O Brasil recebeu, no pós-guerra, diversos músicos que vieram da Europa para atuar na Orquestra Sinfônica Brasileira (criada por iniciativa de José Siqueira em 1940) e que se tornaram destaques em seus respectivos instrumentos: o francês Noel Devos no fagote, o tcheco Bohumil Med na trompa, a também francesa Odette Ernest Dias na flauta, para ficar só nesses.
Neste post, rendo tributo ao violista húngaro que adotou o nome de Perez Dworecki (1920-2011, não descobri o nome de batismo dele) postando seu CD mais recente (de uns cinco anos atrás). Ao longo do ano apresentarei discos dos demais músicos.
Esta coletânea abrange do barroco europeu ao nacional contemporâneo (diferente de outras que Dworecki lançou, focadas totalmente no repertório made in Brazil) e recebeu o nome a partir de uma peça composta especialmente pelo paulista Achille Picchi. Deixo as apreciações adicionais por vossa conta.
Boa audição porque já tô pensando no próximo CD, também de viola (mas viola caipira).
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Gaiato: Perez Dworecki
Vivaldi
1. Sonata Para Viola E Piano (Original Para Violoncelo): Largo
2. Sonata Para Viola E Piano (Original Para Violoncelo): Allegro
3. Sonata Para Viola E Piano (Original Para Violoncelo): Largo
4. Sonata Para Viola E Piano (Original Para Violoncelo): Allegro
Veracini
5. Largo
Vieuxtemps
6. Elegie
Grieg
7. Sonata (Andante Molto Tranqüilo): Op. 36 (Original Para Violoncelo)
Ravel
8. Berceuse (Sobre O Nome de Gabriel Fauré)
Achron
9. Melodia Hebraica
Kreisler
10. Liebesleid
Breno Blauth
11. Sonata (Para Viola E Piano): Dramático
12. Sonata (Para Viola E Piano): Evocativo
13. Sonata (Para Viola E Piano): Agitado
Ernani Aguiar
14. Meloritmias Nº 5: Ponteado (Viola Solo)
S. V. Corrêa
15. Cantilena (Para Viola E Piano)
16. Seresta Nº 2 (Para Viola E Piano)
Lamartine Babo
17. Eu Sonhei Que Tu Estavas Tão Linda
Villani-Cortes
18. Luz
Achille Picchi
19. Gaiato: Op. 168 (Choro Para Viola E Piano)
Perez Dworecki, viola
Gilberto Tinetti e Paulo Gori, piano
CVL – PQP
Boa pedida esse CD, conheço outros 3 CDs dele também bem variados, as interpretações dele as vezes são controversas, mas é um CD bem interessante.
Agradeço a oportunidade de ouvir novamente,
Magno.
O Perez tinha uma caixa em vinil das Suítes para violoncelo de Bach interpretadas na viola. Nunca ouvi. Alguém sabe se é bom?
Os outros CDs que o magno falou eu conheço – tenho um – e de fato não chega a ser algo soberbo, mas dessa caixa eu tava por fora.
Excelente esse cd. Me deixou muito satisfeito. Uma justa homenagem a se fazer a um grande violinista e violista alemão, que residiu no Brasil desde o começo da 2ª guerra até a sua morte (ano passado), é Alwin Ewald Joahannes Oelsner. Ele foi um dos primeiros integrantes da primeira formação do Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo. Uma pessoa muito justa e humilde, digna de vossa homenagem. Como vocês possuem gravações raríssimas, devem talvez ter alguma coisa dele, em LP… Do mais, parabéns por vossos trabalhos. Não consigo ficar nem um dia sequer sem dar uma olhadinha nas novidades da semana que vocês postam.
Grande abraço a todos e parabéns novamente por esse trabalho altruísta que vocês fazem!
Disse alguma coisa errada para meu comentário ser excluído? Desculpas desde já…
Eu que peço desculpas, não vi meu comentário quando escrevi isso. Perdão…
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Eu queria ouvir esse cd há ANOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Valeu, CLV.
VIOLA ETERNAMENTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Segundo Júlio Medaglia, seu nome de nascença é Sandor Herzfeld. Não é de “batismo” porque o gajo era judeu. 🙂
Como se pronuncio o nome dele conhecido?
Sandor Herzfeld ou Perez Dworecki, como queiram, não é gajo, e não era, ele ainda está bem vivo, com 90 anos, e amando a musica a cada dia que passa, mais e mais. E acreditem, a despeito do AVC, ainda é capaz de dar uma aula.
O link não está funcionando … quero muuitoooooo D=
muito bom rever esse link para baxar esse CD. Obrigado!!
MAIS VIOLA!!!
Vale dizer que a melodia de ” Eu sonhei que tu estavas tão linda” é de autoria de Francisco Mattoso. O Lalá fez a letra.
É dele também a melodia da valsa”Boa noite amor” grande sucesso de Chico Alves, e do fervente frevo “Pegando fogo”, para o Carnaval de 1938 que reverberou em 1980 na voz da Gal Costa. Parcerias com José Maria de Abreu. Assim como o genial Luiz Barbosa, Francisco Mattos, também morreu aos 28 anos, ambos de tuberculose, coisa ruim que levou Noël Rosa aos 26, seu parceiro em Esquina da Vida”; PQP!
Abraços.