Fryderyk Franciszek Chopin (1810-1849) – Etudes, op. 10 & 25

Continuando a saga chopiniana, aqui temos outra gravação histórica, Maurizio Pollini tocando os Estudos, op. 10 e op. 25. Claro que não é por acaso que estou colocando esta versão. Temos aqui no blog um grande defensor do pianista italiano. Admiro Pollini, mas confesso que não é meu pianista favorito, mas nem por isso deixo de admirá-lo. Entra aqui uma questão extremamente pessoal: o intelectual sobre o emocional. Explico em poucas palavras: muitos acusam o italiano de ser por demais cerebral, não se deixa levar pela emoção, é contido onde poderia extravasar.Como isso é uma questão extremamente pessoal, deixarei para discuti-la em outra ocasião. Como o que nos interessa aqui é a música de Chopin, vamos a ela.

Upon his return to Warsaw, Chopin, already free from student duties, devoted himself to composition and wrote, among other pieces, two Concertos for piano and orchestra: in F minor and E minor. The first concerto was inspired to a considerable extent by the composer’s feelings towards Konstancja Gladkowska, who studied singing at the Conservatory. This was also the period of the first nocturne, etudes, waltzes, mazurkas, and songs to words by Stefan Witwicki. During the last months prior to his planned longer stay abroad, Chopin gave a number of public performances, mainly in the National Theatre in Warsaw where the première of both concertos took place. Originally, his destination was to be Berlin, where the artist had been invited by Prince Antoni Radziwill, the governor of the Grand Duchy of Poznan, who had been appointed by the king of Prussia, and who was a long-standing admirer of Chopin’s talent and who, in the autumn of 1829, was his host in Antonin. Chopin, however, ultimately chose Vienna where he wished to consolidate his earlier success and establish his reputation. On 11 October 1830, he gave a ceremonial farewell concert in the National Theatre in Warsaw, during which he played the Concerto in E minor, and K. Gladkowska sang. On 2 November, together with his friend Tytus Woyciechowski, Chopin left for Austria, with the intention of going on to Italy. Several days after their arrival in Vienna, the two friends learnt about the outbreak of the uprising in Warsaw, against the subservience of the Kingdom of Poland to Russia and the presence of the Russian Tsar on the Polish throne. This was the beginning of a months-long Russo-Polish war. T. Woyciechowski returned to Warsaw to join the insurgent army, while Chopin, succumbing to the persuasion of his friend, stayed in Vienna. In low spirits and anxious about the fate of his country and family, he ceased planning the further course of his career, an attitude explained in a letter to J. Elsner: “In vain does Malfatti try to convince me that every artist is a cosmopolitan. Even if so, as an artist, I am still in my cradle, as a Pole, I am already twenty; I hope, therefore that, knowing me well, you will not chide me that so far I have not thought about the programme of the concert”. The performance ultimately took place on 11 June 1831, in the Kärtnerthortheater, where Chopin played the Concerto in E minor. The eight months spent in Vienna were not wasted. Strong and dramatic emotional experiences inspired the creative imagination of the composer, probably accelerating the emergence of a new, individual style, quite different from his previous brilliant style. The new works, which revealed force and passion, included the sketch of the Scherzo in B minor and, above all, the powerful Etudes from op. 10. Having given up his plans for a journey to Italy, due to the hostilities there against Austria, Chopin resolved to go to Paris. On the way, he first stopped in Munich where he gave a concert on the 28th of August and then went on to Stuttgart. Here he learnt about the dramatic collapse of the November Uprising and the capture of Warsaw by the Russians. His reaction to this news assumed the form of a fever and nervous crisis. Traces of these experiences are encountered in the so-called Stuttgart diary: “The enemy is in the house (…) Oh God, do You exist? You do and yet You do not avenge. – Have You not had enough of Moscow’s crimes – or – or are You Yourself a Muscovite […] I here, useless! And I here empty-handed. At times I can only groan, suffer, and pour out my despair at my piano!”.

Fryderyk Franciszek Chopin (1810-1849) – Etudes, op. 10 & 25

01 – Etude op.10 No.1 in C major_ Allegro

02 – Etude op.10 No.2 in A minor_ Allegro ‘chromatique’

03 – Etude op.10 No.3 in E major_ Lento, ma non troppo ‘Tristesse’

04 – Etude op.10 No.4 in C sharp minor_ Presto

05 – Etude op.10 No.5 in G flat major_ Vivace ‘Black Keys’

06 – Etude op.10 No.6 in E flat minor_ Andante

07 – Etude op.10 No.7 in C major_ Vivace

08 – Etude op.10 No.8 in F major_ Allegro

09 – Etude op.10 No.9 in F minor_ Allegro, molto agitato

10 – Etude op.10 No.10 in A flat major_ Vivace assai

11 – Etude op.10 No.11 in E flat major_ Allegretto

12 – Etude op.10 No.12 in C minor_ Allegro con fuoco ‘Revolutionary’

13 – Etude op.25 No.1 in A flat major_ Allegro sostenuto ‘Harp Study’ 1

4 – Etude op.25 No.2 in F minor_ Presto 1

15 – Etude op.25 No.3 in F major_ Allegro

16 – Etude op.25 No.4 in A minor_ Agitato

17 – Etude op.25 No.5 in E minor_ Vivace

18 – Etude op.25 No.6 in G sharp minor_ Allegro

19 – Etude op.25 No.7 in C sharp minor_ Lento

20 – Etude op.25 No.8 in D flat major_ Vivace

21 – Etude op.25 No.9 in G flat major_ Allegro assai ‘Butterfly Wings’

22 – Etude op.25 No.10 in B minor_ Allegro con fuoco

23 – Etude op.25 No.11 in A minor_ Lento – Allegro con brio ‘Winter Wind’

24 – Etude op.25 No.12 in C minor_ Molto allegro, con fuoco

Maurizio Pollini – Piano

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FDPBach

200 anos de Chopin – Marcha Fúnebre com orquestração de Elgar

O texto abaixo foi publicado ontem no blog Do fim, escrito pelo poeta, contista, escritor e professor de Literatura e Língua Portuguesa Alessandro Reiffer.

Hoje o mundo comemora os 200 anos de nascimento de Frédéric Chopin, um dos maiores gênios do romantismo musical e um dos mais importantes compositores para piano da história da música.

Chopin nasceu em 1º de março de 1810, na pequena cidade de Zelazowa Wola, na Polônia, vivendo, no entanto, grande parte de sua vida em Paris, onde faleceu, segundo a história oficial, de tuberculose, embora estudos mais recentes sugiram que ele tenha morrido de fibrose cística. Chopin contava com apenas 39 anos de idade. Em Paris, é célebre o seu romance com a escritora Aurore Dudevant (que se utilizava do pseudônimo de George Sand), a qual muito inspirou o compositor polonês em suas apaixonadas e melancólicas melodias.

A música de Chopin é quase que exclusivamente para piano, solo ou com acompanhamento, característica que o torna único entre os grandes compositores. Trata-se de uma música bastante original e de grande expressividade técnica. Suas composições são geralmente densas e sombrias, de uma profunda expressão sentimental, carregadas de paixão e melancolia. Atingem os maiores extremos emocionais, partindo de uma celestial ternura e flutuante delicadeza até amargurados acordes de uma violência desesperada.

Pode-se dizer que o amor e a saudade da pátria são os temas mais constantes nas obras de Chopin. Antes dos 20 anos, Chopin já havia composto seus dois concertos para piano e orquestra, dois dos mais belos e expressivos concertos para esse instrumento já criados. Foram inspirados em seu amor por Constance Gladkowska, a quem teve que abandonar ao ver se obrigado a deixar a Polônia.

Logo após deixar seu país natal, sofreu uma profunda crise psicológica, conhecida como Crise de Stuttgart. Essa crise ficou registrada em uma série de escritos, o seu Diário de Stuttgart. Escreveu Chopin nesse diário:

“Por que vivemos essa vida miserável, que só nos devora e serve para nos converter em cadáveres? (…) É como se morrer fosse a melhor ação do homem… Qual será a pior? Nascer, desde o momento que é o contrário de sua melhor ação. Portanto, é perfeitamente plausível que eu esteja aborrecido por ter nascido neste mundo. Por que deveria querer permanecer em um mundo para o qual não estou preparado? O que minha existência poderia oferecer a alguém?”

Mas a sua existência ofereceu muito a toda a humanidade… Quantos milhares de casais já alimentarem sua paixão e seu amor ao som de suas mágicas notas, quantas vezes o seu gênio entristecido já nos ajudou a aprender a amar? E quantos homens desesperançados já se consolaram com os seus sobrenaturais noturnos e sonatas, com a tensa beleza e vivo mistério de suas mazurcas e polonesas e estudos e prelúdios…? E quem não conhece a sua marcha fúnebre? Sim todos a conhecem, ainda quem não saibam que a compôs. De modo, Chopin, que tua existência teve muito a nos oferecer…

(na imagem, Chopin pintado por Scheffer)

BAIXE A MARCHA FÚNEBRE, COM ORQUESTRAÇÃO DE SIR EDWARD ELGAR
London Philharmonic Orchestra – Sir Adrian Boult

Publicado por PQP

Frederic Chopin (1810-1849): Greatest Hits [link atualizado 2017]

Nesses últimos meses, andei procurando filmes sobre a vida de alguns dos grandes compositores da música universal. Navegando por vários sites acabei me deparando com um filme norte-americano de 1945 (antiguinho, né?), A Song to Remember, cujo título em português é À Noite Sonhamos. O filme fala sobre a vida do compositor Frederic Chopin. Como não consegui encontrá-lo para baixar, fiz pesquisas em algumas locadoras, não foi fácil, mas acabei encontrando. Gostei bastante do filme e foi exatamente ele, que me inspirou a fazer essa postagem com obras de Chopin. Acabei descobrindo filmes sobre a vida de Schumann, Sinfonia da Primavera e sobre Liszt, Sonho de Amor, mas isso é assunto para uma outra postagem.
Este cd é da mesma coleção de um do Bach que postei nos mês passado, e traz arranjos orquestrais de algumas peças do compositor polaco-francês. Infelizmente o cd fica devendo algumas informações, pois não apresenta todos os autores dos arranjos, mas é muito provável que alguns desses arranjos sejam de Alexander Glazunov e Roy Douglas.
O álbum nos presenteia com alguns dos arranjos orquestrais das músicas de Chopin feitas para o bailado Les Sylphides, que também é chamado de Chopiniana. A únicas peças apresentadas, aqui, na sua forma original são a Valsa do Minuto, Fantasia Improviso e Polonaise Heróica.  Um cd despretensioso, mas que vale a pena conferir.

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Chopin: Greatest Hits

01 Polonaise In A Major, Op. 40 Nº 1 “Military”
New York Philharmonic, Andre Kostelanetz

02 Waltz In D Flat Major, Op. 64 Nº 1″Minute”
Philippe Entremont, piano

03 Waltz In C Sharp Minor, Op. 64 Nº 2
The Philadelphia Orchestra, Eugene Ormandy

04 Mazurka In D Major, Op. 33 Nº 2
The Philadelphia Orchestra, Eugene Ormandy

05 Nocturne In E Flat Major, Op. 9 Nº 2
Arranjo: Arthur Harris
The Philadelphia Orchestra, Eugene Ormandy

06 Fantasie Impromptu In C Sharp Minor, Op. 66
Philippe Entremont, piano

07 Waltz In G Flat Major, Op. 70 Nº 1
The Philadelphia Orchestra, Eugene Ormandy

08 Prelude In A Major, Op. 28 Nº 7
The Philadelphia Orchestra, Eugene Ormandy

09 Polonaise In A Flat Major, Op. 53 Nº 6 “Heroic”
Philippe Entremont, piano

10 Etude In E Major, Op. 10 Nº 3 “Tristesse”
Arranjo: Arthur Harris
The Columbia Symphony Orchestra, Andre Kostelanetz

11 Waltz In E Flat Major, Op 18 Nº 1 “Grande Valse Brilliante”
The Philadelphia Orchestra, Eugene Ormandy

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Strava
Repostado por Bisnaga

Edvard Grieg – Piano Concerto in A Minor, op. 16, Frederic Chopin – Piano Concerto nº2 in F Minor, op. 21

FDP Bach voltou declarada e escancaradamente romântico de seu exílio, que está deixando-o afastado do blog, e traz dois pilares do piano romântico: os concertos de Grieg e o Segundo Concerto de Chopin. Com relação ao Grieg, minha contribuição anterior havia sido a versão de Claudio Arrau, mas alguma coisa não me satisfazia naquela gravação. E confesso que esta versão do Thibaudet ainda deixa um pouco a desejar, mas pelo menos a considero mais dinâmica, mais viva, e, como sempre costumo dizer a respeito dos intérpretes da nova geração, mais “jovial”. Uma biografia de jovem artista francês, que está completando 38 anos em 2009, pode ser encontrada no site de sua gravadora, DECCA.

Tenho ouvido com muita atenção o maestro russo, nascido no Cáucaso, Valery Gergiev. Em minha opinião,. é um dos melhores regentes russos da atualidade, suas gravações das obras de Tchaikovsky frente à Kirov Orchestra são excelentes, com destaque para sua versão do “Quebra-Nozes”, que gravou na íntegra. Seu Prokofiev também é de se tirar o chapéu. Qualquer hora destas posto outras gravações dele.

Mas escancaradamente romântico como estou neste Dia Internacional da Mulher, só tenho a declarar minha paixão por elas, e solicito ao mano PQP que nos poupe de mostrar os atributos físicos do genial Stravinsky, ou de qualquer outro compositor, ou intérprete do sexo masculino. Apreciemos a beleza delicada da Helene Grimaud, da Julia Fischer, da beleza já madura de Anne-Sophie Mutter, ignorando os comentários maldosos de Celibadache colocados nos comentários do post anterior. Como já diziam os antigos, a inveja é uma merda.

Um excelente cd, para ouvirmos sem nos cansarmos, com uma música maravilhosa interpretada por músicos inspiradíssimos.

Edvard Grieg – Piano Concerto in A Minor, op. 16, Frederich Chopin – Piano Concerto nº2 in F Minor, op. 21

01 – Grieg- Piano Concerto in A minor, Op.16 – 1. Allegro molto moderato
02 – Grieg- Piano Concerto in A minor, Op.16 – 2. Adagio
03 – Grieg- Piano Concerto in A minor, Op.16 – 3. Allegro moderato
04 – Chopin- Piano Concerto No.2 in F minor, Op.21 – 1. Maestoso
05 – Chopin- Piano Concerto No.2 in F minor, Op.21 – 2. Larghetto
06 – Chopin- Piano Concerto No.2 in F minor, Op.21 – 3. Allegro Vivace

Jean-Yves Thibaudet – Piano
Rotterdam Philarmonic Orchestra
Valery Gergiev – Conductor

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FDP Bach.

F. Chopin (1810 – 1849): Polonaises, com Ele

A Fundação para a Divulgação e Inevitável Imortalização do Guia Genial dos Pianistas Maurizio Pollini fundada por Lais Vogel e P.Q.P Bach descobriu, no último momento, que nossa querida Clara Schumann já tinha postado este CD em 2007. Aqui está seu curto texto de apresentação:

O sexto concurso internacional Chopin (1960) tornar-se-ia célebre porque nem um polaco, nem um russo ganhariam o prémio, mas um italiano de dezoito anos, de nome Maurizio Pollini. Pollini, nestas Polonaises, caracteriza-se por uma interpretação equilibrada, disciplinada, com um forte sentido de ritmo e de tempo, sem , no entanto, perder a sua beleza estética. Uma outra contribuição de Clara Schumann para o acervo de Chopin no PQP Bach.

Mais uma gravação extraordinária que a DG republica em sua coleção “The Originals”, uma das coisas mais legais e honestas produzidas pela gravadora alemã.

IMPERDÍVEL!

Chopin (1810 – 1849): Polonaises

1. Polonaise in C sharp minor, Op. 26 No. 1
2. Polonaise in E flat minor, Op. 26 No. 2
3. Polonaise in A major, Op. 40 No. 1
4. Polonaise in C minor, Op. 40 No. 2
5. Polonaise for piano No. 5 in F sharp minor, Op. 44, CT. 154
6. Polonaise for piano No. 6 in A flat major (“Héroique”), Op. 53, CT. 155
7. Polonaise-fantasy for piano No. 7 in A flat major, Op. 61, CT. 156

Maurizio Pollini, piano

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PQP

F. Chopin (1810 – 1849): Noturnos, com o Deus do piano

A Fundação para a Divulgação e Inevitável Imortalização do Guia Genial dos Pianistas Maurizio Pollini fundada por Lais Vogel e P.Q.P Bach apresenta:

Olha, com Pollini eu engulo até Chopin! Não é aquela coisa romântica chatinha e devaneante que as pessoas confundem com poesia e sentimento… Como diz Bergman em Sonata de Outono, Chopin não é música para maricas, não é música toda desmanchada como um sorvete quente, é música máscula, música para ser tocada com certo espírito de volante de contenção pelo mais hábil dos pianistas para atingir nosso coração e cérebro. Abaixo os pianistas mela-cuecas!

Aqui temos técnica, sabedoria, musicalidade e sentimento, não temos um lacrimoso deprimido fingindo-se de apaixonado com a bunda colada na frente do piano. E tenho dito!

(Ah, e depois de amanhã posto as Polonaises com ele, tá?)

Chopin: Noturnos

1. Op. 9 No. 1 in B lfat minor. Larghetto
2. Op. 9 No. 2 in E flat major. Andante
3. Op. 9 No. 3 in B major. Allegretto
4. Op. 15 No. 1 in F major. Andante cantabile
5. Op. 15 No. 2 in F sharp major. Larghetto
6. Op. 15 No. 3 in G minor. Lento
7. Op. 27 No. 1 in C sharp minor. Larghetto
8. Op. 27 No. 2 in D flat major. Lento sostenuto
9. Op. 32 No. 1 in B major. Andante sostenuto
10. Op. 32 No. 2 in A flat major. Lento
11. Op. 37 No. 1 in G minor. Andante sostenuto
12. Op. 37 No. 2 in G major. Andantino
13. Op. 48 No. 1 in C minor. Lento
14. Op. 48 No. 2 in F sharp minor. Andantino
15. Op. 55 No. 1 in F minor. Andante
16. Op. 55 No. 2 in E flat major. Lento sostenuto
17. Op. 62 No. 1 in B major. Andante
18. Op. 62 No. 2 in E major. Lento
19. Op. posth. 72 No. 1 in E minor. Andante

Maurizio Pollini, piano

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PQP (2009, revalidado por Pleyel, 2021)

F. Chopin (1810 – 1849) / F. Liszt (1811 – 1886) / R. Schumann (1810 – 1856): Peças para piano com Hélène Grimaud… ahhhhh…

Há uns quatro meses, o Dr. Cravinhos enviou 2 CDs para o P.Q.P. Enviou para mim… mas deveria ter enviado um para mim e outro para FDP. Um considero espetacular, perfeito, maravilhoso — logo será postado — e o outro lastimável. É este que ora vos posto. Desculpe, mas eu odeio severamente a pianística de Chopin (sem exceções) e Liszt (salva-se a Sonata em Si Menor e La lugubre gondola). E suporto com muitas restrições o pianismo cheio de dedos de Bob Schumann. Quando comecei a ouvir este CD, minha mulher e filhos me perguntaram se eu queria expulsá-los de casa. Juro que quase saí junto. Que século estranho o XIX… Como é que o denso e profundo Brahms podia gostar dessas rarefações ornamentais para piano de Schumann? Claro que o negócio dele (de Brahms, bem entendido) era a Clara! E como Schumann conseguiu aquelas obras de câmara, aquele quarteto e quinteto para piano fazendo isso em casa? Ô, Cravinhos, os românticos mais… mais… sei lá, devem ir para outro guichê! Porém, o CD é elogiadíssimo e deve ser bom para quem gosta. E a pianista é muito gostosa.

A Balada No. 1, Op. 23 é a primeira que Chopin escreveu. Imaginem que o polaquinho nos torturou com mais quatro! Foi composta entre os anos de 1835 e 1836 durante sua primeira temporada parisiense e é dedicada a um certo Barão de Stockhausen, que ironia… Chopin cita o poeta Adam Mickiewicz — deixem este poetastro longe de mim! — como uma influência para as baladas, mas a “inspiração exata” não é clara. Sorte das outras influências pois teriam de ser ofendidas junto com o MICKEYwicz.

Après une Lecture de Dante: Fantasia quasi Sonata é uma horrenda sonata em um movimento, escrita em 1849. É quase música. Foi publicada em 1856 como parte dos Anos de Peregrinação. Claro que o sogrão lia A Divina Comédia, certamente o Inferno. Se é este mesmo o caso, a sonata poderá ser reavaliada.

A Sonata para Piano, Op. 11 foi descrita por nossa colega Clara Wieck como “um apelo de meu coração ao seu”. Quer dizer: do coração dela para o de Bob. Foi aqui que minha família me ameaçou de deserção. Dizem que Clara participou da composição, mas não a salvou dos lugares-comuns. É música discursiva e vazia de cabo a rabo.

Agora, essa pianista… Ah, eu comia!

FRÉDÉRIC CHOPIN (1810 – 1849)
1) Ballade No. 1 in G minor, Op. 23 (8:19)

FRANZ LISZT (1811 – 1886)
2) Aprés une lecture de Dante (torturantes 15:13)
Fantasia quasi sonata
-Années de Pélerinage, Deuxiéme Année “Italie” S.161

ROBERT SCHUMANN (1810 – 1856)
Sonata for Piano in F-sharp minor, Op. 11
3) I- Introduzione: Un Poco Adagio-Allegro vivace (11:24)
4) II- Aria (2:53)
5) III- Scherzo e Intermezzo: Allegrissimo (4:51)
6) IV- Finale: Allegro un poco maestoso (11:13)

HÉLÈNE GRIMAUD, piano

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PQP

Chopin, Ballades; Liszt, La Lugubre Gondole; Shostakovich, Quarteto Nº 8 – Harmonia Mundi – 50 years of music exploration – CD 27 de 29

Mais um CD que justifica-se plenamente pela qualidade de seus jovens intérpretes.
Cedric Tiberghien faz um Chopin que conseguiu interessar até a mim, um hostil ao romantismo líquido do pianismo do polonês. Musicalmente, a coisa melhora demais com La Lugubre Gondole, indiscutível obra-prima de um compositor mais afeito aos efeitos, mas que às vezes deixava escapar autêntica musicalidade e, principalmente, profundidade. A violoncelista Emmanuelle Bertrand dá conta do recado com sobras de talento, acompanhada por nosso já conhecido Pascal Amoyel, ao piano. Depois temos talvez a obra mais postada neste blog: o Quarteto Nº 8 de Shosta — seria esta a quinta ou sexta versão que apresentamos dele? Bom, não interessa. Este quarteto é tão bom que, se fizermos mais meia dúzia de postagens com ele está bem posto, ou postado. Posto isto, reitero que estou disposto a matar esta série da HM logo. Até porque já enchi o saco de ver esta caixinha ao lado meu micro. Ah, o Jerusalem Quartet é excelente.

Baita CD!

CD 27

Ballades n°1-4 Frederic Chopin 35’31
1. No.1, Op.23 In G Minor
2. No.2, Op.38 In F Major
3. No.3, Op.47 In A Flat Major
4. No.4, Op.52 In F Minor
Cedric Tiberghien, piano

La Lugubre Gondole Franz Liszt 9’34
5. La Lugubre Gondole
Emmanuelle Bertrand, cello
Pascal Amoyel, piano

Quatuor n°8 op.110 Dimitri Chostakovitch 22’04
6. I. Largo
7. II. Allegro
8. III. Allegretto
9. IV. Largo
10. V. Largo
Jerusalem Quartet

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PQP

Frédéric Chopin (1810-1849) – Mazurkas

Como já avisou inúmeras vezes meu irmão PQPBach, nosso SAC é uma porcaria, como os demais, simplesmente pelo fato de que a diretoria do blog não estar nem aí com as solicitações de seus leitores. Mas não somos tão cruéis. Quando podemos, atendemos. Se temos em nosso acervo, o que custa? Por exemplo, o leitor Carlos Eduardo Amaral solicitou valsas e outras obras de Strauss. PQP disse que não tinha, mas felizmente possuo uma gravação que irá satisfazer ao nosso leitor, e que deverá estar sendo postada nos próximos dias.

Mas por enquanto, irei atender ao nosso leitor do outro lado do mundo, diretamente da Nova Zelandia, que pediu Chopin, espeficificamente as Mazurkas. Aqui estão elas, então. Um aviso: antes que comecem as intermináveis discussões dos que irão defender Arrau, Horowitz, Ashkenazy, Pires, Polllini, sempre estarei postando Chopin com meu intérprete favorito, Arthur Rubinstein. E sei que terei a Laís Vogel para me defender, pois ela também é fã do bom velhinho. Talvez seja culpa de minha mãe, que já colocava os discos de Chopin sempre interpretados por ele, ou então, do bom programa “Concertos para a Juventude”, que a Globo transmitia nos idos dos anos 70, aos domingos de manhã. Quem é de minha geração (recém completei 43 anos ), ou mais velhos, há de se lembrar deste programa. Rubinsten, Karajan, Böhm, Amadeus Quartet eram freqüentadores assíduos do programa. Não me lembro se tinha um apresentador, (acho que o Karabitchevisky apresentou durante um período), enfim, foi o programa que apresentou a tal da música clássica à minha geração. Enfim, falei deste programa porque foi ali que ouvi as Polonaises e as Baladas de Chopin, e ali me fascinei por aquele velhinho empertigado sobre um Steinway, e tocando divinamente. Sempre me chamou a atenção sua postura, coluna ereta, olhos fechados, total concentração, e no final um sorriso discreto, de saber que tinha cumprido seu dever.

A Mazurka é originária do folclore polonês, e Chopin compôs 57. É um monte, mesmo. Mas são peças relativamente curtas, 3 minutos em média de duração. Estou postando os dois cds de uma só vez, pois infelizmente não estou podendo me dedicar muito ao blog atualmente, assim, deixo minha contribuição para alguns dias.

Frédéric Chopin (1810-1849) – Mazurkas

CD 1

01. mazurka op. 6 no. 1 in f- minor
02. mazurka op. 6 no. 2 in c- minor
03. mazurka op. 6 no. 3 in e major
04. mazurka op. 6 no. 4 in eb minor
05. mazurka op. 7 no. 1 in bb major
06. mazurka op. 7 no. 2 in a minor
07. mazurka op. 7 no. 3 in f minor
08. mazurka op. 7 no. 4 in ab major
09. mazurka op. 7 no. 5 in c major
10. mazurka op. 17 no. 1 in bb major
11. mazurka op. 17 no. 2 in e minor
12. mazurka op. 17 no. 3 in ab major
13. mazurka op. 17 no. 4 in a minor
14. mazurka op. 24 no. 1 in g minor
15. mazurka op. 24 no. 2 in c major
16. mazurka op. 24 no. 3 in ab major
17. mazurka op. 24 no. 4 in bb minor
18. mazurka op. 30 no. 1 in c minor
19. mazurka op. 30 no. 2 in b minor
20. mazurka op. 30 no. 3 in db major
21. mazurka op. 30 no. 4 in c- minor
22. mazurka op. 33 no. 1 in g- minor
23. mazurka op. 33 no. 2 in d major
24. mazurka op. 33 no. 3 in c major
25. mazurka op. 33 no. 4 in b minor
26. mazurka op. 41 no. 1 in c- minor

cd 2

01. mazurka op. 41 no. 2 in e minor
02. mazurka op. 41 no. 3 in b
03. mazurka op. 41 no. 4 in ab
04. mazurka op. 50 no. 1 in g
05. mazurka op. 50 no. 2 in ab
06. mazurka op. 50 no. 3 in c- minor
07. mazurka op. 56 no. 1 in b
08. mazurka op. 56 no. 2 in c
09. mazurka op. 56 no. 3 in c minor
10. mazurka op. 59 no. 1 in a minor
11. mazurka op. 59 no. 2 in ab
12. mazurka op. 59 no. 3 in f- minor
13. mazurka op. 63 no. 1 in b
14. mazurka op. 63 no. 2 in f minor
15. mazurka op. 63 no. 3 in c- minor
16. in a minor
17. in a minor (‘notre temps’)
18. mazurka op. 67, no. 1 in g
19. mazurka op. 67, no. 2 in g minor
20. mazurka op. 67, no. 3 in c
21. mazurka op. 67, no. 4 in a minor
22. mazurka op. 68, no. 1 in c
23. mazurka op. 68, no. 2 in a minor
24. mazurka op. 68, no. 3 in f
25. mazurka op. 68, no. 4 in f minor

Arthur Rubinstein – Piano

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

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Modest Mussorgsky (1839 – 1881) e outros compositores – Quadros de uma Exposição e outras peças

Tecnicamente, há muitos erros neste famoso “Recital de Sofia (1958)”, a cargo do imenso pianista soviético Sviatoslav Richter. Mas é difícil criticar suas interpretações. Não sou um grande entusiasta das gravações históricas – nasci ouvindo a Rádio da UFRGS tocar Villa-Lobos por Villa-Lobos, Bartók por Bartók, Rachmaninov por Rachmaninov, além das interpretações de grandes personagens como o péssimo Pablo Casals, grande e importante personalidade espanhola, sempre desafinado e fora do tempo ao violoncelo – e sempre detestei aqueles chiados e a desafinação de alguns autores ou intérpretes do passado. Mas, sabem, como não sou coerente mesmo, adoro este recital com erros e som apenas regular. Com S. Richter, passo a gostar até dos tossidos da platéia búlgara… É que ele interpreta, seu piano canta de verdade… e eu me desmilinguo….

P.Q.P. Bach.

The Sofia Recital, 1958

Pictures at an Exhibition, for piano

1. Promenade. Allegro giusto, nel modo rustico, senza allegrezza, ma poco sostenuto – attacca
2. Gnomus.Sempre vivo
3. Promenade.Moderato commodo assai e con delicatezza – attacca
4. The Old Castle
5. Promenade
6. The Tuileries Gardens.Allegretto non troppo troppo,capriccioso
7. Bydlo.Sempre moderato,pesante
8. Promenade.Tranquillo – attacca
9. Ballet of the Chickens in Their Shells
10. Samuel Goldenberg and Schmuyle. Andante. Grave-energico – Andantino
11. Promenade. Allegro giusto,nel modo russico, poco sostenuto – attacca
12. The Market-place at Limoges.Allegretto vivo,sempre scherzando – attacca
13. The Catacombs (Sepulchrum romanum)
14. Cum mortuis in lingua mortua
15. The Hut on Fowl’s Legs (Baba-Yaga).Allegro con brio,feroce – Andante mosso – Allegro molto – attacca
16. The Great Gate of Kiev.Allegro alla breve.Maestoso.Con grandezza
Composed by Modest Mussorgsky
with Sviatoslav Teofilovich Richter

17. Moment musical for piano in C major, D. 780/1 (Op. 94/1) No.1 in C (Moderato)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

18. Impromptu for piano in E flat major, D. 899/2 (Op. 90/2)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

19. Impromptu for piano in A flat major, D. 899/4 (Op. 90/4)
Composed by Franz Schubert
with Sviatoslav Teofilovich Richter

20. Etude for piano No. 3 in E major (“Tristesse” / “L’intimité”) Op. 10/3, B. 74
Composed by Fryderyk Chopin
with Sviatoslav Teofilovich Richter

21 Valses Oubliées (4) for piano, No. 1 in F sharp major, S215/1
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

22. Valse Oubliée for piano No. 2, S215/2
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

23. Transcendental Etude after Paganini for piano, “La chasse,” S140/5 – No.5 Feux follets (Allegretto)
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

24. Harmonies du soir, for piano (Transcendental Etude No. 11 – Andantino), S. 139/11 (LW A172/11)
Composed by Franz Liszt
with Sviatoslav Teofilovich Richter

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Fryderyk Chopin (1810 – 1849) – The Waltzes

FDP Bach traz para seus ouvintes/leitores uma grande versão das Valsas de Chopin, nas mãos de seu maior intérprete, Artur Rubinstein. Gravação fundamental em qualquer cdteca. Espero que a apreciem.

Frederick Chopin – The Waltzes

1 – Op. 18 in E-Flat (“Grande valse brillante”)
2 – Op. 34 nº1 in A Flat (“Valse brillante”)
3 – Op. 34 nº 2 in A minor (“Valse brillante”)
4 – Op. 34 nº3 in F (“Valse brillante”)
5 – Op. 42 in A Flat (“The “Two-Four” Waltz”)
6 – Op 64 nº1 in D Flat (“Minute” Waltz”)
7 – Op 64 nº 2 in C-Sharp Minor
8 – Op. 64 nº3 in A Flat
9 – Op. 69 nº1 in A-Flat (“L´Adieu”) (posth.)
10 – Op. 69 nº 2 in B Minor (posth.)
11 – Op. 70 nº 1 in G Flat (posth.)
12 – Op. 70 nº 2 in F minor (posth. )
13 – Op. 70 nº 3 in D Flat (posth.)
14 – In E Minor (posth.)

Artur Rubinstein – Piano

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