.: interlúdio :. Milt Jackson & John Coltrane – Bags & Trane

51lRi9eV21L._SL500_AA280_A primeira vez em que ouvi esta versão de “Be-Bop” foi em uma coletânea, um LP duplo, e fiquei impressionado. E não poderia deixar de ficar, afinal foi esta lendária música que nomeou o ritmo de jazz que se tornaria famoso no mundo inteiro, e que revelou gente com Dizzie Gillespie, Charlie Parker, Miles Davis, Coltrane entre tantos outros. E o que Coltrane e Jackson fazem aqui é de arrepiar.
Milton Jackson e John Coltrane são duas lendas no mundo do jazz, disso ninguém em sã consciência duvida. E o resultado da parceria desta dupla só poderia ser esse disco, “Bags & Trane”, fácil, fácil, classificável como um dos melhores discos de jazz gravados na história da indústria fonográfica. Ele é tão perfeito que fica difícil qualquer comentário, a única coisa que posso dizer aos senhores é para ouvir e ouvir e ouvir, e não esqueçam de ouvir inteiro, novamente, para preencherem seus cérebros com o que de melhor produziram dois dos maiores gênios da música do século XX.  Lhes garanto que após sua audição irão enxergar o mundo com outros olhos, e um sorriso lhes vai brotar nos lábios quando lembrarem que quando chegarem em casa, este disco vai estar lhes esperando para ser ouvido, novamente.

Milt Jackson & John Coltrane – Bags & Trane

1 Stairway to the Stars (Matty Malneck, Mitchell Parish, Frank Signorelli)
2 The Late Late Blues (Milt Jackson)
3 Bags & Trane (Milt Jackson)
4 Three Little Words (Harry Ruby)
5 The Night We Called It a Day (Matt Dennis, Tom Adair)
6 Be-Bop (Dizzy Gillespie)
7 Blues Legacy (Milt Jackson)
8 Centerpiece” (Sweets Edison, Bill Tennyson)

Milt Jackson (vibraphone)
John Coltrane (tenor saxophone)
Hank Jones (piano)
Paul Chambers (bass)
Connie Kay (drums)

Recorded: January 15, 1959 – Atlantic Studios, New York City
Released: July 1961

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Milt Jackson (1923-1999)

FDP Bach (postagem original, 2014) / Pleyel (repostagem, 2023)

2 comments / Add your comment below

  1. Sou do tempo em que se invejava a coleção de discos (muitos 78RPM) de Jorge Guinle, falecido há 10 anos. Soube que ele gastava muito os discos de tanto ouvir.
    É importante seu livro “Jazz Panorama” (1953), primeiro livro sobre Jazz no Brasil, reeditado em 1959 e 2003. Tem ótima discografia antiga.
    Hoje é só alegria, ninguém precisa ter inveja dele. E até se tem acesso a gravações que nem ele tinha. Democracia é isso!
    Além desse livro sujiro “A Pequena História do Jazz, de Sérgio Porto” (ou Stanislaw Ponte Preta) e principalmente “Jazz” de Rex Harris, cuja discografia é um espanto

    1. Alô, Fausto. Ótima citação ao livro de Guinle. É notável a riqueza do livro escrito naquela época. Até quando foi lançado o livro traz um rol de grupos e artistas, eu diria, completo, desde os primórdios do século XX. Queria que Guinle tivesse vivido muito mais e escrito muito mais. Ele merecia. E como adorava e conhecia o jazz!

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