Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 1 / Tragic Overture / Academic Festival Overture (Jochum)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Brahms compôs a melhor de todas as sinfonias (bem…) entre 1855 e 1876. Em Düsseldorf, nos anos de 1854 e 55 — onde ajudava Clara Schumann com seus sete filhos, enquanto Robert iniciava sua temporada asilo de loucos –, Brahms prometeu em duas ocasiões escrever uma sinfonia. A intenção era a de fazer uma peça gigantesca e grave, na tradição da Grosse Fuge e da Hammerklavier. Esboços do último movimento foram guardados para posterior desenvolvimento. Quando, em 1862, mostrou os resultados para a Clara-já-viúva, ela expressou aprovação, mas criticou seu abrupto término. Nos 12 anos seguintes, Brahms manteve essa música sempre à mão, mexendo aqui e ali. Finalmente, em 1874, ele decidiu finalizá-la, pois Clara e os amigos estavam enchendo demais o saco.

Escreveu o primeiro movimento e, por último, o scherzo e o movimento lento. Se o primeiro movimento parece Beethoven, os movimentos centrais são schubertianos e o final é a maior homenagem que os mestres do barroco da Alemanha já receberam: papai, tio Bux, Froberger e Handel estão ali. E Beethoven, claro. Embora pertença à geração que sucedeu Chopin e Schumann, Brahms tinha profunda admiração pelo barroco. É estranho que, com uma orquestra beethoveniana e tendo o barroco em vista, Brahms tenha alcançado sonoridades de Bruckner nesta sinfonia absolutamente perfeita.

Já postamos várias vezes esta sinfonia, mas nunca por Eugen Jochum. É uma baita versão.

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 1 (Jochum)

Symphony No. 1 in C minor, Op. 68
1) I: Un poco sostenuto – Allegro (16:58)
2) II: Andante sostenuto (8:45)
3) III: Un poco allegretto e grazioso (4:45)
4) IV: Adagio – Più andante – Allegro non tropo ma con brio (16:00)

5) Tragic Overture, Op. 81 (12:17)

6) Academic Festival Overture, Op. 80 (10:09)

London Philharmonic Orchestra
Eugen Jochum

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Eugen Jochum: um dos monstros do século XX

PQP

8 comments / Add your comment below

  1. Tks, PQP! Tenho muita curiosidade por essa gravação. Não sou tão fã do Brahms que Jochum fez em Londres, mas não conheço especificamente essa Primeira.

    Gosto muito da Primeira do Karajan (do ciclo análogico, da década de 1960) e, num pólo diametralmente oposto, da Primeira do Gardiner (início de um ciclo ainda não completado).

    Mas, cá entre nós, acho a Terceira e a Quarta obras superiores à Primeira. Questão de gosto 🙂

  2. Estou um pouco ansioso por ouvir uma Sinfonia novamente (como esta. Ultimamente, só tenho ouvido Concertos, como as fantásticas versões da Op. 47 de Sibelius, tanto a do Heifetz como a da Lisa Batiashvili [Já ouviu falar dela, PQP?]), mas o M**dshare não quer cooperar comigo hoje…

    Venho também para fazer um pedido: Por favor, gostaria que postassem o Concerto para Clarineta de Magnus Lindberg (um compositor ainda VIVO, raro de se ver hoje…)

    Não precisa ter pressa. Obrigado.

  3. Sim… está certo. A versão que PQP postou é a gravação da EMI. O registro desta capa é da Deutsche Grammophon que não é com a Orquestra de Londres mas com a de Berlim.

  4. O que em Bruckner, Brahms teria um um limite a superar. Não digo que Brahms o desprezasse, afinal ele certamente foi um dos poucos que ficavam na plateia até o final de suas sinfonias. É tanto que ele mesmo dizia que suas sinfonias, as de Bruckner, são serpentes gigantescas!

  5. Caso possível, podem postar a magnífica gravação de Herreweghe: Brahms – Werke für Chor und Orchester, de 2011, com Ann Hallenberg e o Collegium Vocale Gent? A Alto Rapsódia Op. 53 ficou magnífica.

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