Antonin Dvorák – The Symphonies – Sinfonia nº9 “Novo Mundo”

Completando mais um ciclo, eis a Sinfonia nº9, de Antonin Dvorák. Já foi postada aqui com herr Karajan, mas sempre é bom ouvirmos outras opções, ainda mais com um especialista no repertório, Istvan Kertész.

O problema de postar integrais é o tempo que demanda. Já reclamei muito por aqui das correrias e agruras da vida, mas é uma realidade. Comentei que estava pensando em postar os quartetos do mesmo Dvorák, mas eles ficarão mais para frente, na atual conjuntura está impossível encarar esta empreitada.

Esta é a sinfonia mais famosa de Dvorák, também chamada de “Novo Mundo”, devido aos elementos que constam na obra, que lembram spirituals americanos.

Symphony No.9 in E minor, op.95 ‘Z Noveho Sveta’

01-Symphony No.9 in E minor, op.95 ‘Z Noveho Sveta’ – I. Adagio – Allegro Molto

02-Symphony No.9 in E minor, op.95 ‘Z Noveho Sveta’ – II. Largo

03-Symphony No.9 in E minor, op.95 ‘Z Noveho Sveta’ – III. Molto Vivace

04-Symphony No.9 in E minor, op.95 ‘Z Noveho Sveta’ – IV. Allegro con Fuoco

London Symphony Orchestra

Istvan Kértesz – Conductor

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FDP Bach

16 comments / Add your comment below

  1. tenho aqui 2 outras versoes dessa sinfonia uma em cd e outra em mp3 e estou baixando mais essa 🙂 e repetindo oq disse no outro post:
    “lembro q ouvi ela, a 9ª, no 1ª concerto de musica sinfonica q eu fui na minha vida aqui em Florianópolis executada pela Orquestra Experimental de Repertorio e aqueles acordes dos metais do ultimo movimento nao sairam mais da minha memoria, anos depois ouvi ela excutada de modo irretocavel pela Orquestra Sinfonica de Santa Catarina, um dos momentos mais emocionantes da minha vida”
    Recomendo!

  2. Considero a Sinfonia do Novo Mundo umas das obras mais sinfonias já compostas, pois não há nela espaço para monotonia. Principalmente o 3º e 4º andamentos. Junto com o Quarteto Americano, são as duas obras que mais me agradam do compositor tcheco, por acaso, ambas as obras são inspiradas na cultura norte-americana.

  3. Com o Marcelo Stravinsky eu também gosto muito das duas obras inspiradas na novidade americana. São obras de muito frescor. Cheias das novidades americanas. Muito bom. Eu tenho uma versão com o Solti. Finalmente vou conhecer a versão do ‘especialista’.
    Obrigago FDP.

  4. Foi mal! Pensei uma coisa e escrevi outra. Quis dizer umas das sinfonias mais interessantes já compostas. É que meu pensamento anterior se referia a sinfonia como uma obra, mas acabei optando pelo terno sinfonia.

  5. Estou baixando agora esta última sinfonia… só posso dizer que amei!!! A versão do Kértesz é muito interessante, ela traz um pouco daquele “ar” do leste europeu. Muito bom!

  6. E por falar em Piazzolla… Tenho umas coisas que há muito quero postar do compositor argentino. Só estou esperando meu pc chegar.

  7. Minha admiração pela 9ª de Dvorák e a Abertura Carnaval chegou a ser tão grande que, durante algum tempo, o considerei da mesma genialidade de Beethoven! Grande sinfonia, principalmente do 4º movimento, que é uma espécie de pot-pourri de toda a sinfonia.

  8. Ei, ajudem um iniciante, por favor. O que é que essa peça do Dvórak tem de americana? O que são esses “spirituals americanos” de que estão falando?

  9. A influência americana não se resume ao estilo do “spirituals”, evocado no movimento lento. Deve-se também e principalmente ao molde rítmico do tema principal do primeiro movimento (que, aliás, é o tema cíclico da obra inteira!), aos ritmos “índios” do scherzo e a diversos dispositivos harmônicos espalhados pela obra inteira, que lhe dão esse ar tão americano.

    Por “americano” entenda basicamente a música rural do século 19. Não procure blue notes em Dvorák! 🙂

    Outro mito comum é o do empréstimo de temas. Não, não, Dvorák não usou nenhum tema americano na sinfonia. Ele assimilou diversos estilos e criou temas próprios dentro dessas roupagens. Se vários temas lembram música tcheca – há, por exemplo, um motivo secundário do primeiro movimento que parece ter saído do “Minha pátria” de Smetana – é porque é a Sinfonia “Do Novo Mundo” é fundamentalmente música tcheca. É a América descrita por um europeu para ouvintes europeus. Por isso que o nome da sinfonia é *do* Novo Mundo – “vinda do”, “from”, “aus” -, como uma carta que um exilado manda aos conterrâneos.

  10. Gracias, senhores. Já li o artigo da Wikipédia e aproveitei o comentário do José Eduardo. Andei procurando outras informações sobre isso na internet. Muito obrigado!

  11. O curioso dessa obra é que o “Scherzo. Molto Vivace” lembra bem o da Nona de Beethoven a ponto de parecer plágio, é uma dança desenfreada em compasso três por quatro, que repete as formas cíclicas, fechadas nas quais os temas se repetem e passam de um andamento a outro, servindo para nos advertir que estes quatro andamentos são uma só obra. No entanto essa obra deixou de ser Beethoven a partir dos primeiros compassos e converteu-se em uma obra-prima indiscutível de Dvorák. Nessa obra, Dvorák se torna, juntamente com Tchaikovsky, um dos primeiros a utilizar, nos quatro andamentos que normalmente constituem o esquema da sinfonia clássica, um andamento cíclico total. Esse é um método que já havia sito utilizado, sobretudo no poema sinfônico, mas aqui o autor converte as quatro partes num todo, obtendo uma uniformidade de pensamento que muitas vezes faltava à sinfonia clássica.

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