Hermann Goetz (1840-1876): Concertos para Piano Nº 1 & 2 (Banfield / Albert)

Fechando esta dupla de postagens dedicadas a românticos obscuros — a outra é esta –, lá vai um CD verdadeiramente excelente. Goetz, sim, Goetz. Quando você quiser impressionar alguém, diga que você é fascinado pelo sabor mendelssohniano de seu primeiro concerto e com o caráter lírico e nostálgico do segundo que, como disse um comentarista, parece prenunciar o fim do romantismo. Se a pessoa não conhecer Goetz, faça cara de surpresa e sugira que quem não conhece o compositor… Bem, o que importa é ter saúde, né? Diga também que Goetz é uma mistura de Beethoven, Mendelssohn e Schumann e não esqueça da cara de louco de Goetz (veja abaixo).

Hermann Goetz (1840-1876): Concertos para Piano Nº 1 & 2

Concerto No.1 in E flat
01. Andante – Allegro 7:06
02. Adagio – Tempo I 12:18

Concerto No.2, Op.18
03. Massig bewegt 14:46
04. Massig langsam 11:05
05. Langsam – Belebter 11:14

Volker Banfield, piano
Radio Philarmonie Hannover des NDR
Werner Andreas Albert

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Goetz tinha um ar meio songamonga, não?

PQP

19 comments / Add your comment below

  1. Hum…também caí nessa frescura do JDownloader. E acho que não é caso de ser songamonga nem traumatizado, o cara era desprovido de boniteza e aí saiu mal na foto…

  2. PQP, você é o Cumpade Washington (aquele menino lindo do grupo É o Tchan!) da música erudita (isso não é uma ofensa). Antes, as pessoas não rebolavam tão desavergonhadamente em público. Hoje mexem e reboleiam com poucas vergonhas… Falar tão despretensiosamente e, simultaneamente, precisa e apaixonadamente, da música erudita, eis o rigor do remelexo. Música erudita para as massas, isso é que é a autêntica vulgarização do erudito. Sou fã desse negócio aqui. Longa vida ao PQP!

  3. Caros melomanos do PQP,

    Já que estamos falando de compositores obscuros que tiveram grande influência dos grandes mestres, fica a minha sugestão: – Alguém de vocês tem as sinfonias do Richard Wetz que foi discipulo de Bruckner. Suas sinfonias estão impregnadas daquele espirtualismo bruckneriano, vale a curiosidade.

    Outro, mas que está diametralmente oposto, é o Hans Rott que influenciou fortemente, nada mais, nada menos, que Gustav Mahler. Escutem sua Sinfonia em Mi maior e sua Suite Sinfonica. Mahler fez diversas referências dessas obras nas suas sinfonias nºs. 1, 2 e 5.

    Além disso, Mahler afirmou que ele era o fundador da Nova Sinfonia.

    Um abraço!

    1. Hans Rott! Dei com o nome desse cara há pouco tempo e fiquei interessado por sua história. Ele tinha um futuro promissor – tanto o quanto o próprio Mahler – mas acabou se matando, sendo um dos motivos, pasmem, uma crítica que Brahms, que não o julgava bom o suficiente para a composição.

      1. OPA, calmae, se matar é invenção da minha memória. O caso com Brahms é mudou o estado mental do cara, que ficou totalmente abalado:

        “Final years

        Rott’s mind snapped in October 1880, whilst on a train journey. He was reported to have threatened another passenger with a revolver, claiming that Brahms had filled the train with dynamite. Rott was committed to a mental hospital in 1881, where despite a brief recovery, he sank into depression. By the end of 1883 a diagnosis recorded ‘hallucinatory insanity, persecution mania—recovery no longer to be expected.’ He died of tuberculosis in 1884, aged only 25. Many well-wishers, including Bruckner, attended Rott’s funeral at the Zentral-Friedhof in Vienna.” (da Wikipedia)

  4. Caro Pqpbach,
    obrigado por me apresentar essa música desconhecida. Uma pergunta: vocês aí têm a integral das sinfonias de Schumann com o Kurt Masur? É que nos idos dos anos 80, no tempo do K-7, veio-me às mãos uma gravação das sinf. 3 e 4 com a Gewandhaus de Leipzig e eu fiquei hipnotizado com a leitura dessa última sinfonia. Nunca mais a achei em cd…
    Grato, abraços à turma toda aí!

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