Percy Whitlock (1903-1946): Obras para órgão

(CD indisponível na Amazon)

Aluno de Vaughan Williams no London’s Royal College of Music, Whitlock tem uma expressão musical que combina elementos de seu mestre e de Elgar. Seu estilo exuberante harmônico também tem traços de Gershwin e de outros compositores populares da década de 1920. Rachmaninov também foi outra importante influência estilística. Como Vaughan Williams e Delius, Whitlock compunha temas que soavem como música folclórica, mas que eram, na verdade, criações originais.

Entre as obras de Whitlock para órgão estão as Five Short Pieces (1929), Four Extemporisations (1933), Sketches on Verses of the Psalms (1934), Plymouth Suite (1937-1939), Sonata in C minor (1936) e Two Fantasie Chorals (1936).

Whitlock foi diagnosticado com tuberculose aos vinte anos e também sofria de hipertensão. Perto do fim da sua vida, ele perdeu a visão por completo, e morreu poucas semanas antes de seu 43º aniversário. Por décadas depois, ele permaneceu em grande parte esquecido. Esta negligência diminuiu nos últimos tempos com o aumento da popularidade da literatura musical.

Música moderna? Nem pensar. Whitlock é tão conservador quando Rachmaninov. Andava de avião e compunha para um passado inexistente. Mas acho agradáveis seus hinos falsamente folclóricos.

Percy Whitlock: Obras para órgão

Two Fantasie Chorals (1936)
01. No.1 in D flat major 14:14
02. No.2 in F sharp minor 15:55

Sonata in C minor (1937)
03. Grave – animato – Andante cantabile – Poco lento – Andante – Allargando 15:36
04. Canzona 6:57
05. Scherzetto 4:29
06. Choral 21:39

Christoph Keller, at the great Klais organ, Altenberg Cathedral, Germany.

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PQP

4 comments / Add your comment below

  1. Muito oportuno este post, que revive obras do inglês Percy Whitlock. Excelentes interpretações de Christoph Keller. Vale a pena escutar também de Whitlock a “Plymouth Suite” de 1937, com cinco movimentos (dos quais o último é uma enérgica Toccata). Já que o assunto é música para órgão, seria possível postar as obras para esse instrumento de Amaral Vieira gravadas pelo organista inglês Iain Quinn? Creio que o Prólogo, Fuga e Final de Vieira incluída na seleção é a mais longa obra para órgão de compositor brasileiro.

  2. OK, pode não ser música moderna no sentido vanguardista ou da música dita contemporânea, mas o conservador Rachmaninov foi um compositor consumado, cuja importância e reconhecimento somente crescem com o passar do tempo. Percy Whitlock não tem obviamente a estatura de Rachmaninov ou de seu mestre Vaughan Williams, mas suas obras para órgão comprovam que dominava o instrumento com segurança e habilidade. As obras não me parecem especialmente marcantes, mas são agradáveis e bem estruturadas. Não encontrei na Amazon nenhuma gravação da Plymouth Suite mencionada pela Camila. Fora de catálogo, esgotada?
    Endosso o pedido da Camila quanto às obras para órgão de Amaral Vieira. O organista Ian Quinn, que gravou as obras escritas entre 1984-1996, tocou um belíssimo recital com essas composições em 2002 no Mosteiro de São Bento de São Paulo, dentro do Festival Internacional de Órgão, em homenagem ao aniversário de 50 anos de Amaral Vieira.

  3. Mauro, a Plymouth Suite foi gravada pelo organista David Poulter para o selo Regent Records e faz parte da série The English Cathedral Series Vol 5 – Chester Cathedral. O Cd custa 16 dólares, mais o envio. Mas há dois vídeos da Toccata que finaliza a Suíte de Percy Whitlock no Youtube:
    http://www.youtube.com/watch?v=mcRWX2AJIfY
    e
    http://www.youtube.com/watch?v=0ihtVYNFcQ8&feature=related

    O primeiro é melhor.

    O Cd com as obras para órgão de Amaral Vieira interpretadas por Iain Quinn foi lançado pelo selo Slovart Records e custa 18 dólares, mais o envio.

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