Aí vai mais Poulenc…
Sei que muitos leitores-ouvintes gostam de Poulenc, mas essa postagem quero dedicar ao camarada CDF, já que o mesmo, certa vez, afirmou nos comentários de uma outra postagem, que adora o Concerto para Órgão.
A volta ao passado, é a principal característica das obras desse álbum. Aqui, Poulenc usa de toda sua criatividade e sensibilidade, produzindo peças baseadas em estilos antigos, mas sem deixar de ser original.
Baseado na Renascença Francesa, o Concerto para Órgão é uma obra que por seu estilo de improviso, lembra muito as tocatas e fantasias de Bach e Buxtehude. Dramática, leve, lírica, empolgante, são alguns dos diversos adjetivos que cabem nessa peça fabulosa.
Na Sinfonietta, Poulenc cria uma atmosfera leve e descontraída. Sua estrutura formal e colorido orquestral lembra muito as sinfonias de Haydn.
O álbum termina com a deliciosa Suite Française, composição leve e bem concatenada, também, inspirada nos modelos da Renascença Francesa.
Uma ótima audição!
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Poulenc: Concerto para Órgão – Sinfonieta – Suite Francesa
Concerto for organ, strings & timpani in G minor, FP 93 (1938)
1. Andante 3:22
2. Allegro giocoso 2:05
3. Subito andanate moderato 7:40
4. Tempo allegro. Molto agitato 2:46
5. Très calme. Lent 2:38
6. Tempo de l’allegro initial 2:02
7. Tempo introduction. Largo 3:02
Sinfonietta, for chamber orchestra, FP 141 (1947)
8. No. 1, Allegro con fuoco 9:10
9. No. 2, Molto vivace 5:56
10. No. 3, Andante cantabile 6:57
11. No. 4, Final (Prestissimo et tres gai) 6:55
Suite française (d’après Claude Gervaise), for winds, percussion & harpsichord, FP 80 (1935)
12. No 1, Bransle de Bourgogne 1:22
13. No 2, Pavane 2:33
14. No 3, Petite marche militaire 1:05
15. No 4, Complainte 1:35
16. No 5, Bransle de Champagne 1:43
17. No 6, Sicilienne 2:10
18. No 7, Carillon 1:44
Andre Isoir, órgão Henri Didier (1899) da Catedral de Laon
Orchestre de Picardie, Edmon Colomer
Marcelo Stravinsky
Meu caro Marcelo, já dei um jeito no problema, mas outros além de mim podem encontrar esse enrosco: algumas das faixas estavam falhando na hora de descompactar, devido ao nome longo demais. Ou seja: somando a endereço da pasta onde se coloca, mais o nome do arquivo, estava ultrapassando 260, ou 280 caracteres, algo assim.
Resolvi descompactando na pasta-raiz de um dos meus HDs,e copiando depois pra onde eu queria – não sem antes encurtar alguns nomes de arquivos, pois outros programas além dos descompactadores ainda poderiam enroscar com isso.
Pessoalmente, desisti da política de colocar o máximo possível de dados no nome de cada arquivo – mas mesmo quem gosta disso pode fazê-lo de modo enxuto, pois de modo geral isso só traz vantagens – p.ex. na hora de ler num display. (Como já fui publicitário aprendi que menos comunica mais…)
Exemplo: alguém pode colocar no nome de arquivo:
Ludwig van Beethoven – Concerto para piano e orquestra n.o 3, em dó menor, op. 37 – I. Allegro con brio
Mas ora, a maior parte de nós está careca de saber que ele se chamava Ludwig van, e que os concertos clássicos e românticos são sempre pra solista e orquestra… e dependendo da posição de um número seu significado é óbvio: p.ex., quem não entende que Concerto 3 é o mesmo que Concerto n.º 3?
Para meu uso eu resumo tudo aquilo no seguinte:
Beeth CONC piano 3 Cm op37 1 All con brio
Claro, são escolhas pessoais… mas acho que não faz mal contar a minha, né? No mínimo às vezes pode ajudar na hora de enroscos por nome longo…
Você tem razão Ranulfus. Eu sempre me preocupo em colocar o máximo de informações, mas nesse caso, eu apenas coloquei a imagem do CD no Windows Media Player e ele obteve os nomes das faixas assim como está. As vezes, modifico o nome das faixas quando o próprio WMP avisa que os nomes estão extensos demais, mas como não houve problemas, deixei assim mesmo.
Obrigado pelo toque!
A propósito, Strava… instalei o Daemon Tools mas não tô conseguindo usar. Deve estar faltando algum “caminho das pedras”. Estou com o arquivo .ape (ou .wv, noutro caso) na mesma pasta que o .cue. Ele acha o .cue mas diz que por trás dele não acha arquivo válido pra ser aberto…
Estou ouvindo essas coisas com o AIMP2 sugerido pelo Carlinus, é realmente muito bom, mas não consegui encontrar as funções de conversão ou “ripagem”, se é que ele tem.
Se você tiver algo a sugerir, mas preferir fazer por email pra não sobrecarregar o espaço aqui, esteja à vontade, é rrtrop[ARROBA]gmail.com . Abraços!
Tinha uma fita k7 com o concerto para orgão e sinfonia para orgão, e vocês não imaginam a alegria de poder ouvir denovo essas duas obras para mim enigmáticas, especialmente a de Poulenc.
Muito obrigado.
Acho que falta o lindo Gloria de Poulenc por aqui.
Existe um post de 13 de julho de 2008 com o Gloria, Stabat Mater e outras obras vocais.
http://pqpbach.opensadorselvagem.org/francis-poulenc-1899-1963-gloria-stabat-mater-litanies-a-la-vierge-noire/
Tinha visto. Expirado.
Olha, se estava expirado foi atualizado. Eu baixei no mesmo dia da postagem do Les Biches, acabo de testar de novo e está funcionando. E esse Gloria é realmente a glória, imperdível.
Aliás, Poulenc é fera na escrita coral. Integrei um coro que cantou um dos “3 motetos em em tempo de penitência” (Ad dominum cum tribulare clamavit), foi uma experiência impressionante. E em vinil tenho Petits Voix, 5 canções corais para vozes infantis ou femininas, lindo! – mas ainda preciso dominiar a arte da transcrição do vinil.