin Gray/Faith Esham
5. The Civilized People – Charles Repole/The Astrologer/George Rose/Habitues & Staff Of Teresa’s Little Black Mouse Cafe
6. Food For Thought – Judy Kay/Habitues
7. Colombia Calls: a) Come To Columbia b) Plan It By The Planets… – Keith Curran/George Rose/Charles Repole/Judy Kay/Habitues & Staff
8. The River Port: a) Magdalena b) The Broken Pianolita (A Dance) – The Old One/Indian youths
9. Festival Of The River: a) River Song b) Pedro Wrecks The Festival (A Dance) – Faith Esham/Children/Muzos/Tribal Elder/Kevin Gray/Chivor Indian Men
10. Guarding The Shrine OF The Madonna: s) The Forbidden Orchid b) The Theft (A Dance) – Faith Esham/Kevin Gray/Chivor Men
11. The Shining Tree – Kevin Gray/Faith Esham/Muzos
12. Lost – Faith Esham/Kevin Gray
13. Freedon! – Kevin Gray/Muzos
14. In The Kitchen – Judy Kay/George Rose
15. A Spanish Waltz – Carabana’s Guests
16. Piece De Resistance – Judy Kay/Carabana’s Guests
17. Teh Madonna’s Return: a) The Emerald Again (Reprise) b) Finale: The Seed Of God – Faith Esham/Kevin Gray/Charles Repole/Kevin Gray/Children/Muzos

Orchestra New England

Regência: Evans Haile

Com: Judy Kaye, George Rose, Faith Esham, Kevin Gray e Jerry Hadley

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50 anos sem Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Os Choros de Câmara

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Aqui vai um CD antológico da saudosa gravadora Kuarup. Insuperável.

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Heitor Villa-Lobos – Os Choros de Câmara

01 Choros nº 1
02 Choros nº 2
03 Choros nº 3 (Picapau)
04 Choros nº 4
05 Choros nº 5 (Alma Brasileira)
06 Choros nº 2 – transcrição para piano
07 Choros nº 7 (Settimino)
08 Dois Choros (Bis)

“Primeira gravação completa da série dos Choros para formação de câmara. Gravada no Rio com os principais solistas villa-lobianos regidos por Mário Tavares, com participações especiais de Sérgio Assad (violão), Paulo Moura (sax), Murilo Santos (piano) e o coro masculino da Associação de Canto Coral”. – Retirado do site da Kuarup.

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Amaral Vieira (1952) – Te Deum e Requiem in memoriam

Dá pra perceber que, mesmo aparecendo pouco, tenho estado bastante lacônico – isso devido aos meus afazeres profissionais. Fica difícil canalizar boas ideias, mesmo que curtas, para compartilhar com vocês.

Se não tenho preparado textos tão bacanas quanto antes, pelo menos tenho tentado compensar com algumas gravações solicitadas, tal qual esta. Mas pretendo dar um basta em Amaral Vieira ainda este ano, pois tem gente na fila. É porque os fãs do compositor paulista constituem uma claque garantida neste blog – ainda por cima, muito educada e muito entusiasmada.

Volto no dia 17 de novembro…

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Amaral Vieira – Te Deum e Requiem in memoriam

1. Te Deum, Op.181: I. Te Deum Laudamus
2. Te Deum, Op.181: II. Te Ergo Quaesumus
3. Te Deum, Op.181: III. Aeterna Fac
4. Te Deum, Op.181: IV. Salvum Fac Populum
5. Te Deum, Op.181: V. In Te Domine Speravi
6. Requiem in Memoriam, Op.203: I. Introitus
7. Requiem in Memoriam, Op.203: Kyrie
8. Requiem in Memoriam, Op.203: II. Offertorium
9. Requiem in Memoriam, Op.203: III. Sanctus
10. Requiem in Memoriam, Op.203: Benedictus
11. Requiem in Memoriam, Op.203: IV. Agnus Dei

Solistas: Vladimir Kubovcik, Denisa Slepkovska, Adriana Kohutkova, Simon Somorjai
Orquestra Sinfônica Eslovaca, regida por Marian Vach

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Modest Mussórgski (1839-1881) – Quadros de uma exposição, transcrito por Jaime Zenamon

Apesar de eu aderir no título do post à nova convenção da transliteração do russo para o português (Mussórgski, Stravínski, Tchaikóvski), não é preciso modificar as categorias, até porque seria um tanto trabalhoso, por isso fica Mussorgsky, Stravinsky, Tchaikovsky e assim vai.

Esta pitoresca transcrição para violino e violão, feita pelo violonista e compositor boliviano naturalizado brasileiro Jaime Zenamon, pode não ter o poder da obra original para piano, o colorido da orquestração de Ravel ou a subversão da versão de Emerson, Lake and Palmer, mas é digna de nota. O límpido som do violino de Alessandro Borgomanero, italiano radicado no Brasil, colabora para simpatizarmos com a reinstrumentação.

No final do CD há duas peças curtas de Zenamon: a Suíte caricaturas e 3 retratos.

***

1-15. Quadros de uma exposição
Promenade
Gnomus
Promenade
The old castle
Promenade
Tuileries
Bydlo
Promenade
Ballet of the unhatched chicks
Samuel Goldberg and Schmuyle
Limoges
Catacombae
Con mortuis in lingua morta
Baba Yaga
The Bogatyr Gate

16-20. Suíte caricaturas n° 2, op. 8 – Jaime Zenamon
Prelúdio
Calmíssimo
Andante
Dansa – Saltando
Fugadito

21-23. 3 retratos – Jaime Zenamon
Encuentro
Dialogo
Despedida

Jaime Zenamon: violão
Alessandro Borgomanero: violino

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