Este é um CD que vale mais pela qualidade da música do que pela interpretação. Lisa Batiashvili nasceu na Georgia, ex-União Soviética, em 1979, e é um tesão. Estudou, mora na Alemanha e, bem, é linda. Boa para capas de discos. Também é excelente violinista, mas nós do PQP temos aquela mania da grande gravação, da melhor interpretação e, enfim, Heifetz nos deixou até hoje meio viciados. Pois sua interpretação do Concerto de Sibelius é absolutamente fluente, de uma forma que parece inimitável. O esplêndido Concerto do também finlandês Lindberg finaliza o CD de forma inesperada. Ah, nem preciso dizer que Lindberg escreveu seu Concerto especialmente para a beldade. Ignoramos se comeu ou apenas escreveu.
Olha, eu baixaria o CD.
Jean Sibelius (1865 – 1957)
Violin Concerto in D minor, Op. 47
1)Allegro moderato (16:17)
2) Adagio di molto (8:33)
3) Allegro, ma non tanto (7:36)
Magnus Lindberg (1958 – )
Violin Concerto
4) 1st movement (12:04)
5) 2nd movement (10:07)
6) 3rd movement (3:45)
Lisa Batiashvili, violin
Finnish Radio Smphony Orchestra
Sakari Oramo
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PQP
Cara, que coisinha linda essa Lisa Batiashvili, hein!!!!!
Não sei se vocês sabem, mas as violinistas preferem os violistas.
Valeu, PQP.
Baixando.
esse cd é espetacular!!! parabéns pelo post!
o concerto para violino de sibelius, composto em uma época sombria de sua vida, dominada pelo etilismo (um transtorno de dependência que exacerbou outro de personalidade, gerando um balaio de gato) que, como em outros compositores, mostrou o melhor de sua alma pela música. esse concerto e sua quinta sinfonia são duas obras para se ouvir em uma noite escura, especialmente fria (não que consigamos lembrar o frio de sua terra natal, a Finlândia).
Outro ponto positivo desse cd é fazer juz a Magnus Lindberg, opacificado, assim como o próprio sibelis e demais compositores nórdicos, como Ole Bull (romântico), Saariaho (para quem gosta de Boulez-like-music), Salonen (dono de uma rica linguagem, em ascenção).
Aproveito para fazer propaganda de um compositor do qual venho gostando muito, um polonês, Karol Szymanowski, no meu ponto de vista, dono de um dos maiores lirirsmos. Sem ser pedante, sem cair em lugares comuns e sem ser ´pegajoso´, ele extrai um grande lirismo de sua obra, de uma forma até fria, a meu ver.
Adorei o CD e curto também concertos para violino de outros compositores contemporâneos.
Queria aproveitar e usar o espaço para sugerir que o PQP disponibilize, se possível, o concerto para violino da compositora americana Jennifer Higdon. Ouvi ao vivo e achei absolutamente excelente (ele foi composto para a Hilary Hahn, que não fica atrás em termos de fotogenia).
Outra obra dela interessantíssima é o concerto para percussão, interpretado pelo Colin Currie e regido pela Marin Alsop à frente da LSO. Esse eu tenho. Eu poderia facilmente disponibilizar a todos, só não sei como.
Abraços do fã assíduo,
Felipe
Szymanowski é legal pra caramba mesmo. Atesto! 🙂
A propósito: “Ignoramos se comeu”? Senhor PQP, vossa senhoria está lendo muito Ian McEwan. 😀
Acho que o PQP é fã de carteirinha…
Vcs andam muito espertos.
esse concerto da Higdon é muito bom tb!!!
Lembra-me o de Berg, porém com uma linguagem mais atual.
Estou muito desconfiado dessa onda de beldades nesse tipo de música. A beleza física sempre teve uma certa preponderância a outros atributos, embora na chamada música erudita isso nunca teve muita relevância, o talento sempre levou a melhor no final. Mas é que nunca antes a indústria cultural alcançou tanto poder de massificação, tanto alcance global. Será que os feinhos vão ter de se contentar em tocar em orquestras?
É só olhar as fotos da Sabine Meyer antes de se tornar famosa….
Ela era algo parecido com a Fiona, ou com susan boyle…
Se assim eu estou para lá de ferrado…..
Hm, vou baixar antes de mais nada porque estou curioso com o concerto do Lindberg: sempre me causa estranhamente que alguém possa ser compositor “clássico” quando nasceu depois de mim – ai…
Quanto ao pequepianíssimo texto do post, vi uma graça toda especial (terá sido involuntária mesmo?) na seguinte sequencia: “Ignoramos se comeu. Olha, eu BAIXARIA o CD”… rsrs
Bom, e já que entramos por esse caminho… desculpe mas não sei se entendi o seu receio, colega Gabriel. Se a Sabine Meyer parecia a Fiona ou Susan Boyle, e apesar disso se tornou famosa com a devida produção, seu receio será o de ter que ficar parecido com a Sabine Meyer para se tornar um solista famoso?!?!? [Desculpa, Gabriel, não deu pra resistir…]
A Lisa Batiashvili é mesmo linda e hoje em dia não tem jovem músico feio nas grandes – e em processo acelerado de idiotização – gravadoras (DG, EMI, Sony). Talvez só o Dudamel escape, mas ele é carismático (e é regente, categoria meio à parte).
Creio que hoje em dia, em que uma eficiente educação musical produz instrumentistas e cantores de excelente qualidade praticamente em escala industrial (nos EUA, Europa e principalmente no extremo oriente), seja possível aos agentes selecionar somente solistas que sejam bonitos e fotogênicos.
Eles são belos e bons. Se têm personalidade, vozes realmente distintas, daí já é outra história. Eu tendo a acreditar que, se surgir outro Heifetz, ele terá sucesso mesmo sendo feioso. Mas imagino que não será lançado pela Deutsche Grammophon.
EHaheAHehAEHAHEAHE, Ranulfus.
O que eu quis falar é que, se para a pessoa ficar famosa tem que ser feia, então estamos todos ferrados…
Imagine por exemplo essa violinista feia… Impossível…
Ainda assim, a violinista é boa pra caramba ( entenda como quizer ) eahehAEHAEhAEHaHEh 😀
you sick bastards! 🙂
Será que vocês poderiam postar coisas de Louis Spohr? As músicas dele são comparadas com as de Mozart, e fiquei um pouco surpreendido ao não achá-lo aqui =/
Boa observação, Ranulfus!
Sempre curti essa galera da polonia em paralelo com a galera da rep tcheca, mas confesso que nao tinha ouvido esses dois aí. Me amarrei nesse lindberg, que apesar de lembrar o assassinato de eloá fez com grandiosidade um bom concerto, sem ser exagerado e chamativo como costumam ser os contemporâneos(ao meu ver).
abraços a todos
Ahh comeu sim!
De acordo com o recém lançado dicionário “Who Fucked Who”, Erwin Bros Editors, 2011, NYC, ele comeu sim!
E lambeu os lábios!
Olha, eu conheço uns casos entre compositores e intérpretes aqui no Brasil que me levam a crer que sim: teve uma metidinha de mão sorrateira na campânula da trompa dessa violinista.
Friend, the tracks 1 and 2 of the Lindberg Concerto are cut short. There is some music missing.
PQP, o “olha, eu baixaria” me soou mais como “olha, eu comeria”.
O tal do Magnus talvez goste de outra fruta, mas não sejamos ingênuos: seja quem for, alguém comeu, e não foi o faxineiro da gravadora.
Olha, a Batiashvili é uma das melhores violinistas que surgiram nos últimos tempos.Tenho todos os cds dela,inclusive um recital com piano.Ela tem uma presença e uma sonoridade que lembra os grandes antigos. Quanto à vida particular dela, ela é casada com o também talentosíssimo oboísta François Leleux e tem uma filhinha. Ela solou aqui no Brasil com a Osesp o Beethoven, não me lembro quando, mas eu já vi o vídeo e vale lembrar que foi um concerto muito bom. Só para constar,essa gravação do Sibelius é ao vivo!