Francis Poulenc
Música para Piano
Charles Owen, piano
im-PER-DÍ-VEL!!
Nestes dias de notícias tão alarmantes, de tantas preocupações, verdadeiras atribulações, encontrar uns pedacinhos de alegria ao se reunir com amigos, em receber notícias pessoais que podem ao mesmo tempo alarmar e alegrar, servem como um refrigério.
Nesta lista de coisas que têm me ajudado a sorrir estão a visita da neta, uma ou outra reunião com amigos e familiares e, é claro, a música.
Este disco poderia muito bem ter me escapado entre as muitas tentações que abarrotam minha pasta de música. O selo e o pianista são ingleses e a música, mais francesa impossível. Mas foi amor à primeira audição e quando isso acontece, a postagem acaba acontecendo.
Um disco inteiramente dedicado a peças de Francis Poulenc. E vejam que ele mesmo não as tinha em alta estima. No entanto, esta coleção de peças curtas revela aspectos típicos de sua música, como um que de nostalgia, bastante leveza e muita elegância. Para que essa magia possa ser totalmente revelada é preciso um intérprete sensível, além de competente. Veja que beleza são as Trois Novelettes, passando por diferentes tipos de humor. Outra preciosidade é a suíte Napoli, com uma barcarolle, um noturno e um capricho italiano. Segundo o próprio Charles Owen: “Uma das grandes alegrias ao tocar este repertório é a necessidade de recapturar a joie de vivre inerente nestas composições”.
Em uma pequena entrevista na BBC Music Magazine, ele revelou algumas peças musicais de que gosta por razões especiais. A Sonata para Piano em lá menor, D 845, de Schubert, o Concerto para Violino de Elgar, o ciclo de Lieder Frauenliebe und -leben, de Schumann, além da ode pastoral L’Allegro, il Peseroso ed il Moderato, de Handel, finalizando com a ópera A Raposinha Esperta, de Janáček.
Estas escolhas se devem a momentos especiais em sua vida, como foi o caso da sonata de Schubert. Aos 13 anos, quando era aluno da Menuhin School, assistiu a um concerto da pianista Imogen Cooper que interpretou esta sonata, deixando-o muito impressionado. Posteriormente Charles tornou-se aluno de Imogen. Você pode já imaginar que a conexão com o Concerto de Elgar se deu através do violinista Yehudi Menuhin. Mas, chega de spoilers, vá em busca da entrevista para descobrir o resto. Além disso, não quero tomar mais de seu tempo, ande, vá logo em busca do download. Tenho certeza que, mesmo ao ouvir este disco uma só vez, vai lembra-se dele com um sorriso.
Francis Poulenc (1899 – 1963)
Les Soirées de Nazelles
- Preambule
- Cadence
- Variation 1: Le comble de la distinction
- Variation 2: Le coer sur la main
- Variation 3: La desinvoltue et la discretion
- Variation 4: La suite dans les idees
- Variation 5: Le charme enjoleur
- Variation 6: Le contentement de soi
- Variation 7: Le gout du malheur
- Variation 8: L’alerte vieillesse
- Cadence
- Finale
Napoli – suite for piano
- Barcarolle
- Nocturne
- Caprice Italien
Mélancolie
- Mélancolie
Novelettes
- Novelette No. 1 em dó maior: Modere sans lenteur
- Novelette No. 2 em si bemol menor: Tres rapide et rythme
- Novelette No. 3 em mi menor: Andantino tranquillo
Improvisations
- Improvisation No. 1 em si menor
- Improvisation No. 2 em lá bemol maior
- Improvisation No. 3 em si menor
- Improvisation No. 4 em lá bemol maior
- Improvisation No. 5 em lá menor
- Improvisation No. 6 em si bemol maior
- Improvisation No. 7 em dó maior
- Improvisation No. 8 em lá menor
- Improvisation No. 9 em ré maior
- Improvisation No. 10 em fá mior, “Eloge des gammes”
- Improvisation No. 11 em sol menor
- Improvisation No. 12 em mi bemol maior, “Hommage a Schubert”
- Improvisation No. 13 em lá menor
- Improvisation No. 14 em ré bemol maior
- Improvisation No. 15 em dó menor, “Hommage a Edith Piaf”
Charles Owen, piano
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FLAC | 269 MB
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 187 MB
A magical album. Charles Owen empathises closely with Poulenc’s elusive idiom catching its delicacy and insouciance brilliantly. An album to cherish and one that will undoubtedly figure highly in my recital discs of 2005. [MusicWeb International]
Owen’s playing is marvellously alive. Where there are nuances, he finds them; where Poulenc plays the vulgarian (oh so aristocratically!), there too Owen is on the mark. Add to that a lovely ear for balance and fingers that are more than capable of these twisting exercises, and you have enjoyment at a high level. [Gramophone 2004]
Aproveite!
René Denon