Busquei as informações abaixo na Wikipedia. Na verdade, procurei este disco — que é consistentemente bom e bem interpretado — por causa dos muitos filmes que imortalizaram sua música. Acho que vocês vão gostar ou, no mínimo, achar curioso ouvir Rota fora daquilo que parecia ser seu habitat, o cinema.
Nino Rota (Milão, 3 de Dezembro de 1911 — Roma, 10 de Abril de 1979) foi um compositor italiano, célebre por suas composições executadas no cinema.
Ficou conhecido por ter composto música para filmes de Federico Fellini, Luchino Visconti e Francis Ford Coppola.
Biografia
Nascido em Milão em 1911, no seio de uma família de músicos, Nino Rota foi inicialmente estudante da Orefice e Pizzetti. Ainda em criança, mudou-se para Roma onde terminou os seus estudos no conservatório de Santa Cecília em 1929 com Alfredo Casella. Entretanto, tornou-se num ‘enfant prodige’, famoso tanto como compositor, quanto como maestro. A sua primeira actuação, ‘L’infanzia de San Giovanni Battista’, foi realizada em Milão e Paris no ano de 1923, e a sua comédia lírica, ‘Il Principe Porcaro’ foi composta em 1926.
De 1930 a 1932, Nino Rota viveu nos Estados Unidos da América. Ganhou uma bolsa de estudos no Curtis Institute of Philadelphia, onde frequentou as aulas de composição de Rosario Scalero e as aulas de orquestra dadas por Fritz Reiner.
Regressou à Itália onde se licenciou em literatura na Universidade de Milão. Em 1937, iniciou a sua carreira docente que o levou à direcção do conservatório de Bari, um título que manteve desde 1950 até a data do seu falecimento em 1979.
Carreira
Após as suas composições ‘juvenis’, Nino Rota escreveu as seguintes óperas: ‘Ariodante’ (Parma, 1942), ‘Torquemada’ (1943), ‘Il cappello di paglia di Firenze’ (Palermo, 1955), ‘I due timide’ (RAI, 1950, Londres, 1953), ‘La notte di un neurastenico’ (Premio Italia, 1959, La Scala, 1960), ‘Lo scoiattolo in gamba’ (Veneza, 1959), ‘Aladino e la lampada magica’ (Nápoles, 1968), ‘La visita meravigliosa’ (Palermo, 1970), ‘Napoli milionaria’ (Spoleto Festival, 1977).
Escreveu também os seguintes ballets: ‘La rappresentazione di Adamo ed Eva’ (Perugia, 1957), ‘La Strada’ (La Scala, 1965), ‘Aci e Galatea’ (Roma, 1971), ‘Le Molière Imaginaire’ (Paris e Bruxelas, 1976) e ‘Amor di poeta’ (Bruxelas, 1978) para Maurice Bejart.
Para além destes, há uma quantidade infindável de trabalhos seus para orquestra, interpretados antes da Segunda Grande Guerra, que ainda hoje se fazem ouvir em todo mundo.
Cinema
O seu trabalho no mundo do cinema data desde os anos 40. A filmografia inclui nomes de practicamente todos os realizadores notáveis da sua época, dos quais se eleva incontornávelmente o nome de Federico Fellini. Rota compôs para todos os filmes de Fellini, desde o ‘The White Sheik’ de 1952, até ao ‘The Orchestra Rehearsal’, de 1979. A lista dos outros realizadores inclui os nomes de Renato Castellani, Luchino Visconti, Franco Zeffirelli, Mario Monicelli, Francis Ford Coppola, King Vidor, René Clément, Edward Dmytryk e Eduardo de Filippo. Também compôs a música de várias produções teatrais de Visconti, Zefirelli e de Filippo.
Nino Rota: Música de Câmara
1.Piccola Offerta Musicale for wind quintet (1943)
2.Sarabanda e Toccata per Arpa (1945) – 1 Sarabanda
3.Sarabanda e Toccata per Arpa (1945) – 2 Toccata
4.Trio per flauto, Violino e Pianoforte (1958) – 1 Allegro ma non troppo
5.Trio per flauto, Violino e Pianoforte (1958) – 2 Andante sostenuto
6.Trio per flauto, Violino e Pianoforte (1958) – 3 Allegro vivace con spirito
7.Ippolito gioca per Pianoforte (1930)
8.Il Presepio for soprano and string quartet (1958)
9.Catilena (1971)
10.Intermezzo per Viola e Pianoforte
11.Puccettino nella giungla (1971)
12.Nonetto (1959) – 1 Allegro
13.Nonetto (1959) – 2 Andante
14.Nonetto (1959) – 3 Allegro con spirito
15.Nonetto (1959) – 4 Canzone con Variazioni
16.Nonetto (1959) – 5 Vivacissimo
Kremerata Musica:
Anna Maria Pammer: soprano
Felix Renggli: flute
Sharon Bezaly: flute
Markus Deuter: oboe
Heinz Holliger: oboe
Bernhard Zachhuber: clarinet
Elmar Schmid: clarinet
Radovan Vlatkovic: horn
Volker Altmann: horn
Klaus Thunemann: bassoon
Lorelei Dowling: bassoon
Maria Graf: harp
Hanna Weinmeister: violin
Gidon Kremer: violin
Gérard Caussé: viola
Firmiam Lermer: viola
Howard Penny: cello
Erich Hehenberger: double bass
Alena Chernushenko: piano
Mascha Smirnov: piano
Marino Formenti: piano
Oleg Maisenberg: piano
Hagen Quartet: string quartet
Gidon Kremer
PQP
Massa, PQP! Há muito que flertava com as obras não cinematográficas do Rota, porém confesso que sou apaixonado por tudo referente a trilogia de The Godfather… assim como, provavelmente, a maioria dos fãs, também não gosto muito do título no Brasil. Interessante que em Portugal o título é O Padrinho. Vou conferir. Obrigado!
Irmâozinho,obrigado:depois desse postagem, meu almoço vai ser mais legal. Por falar em fominha, se tiver alguma versão do Concerto per Archi (a da Naxos eu já tenho), pode mandar – é sucesso garantido como estas peças!
Por onde anda o CDF? Faz tempo que não vejo alguma postagem de sua autoria.
Mês passado foi o centenário de nascimento do grande compositor Samuel Barber. Ficaria feliz se CDF postasse algo dele.
Abraço
nada de Max Reger no blog, lamentavel. Tem no avaxhome uma gravação do sexteto e do quinteto para clarinete de primeira, sexteto de viena / sabine meyer.
http://avaxhome.ws/music/classical/max_reger_clarinet_quintet_string_sextet_sabine_meyer.html
Interessante essa faceta do Nino Rota. Como Marcelo Stravinsky adoro a trilogia de “O Poderoso Chefão”, com especial destaque para o segundo filme, na verdade dois filmes em um. Mas pensando melhor, esses caras poderiam, em tese, ser rotulados como compositores eruditos pois se aventuraram em formações mais tradicionais. Vejam o caso de Miklos Rosza (especializado em épicos como El Cid, Ben-Hur, O Rei dos Reis, Quo Vadis). Além de trilhas para filmes, compôs peças de câmara e poemas sinfônicos. O mesmo pode-se dizer de Bernard Herman (trilheiro de boa parte dos filmes de Hitchcok) que também se aventurou por composições mais “formais” e num dos filmes (se não me engano em “O Homem que sabia demais”), aparece no papel de regente de orquestra, (uma forma que Hitchcok escolheu para prestar-lhe homenagem) Alias, acho a trilha de “Vertigo” fantástica, com especial destaque para a genial associação de imagens e música no tema de abertura. Ah, não podemos esquecer do Ennio Morricone, se ficarmos só nos bang-bangs do Sergio Leone temos filmes memoráveis e mais recentemente pérolas muusicais como as trilhas de “A Missão” ou “Cinema Paradiso”. Quem sabe qualquer dia destes me animo e faço um blog de trilhas de cinema junto com minha cdteca de clássicos. Aliás, tenho aprendido muito com vocês ao me obrigar a ouvir música moderna. Estou tentando educar os ouvidos embora ainda veja Stravinsky como um muro intransponível. Abraços e parabéns por mais uma excelente postagem!
Obrigado! Gostei de ler.
Gente! Eu nunca vi nada igual. Que baita página. Incrível. Como é que conseque todo esse acervo?
Um abração!!!!!!!!!!
Eloi
Ótima repostagem! Nino Rota é um excelente compositor; consegue aquele equilíbrio entre melodismo delicioso e linguagem moderna. Esse CD em particular é um de meus favoritos. Sejam legais e dêem um dinheirinho para a BIS – menos de 10 dólares tá de graça: http://www.eclassical.com/composers/rota-nino/rota-chamber-music.html