Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto No.1 in D minor Op.15

Link revalidado por PQP especialmente para uma amiga.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O Concerto no. 1 de Brahms para piano e orquestra é uma das coisas mais avassaladoras que eu conheço em matéria de música. As notas iniciais são um torrente de drama, desespero e tensão. Mas, aos poucos a paisagem vai serenando, ganhando contornos suaves, mansamente idílica. O que segue até o final não pode ser retratado com as palavras. Este concerto é uma bela metáfora do que é a vida – tensa, dramática, mas cheia de encantos selvagens e, quiçá, paraísos. Toda metáfora é um salto sobre o abismo. É ver o mundo iluminado pela chama de uma vela. Os contornos são tenebrosos, poucos divisáveis, mas enquanto caminhamos vamos construindo intuições. Ouvi este concerto já por três vezes desde ontem à noite e fiquei com a sensação de algo grande. Restou-me apenas o desejo de compartilhá-lo. Afinal, Brahms merece nossas mais veneradas impressões. Um bom deleite!

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto No.1 in D minor Op.15

Piano Concerto No.1 in D minor Op.15
01. 1. Maestoso
02. 2. Adagio
03. 3. Rondo. Allegro non troppo

Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente
Krystian Zimerman, piano

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Carlinus

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  1. “Toda metáfora é um salto sobre o abismo. É ver o mundo iluminado pela chama de uma vela. Os contornos são tenebrosos, poucos divisáveis, mas enquanto caminhamos vamos construindo intuições”.
    Comentário digno da obra em questão, cuja introdução é, na minha opinião, a mais plena aparição do sublime em música. Parabéns, Carlinus!

  2. Reforço o elogio do Hipólito: texto digno da grandeza da obra postada. O Carlinus é um esteta, preocupado não só com a poesia do texto em si, mas também com sentido mais apurado. Coloca em palavras muito do que sentimos, porém não temos a capacidade de … colocar em palavras. Sinto uma saudável inveja destes textos, e procuro muitas vezes me inspirar neles para produzir os meus.
    Com relação á postagem, falar o quê? Brahms, Zimmerman, Rattle… curioso seria postarmos a primeira gravação deste mesmo concerto com o mesmo Zimermann, com o Bernstein, realizada nos anos 70, para vermos o quanto este extraordinário pianista evoluiu. Pensarei atentamente no assunto. E claro, espero ansiosamente a gravação do segundo concerto com essa mesma dupla.

  3. Senhores, todos estão estão de parabéns, este blog é uma maravilha, sem dúvida o melhor do mundo. Aproveitando o ensejo gostaria de pedir (pode ser implorar)ao CDF revalidar o link do Pierrot Lunaire com a transcrição de BACH BWV552 ja que ele escutou mais de 200 vezes e eu nenhuma.

  4. Viajei na maionese… já postei os dois concertos de Brahms com o Zimerman e o Bernstein. Os interessados podem procurar na lista de compositores aí ao lado.

  5. Carlinus sou maranhense. Soube por uns que houve muitos gênios marnheses em outras áreas. Soube tambem que houve compositores eruditos( mas não conheço um sequer). Você saberia dizer algum. tento procurar mas não encontro nada a respeito, nem na Wikipédia.

  6. Prezado Carlinus, é a primeira vez que comento em uma de suas postagens, ainda que já as acompanhe há um tempo. Obrigado por postar esta belíssima obra em uma gravação inédita para mim, sem dúvidas alegrará (na falta de verbo melhor…) esta noite de sábado!
    Parabéns pelo excelente trabalho (com textos muito bem escritos) aqui neste blog, que indubitavelmente é o melhor do mundo, parafraseando o colega Luiz F. ali em cima.

  7. Descobri a pouco tempo esse Concerto pra piano e fiquei apaixonado, ouço a interpretação de Helene Grimaud e fico arrepiado, gosto muito da Berliner Philharmoniker e da regência do Sir Simon Rattle, embora não seja o maior fan das interpretações de Zimerman.

    Mas tenho a ligeira impressão de que vou apreciar muito esta postagem, muito obrigado!

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