Benjamin Britten (1913-1976): War Requiem

Benjamin Britten foi autenticamente um grande compositor num país que ama a música, mas que estava agarrado no pincel desde Purcell e a presença de Handel. No entremeio, houve equívocos com Elgar e outros menos votados.

Britten era um compositor muito especial. De refinada cultura e bom gosto literário, Britten, coisa inédita, PREOCUPAVA-SE QUE SUAS ÓPERAS TIVESSEM BONS TEXTOS. E obtinha isto de seus colaboradores. Foi companheiro de toda vida do tenor Peter Pears, para quem escreveu suas maiores obras, como Serenade for Tenor, Horn and Strings, os Cânticos, às óperas Peter Grimes e Albert Herring (papéis título), The Beggar’s Opera (Macheath), Owen Wingrave (Sir Philip Wingrave), Billy Budd (Captain Vere), The Turn of the Screw (Quint), Death in Venice (Aschenbach) e as três Church Parables.

Em 1962, ao final da reconstrução da Catedral de Coventry, Britten foi encarregado de escrever a música para a consagração do novo templo, surgindo assim o War Requiem, que seria interpretado por Peter Pears (sempre ele), o alemão Dietrich Fischer-Dieskau e a russa Galina Vichnevskaia — cuja participação seria negada pela União Soviética. Esta gravação, com a presença de Galina, mulher de Rostropovich, já foi postada aqui no PQP, mas… vá saber onde enfiei! Era também a época em que Britten começara a visitar a URSS frequentemente, quer na qualidade de intérprete, quer na de regente. Nestes anos, escreveu muitas peças para violoncelo, onde se inclui a Sinfonia para Violoncelo e Orquestra e a Suíte para Violoncelo Solo. O motivo? Era amicíssimo de Rostropovich, a quem dedicou várias obras e gravou alguns discos. Também conhecia Shostakovich, a quem sempre visitava na URSS.

Benjamin Britten (1913-1976): War Requiem

1. Requiem aeternam 9:23
2. Dies irae 27:47
3. Offertorium 9:51
4. Sanctus 11:04
5. Agnus Dei 3:09
6. Libera me 23:07

George McPhee; Thomas Randle; Lynda Russell; Michael Volle
Scottish Festival Chorus; St. Mary’s Episcopal Cathedral Choristers, Edinburgh
BBC Scottish Symphony Orchestra
Martyn Brabbins

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Britten: grandes música e nariz
Britten: grandes música e nariz

PQP

6 comments / Add your comment below

  1. Hum! O nome do Peter Pears faz lembrar o do “Peter Pan”. rsrs Se bem que “Pears” em inglês seria “Pêras” em português, não é? Mas deixa pra lá! Concordo com tudo o que você disse do Benjamim Britten. Não sei aonde que ouvi falar que os ingleses não tinham nenhum compositor famoso (e não sei se é verdade ou não), mas o fato é que sempre houve GRANDES compositores na Inglaterra, e Britten é um dos principais. Digo isso porque, pra mim, o maior seria Vaughan-Williams, mas haja bem visto que não sou profundo conhecedor quanto a compositores ingleses.

  2. Caros,

    Caso alguém saiba de uma boa gravação da Ceremony of Carols do Britten, favor informar. Escutei dezembro passado na St Thomas e estou até agora estupefato.

    abs,

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