Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Violoncelo e Piano (Alisa Weilerstein, Inon Barnatan)

Como comentei em postagem anterior dedicada a Brahms, que tinha Yuja Wang e Gautier Capuçon envolvidos, sempre é bom ter sangue novo em um repertório tão tradicional e gravado quanto essas Sonatas de Beethoven. Curiosamente, após o hercúleo trabalho de nosso querido Vassily dedicado a Beethoven, não trouxemos outras gravações dessas obras, afinal de contas elas estavam muito bem representadas naquela série. Pretendo, nesta postagem, preencher essa lacuna de dois anos, afinal, foram muitas as gravações realizadas destas sonatas.

Alisa Weilerstein é uma violoncelista norte americana, nascida em 1982 (este que vos escreve já era um fã incondicional de Beethoven naquela época) e que vem se destacando nos palcos do mundo inteiro e também com gravações onde podemos ainda mais admirar seu talento e versatilidade. Recentemente foi capa da revista Gramophone, que destacava exatamente essa gravação que ora vos trago. Assim o CD nos é apresentado pelo resenhista da revista, Andrew Farach-Colton:

For her new Beethoven cello sonatas album, Alisa Weilerstein has characteristically absorbed
other interpretations before throwing it all away to find her own path“.

E são tantas as opções no mercado que até podemos nos perder no meio de tantas opções. Esse sangue novo, representado por Alisa, que recém completou 40 anos de idade, e pelo excelente pianista israelense/americano Inon Barnatan,  nos trouxe um sopro de renovação. Pierre Fournier, Rostropovich, Starker, são muitos os nomes com que nos acostumamos a ouvir quando tratamos destas sonatas. Com certeza todos deram sua contribuição, ajudando a solidificar a importância destas obras. Lembro de Rostropovich / Richter no famoso LP duplo da Philips, que comprei e tenho até hoje, trinta e poucos anos depois. E como ouvi esse disco …

As Sonatas de op. 5 ainda são obras de formação de uma personalidade própria do gênio bethoveeniano, podemos sentir o desapego ao classicismo, apesar de ainda enxergarmos nela as influências de Mozart e de Haydn. Já a partir da Sonata de nº 3, de op. 69, obra da maturidade, conseguimos identificar o Beethoven que aprendemos a amar e admirar. Força, determinação, um diálogo de igual para igual entre os solistas, e os laços com o classicismo já estão rompidos, e a linguagem revolucionária de sua escrita já prevalece. Pertencem ao período chamado de heróico pelos biógrafos de Beethoven.

As Sonatas de op. 102 já nos trazem um compositor consolidado, mais do que nunca ciente de sua importância na história da música.

1. Beethoven Cello Sonata No. 1 in F Major, Op. 5 No. 1 I. Adagio sostenuto – II. Allegro
2. Cello Sonata No. 1 in F Major, Op. 5 No. 1 III. Rondo. Allegro vivace
3. Cello Sonata No. 2 in G Major, Op. 5 No. 2 I. Adagio sostenuto ed espressivo
4. Cello Sonata No. 2 in G Major, Op. 5 No. 2 II. Allegro molto più tosto presto
5. Cello Sonata No. 2 in G Major, Op. 5 No. 2 III. Rondo. Allegro
6. Cello Sonata No. 3 in A Major, Op. 69 I. Allegro ma non tanto
7. Cello Sonata No. 3 in A Major, Op. 69 II. Scherzo. Allegro molto
8. Cello Sonata No. 3 in A Major, Op. 69 III. Adagio cantabile – Allegro vivace
9. Cello Sonata No. 4 in C Major, Op. 102 No. 1 I. Andante – Allegro vivace
10. Cello Sonata No. 4 in C Major, Op. 102 No. 1 II. Adagio – Allegro vivace
11. Cello Sonata No. 5 in D Major, Op. 102 No. 2 I. Allegro con brio
12. Cello Sonata No. 5 in D Major, Op. 102 No. 2 II. Adagio con molto sentimento d’affetto
13. Cello Sonata No. 5 in D Major, Op. 102 No. 2 III. Allegro

Alisa Weilerstein – Cello
Inon Barnatan – Piano

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