Kaija Saariaho (1952): Six Japanese Gardens / Trois Rivières Delta

saariahoFala Saariaho:

Seis Jardins Japoneses é uma coleção de impressões sobre os jardins que vi em Kyoto durante a minha estadia no Japão, no verão de 1993 e minhas reflexões sobre o ritmo naquela época.

Como o título indica, a peça é dividida em seis partes. Cada uma destas partes tem a aparência de um material específico rítmico, a partir da primeira parte simples, em que a instrumentação principal é introduzida, usando figuras polirrítmicos em ostinato ou complexas, com alternância de material rítmico e colorístico.

A seleção dos instrumentos tocados pelo percussionista é voluntariamente reduzido para dar espaço para a percepção das evoluções rítmicas. Além disso, as cores reduzidas são estendidas com a adição de uma parte eletrônica, em que ouvimos os sons da natureza, canto ritual, e instrumentos de percussão gravados no Colégio Kuntachi de Música. As seções já misturadas são acionados pelo percussionista durante a peça, a partir de um computador Macintosh.

Todo o trabalho para o processamento e mistura do material pré-gravado foi feito com um computador Macintosh no meu home studio. Algumas transformações são feitas com os filtros ressonantes no programa CANTO, e com o SVP Phaser Vocoder. Este trabalho foi feito com Jean-Baptiste Barrière. A mistura final foi feita com o programa Protools com o auxílio de Hanspeter Stubbe Teglbjaerg.

A peça é encomendada pela Academia Kunitachi de Música e dedicada a Shinti Ueno.

Kaija Saariaho (1952): Six Japanese Gardens / Trois Rivières Delta

Six Japanese Gardens (1993) 16m03s
1 Tenju-an Garden of Nanzen-ji Temple 3m12s
2 Kinkaku-ki (Golden Pavillon) 1m20s
3 Tenryu-ji (Dry Mountain Stream) 3m03s
4 Ryoan-ji (Sand Garden) 2m20s
5 Saiho-ji (Moss Garden) 2m48s
6 Daisen-in (Stone Bridges) 3m10s

7 Trois rivières Delta (1993) 14m14s
7 1 3m45s
8 2 6m36s
9 3 3m53s

Thierry Miroglio, percussion

Total duration: 30m17s

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Saariaho: belezas orientais
Saariaho: belezas orientais

PQP

3 comments / Add your comment below

  1. Excepcional!
    Pela descrição, seria de se imaginar algo como Stockhausen, mas nada disso. Música vivíssima!, como a de Bali, Java etc, e mais interessante, em alguns momentos, que os japoneses Toru Takemitsu e Akira Ifukube.

  2. Excepcional!

    Pela descrição, seria de se imaginar algo como Stockhausen, mas nada disso. Música vivíssima!, como a de Bali, Java etc, e mais interessante, em alguns momentos, que os japoneses Toru Takemitsu e Akira Ifukube.

  3. Ao ler “Jardins Japoneses”, foi exatamente em Toru Takemitsu que pensei, mas se o que o André disse for verdade, vou adorar ouvi-la, pois Takemitsu me decepciona um pouco no poder de atração sentimental, embora seja bastante hipnótico.

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