Vivaldi
Sinfonias de Óperas e Concertos
L’Arte Dell’Arco
Christopher Hogwood
(Frederico Guglielmo)
Christopher Hogwood foi o diretor da Academy of Ancient Musik e no auge do movimento HIP gravou uma imensidão de discos regendo esta orquestra, acompanhando diversos solistas, para o selo L’Oiseau Lyre, que se tornou um ramo da DECCA, dirigido por Peter Wadland e dedicado à música antiga, barroca e clássica.
Notoriamente eles gravaram as sinfonias de Beethoven e Mozart, algumas de Haydn. Com Christoph Coin deixou alguns lindos discos, alguns destes de Vivaldi, assim como também de outros mestres. Gosto especialmente da gravação das Suítes Orquestrais de Bach.
Conforme a onda HIP foi se arrefecendo, Hogwood interagiu com outras orquestras, inclusive convencionais. Assim, não foi surpresa ver seu nome em um disco de outro selo, regendo outra orquestra que não a AAM, mas mesmo assim, chamou-me a atenção. Como gosto bastante de seus discos de Vivaldi, tratei logo de investigar este aqui. Temos aqui uma coleção de peças que Vivaldi usava na abertura de suas óperas, mas não são aberturas no mesmo sentido que as aberturas de óperas de Mozart ou Rossini. São mesmo concertos, na maioria com três movimentos e várias combinações de instrumentos, inclusive instrumentos de sopros. A crítica na Gramophone nos dá mais algumas poucas informações:
A maioria das peças foram compostas para cordas, mas a revigorante Abertura de Bajazet, o cara que foi conquistado por Tarmelano, encampa um ressonante par de trompas, enquanto oboés se destacam proeminentemente na abertura da primeira ópera de Vivaldi, Ottone in Villa. Vivaldi sabia usar o artifício de emprestar de suas próprias obras e temos um pouquinho disto aqui. Notavelmente em Dorilla in Tempe, onde ele cita o primeiro movimento da ‘Primavera’, das Quatro Estações, e L’Olimpiade, que no seu último movimento, ele empresta material de ‘Ut collocet’, do Laudate pueri (RV 601), provavelmente escrito dois anos antes.
A contracapa nos diz que Federico Guglielmo é figura importante no projeto que ele idealizou e no papel que desempenhou na preparação da orquestra. De qualquer forma, os esforços conjuntos funcionaram e o disco é um primor.
Antonio Vivaldi (1678 – 1741)
Il Bajazet – Sinfonia em fá maior, RV 703
- Allegro (I)
- Andante molto (II)
- Allegro (III)
L’Olimpiade – Sinfonia em dó maior, RV725
- Allegro (I)
- Adagio – Presto – Adagio (II)
- Allegro (III)
- Allegro molto con l’arco attacco (IV)
La Verità in cimento – Sinfonia em sol maior, RV 739
- Allegro (I)
- Andante (II)
- Allegro, e forte (III)
Concerto para Violino em dó menor, RV 761 ‘Amato bene’
- Allegro (I)
- Largo (II)
- Allegro (III)
Ottone in Villa – Sinfonia em dó maior, RV 729
- Allegro (I)
- Larghetto (II)
Concerto em fá maior, RV 571
- Allegro (I)
- Largo (II)
- Allegro (III)
Dorilla in Tempe – Sinfonia em dó maior, RV 709
- (I) (sem indicação de tempo)
- Andante (II)
- Allegro (III)
Il Farnace
- Sinfonia em dó maior, RV 711
Sinfonia em sol maior, RV 149
- Allegro molto (I)
- Andante (II)
- Allegro (III)
Concerto em ré menor, RV 128
- Allegro non molto (I)
- Largo (II)
- Allegro (III)
Il Giustino – Sinfonia em dó maior, RV 717
- (I) (sem indicação de tempo)
- Andante (II)
- Allegro (III)
Christopher Hogwood
L’Arte Dell’Arco
O projeto foi planejado e a orquestra ensaiada por Federico Guglielmo
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FLAC | 365 MB
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 158 MB
Para nosso ‘Momento Babel’: Crítica na Amazon: This is why Hogwood will be sorely missed. Vibrant, dynamic pieces and performances – if you don’t know Viv’s operatic overtures, snap this gem up.
Outra: Dirigenten und Liebhaber barocker Instrumente, wie sie das L’ARTE DELL’ARCO besitzt, sind bravourös dargestellt. Als Hilfsmittel gegen malade Stimmungen ist diese CD sehr zu empfehlen!
Realmente, este CD é altamente recomendado contra monotonia! Aproveite!
René Denon
PS: Se você gostou deste álbum, poderá gostar desta postagem aqui:
Vivaldi – Double Concertos .:. The Academy of Ancient Music – Christopher Hogwood – 1978
Viva Hogwood! Com Coin ele gravou os dois concertos para violoncelo de Haydn, interpretação que continua a estar no top, no meu modesto juízo. A integral das sinfonias de Mozart é referência: Nas finais ele cai um pouco, mas que leitura maravilhosa ele faz da 25 e da 28! E quanto a Haydn não foram só algumas: ele foi de 1 a 75 (além da 107 e 108) num projeto que ficou inacabado justo quando se aproximavam as sinfonias de Londres e Paris (o resultado nem sempre é grande coisa, mas as leituras que ele faz da 31 e da 70 são antológicos). Mas ainda gravou a 76 e a 77, a 94 e a 96, a 100 e a 104 (estas últimas num cd que me abriu o mundo das gravações HIP). A destacar ainda sua condução de Orfeo ed Euridice, com Bartoli maravilhosa. Valeu, René! Abraços
Olá, Pedro!
Realmente, Hogwood deixou um ótimo legado. Já que você mencionou, pode ver aqui algumas das contribuições dele:
https://pqpbach.ars.blog.br/2019/09/09/f-j-haydn-1732-1809-4-sinfonias-the-academy-of-ancient-music-hogwood/
Abração!
René
Meu caro René, e eu não os vi? Meus registros estão lá… rsrs Abraços
Realmente!
Perfeito, Pedro!
Segunda-feira tem estas coisas…
Abração!
RD