Richard Strauss (1864-1949) – Vida de Herói (Ein Heldenleben) e Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 6 em Lá menor – "Trágica"

Achei por bem postar o ensaio abaixo sobre Mahler e Richard Strauss – DAQUI. É bastante elucidativo. O CD abaixo, com regência de Barbirolli, é para ouvir e cair de joelhos em preces apaixonadas. É algo que aturde. Vida de Herói de Strauss é uma beleza de profundidade e rigor orquestral a nos provocar os sentidos. FDP havia postado no início do ano passado uma versão da obra de Strauss que parece aqui com Jarvi. Julgo que essa versão com o Barbirolli seja fatal. Tenho uma outra versão com o Carlos Kleiber, gravada ao vivo que qualquer dia surgirá aqui no PQP Bach. Boa apreciação!

PROFETAS DA MODERNIDADE

GUSTAV MAHLER e RICHARD STRAUSS precederam as vanguardas do início do século pontuando os limites da música tonal. Este ensaio exclusivo revela a extrema coerência de suas opções estéticas e revela as faces de heróis psíquicos.

FILIPE W. SALLES


Richard Strauss e Gustav Mahler foram duas personalidades muito próximas. Ambos eram excelentes orquestradores, regentes e produtores de concertos. Foram amigos, eram conterrâneos e pareciam buscar, através de suas músicas, a mesma coisa: o auto-conhecimento. Diferenças, apenas quanto ao estilo e à forma: Strauss optou pelo poema sinfônico e pela ópera; Mahler pela sinfonia e pela canção. Talvez não exista música mais pessoal e intimista que a de Mahler, com a possível exceção de Richard Strauss. O contrário também serve. Os traços que constituem ambos os estilos, épico em Strauss e melodramático em Mahler, são marcados pela presença de um protagonista, explícito em Strauss e implícito em Mahler. Este protagonista, a quem nos dois casos serve a denominação de “herói”, é claramente apresentado na obra de Strauss, sendo ele motivo dos temas e títulos de seus principais poemas sinfônicos, “Don Juan”, “Macbeth”, “Morte e Transfiguração”, “Till Eulenspiegel”, “Don Quixote”, e até mesmo no “Assim Falou Zarathustra”. No caso de Mahler, as referências são menos diretas.

O herói é uma personificação arquetípica (e no caso de Strauss, muitas vezes literária), podendo figurar como “extensão” do ego. Extremamente explícito em Strauss, é levado às últimas conseqüências na “Vida de Herói” e na “Sinfonia Doméstica”. Nos dois casos temos um Strauss experiente e maduro pondo toda a energia de seus anseies num forno – e servindo-os no prato da grande orquestra.

Mahler, talvez até inconscientemente, envereda por caminhos semelhantes no que diz respeito ao uso da grande orquestra romântica, mas de uma forma incontestavelmente mais problemática. Não se contenta em apresentar o problema com uma solução já prevista (como é o caso da música de programa): ele fornece o problema e procura resolvê-lo no próprio processo criador. Por esse motivo, suas sinfonias são colossos modernos, titãs adormecidos que escondem tesouros do inconsciente. Sua mais curta sinfonia tem entre 50 e 54 minutos. Sua mais longa chega a 100 minutos. Se Strauss foi objetivo o suficiente para ir direto ao poema sinfônico descrever suas emoções, Mahler seguiu o caminho oposto, subjetivando a forma – até então “absoluta”- da sinfonia. Mahler nunca explicitou “sinfonia descritiva” ou “absoluta”. “A sinfonia”, segundo Mahler, “deve abranger tudo”.

Sua Primeira Sinfonia, a “Titã”, tem, inegavelmente, um Programa mais ou menos definido, assim como a Segunda e a Terceira, Mas podemos ouvir a “Titã” sem nenhum conhecimento de seu programa. O efeito será o mesmo. Talvez isso não funcione na imensa Terceira, mas trata-se de um caso à parte. Da mesma forma, a “absoluta” Quinta Sinfonia, que dispensa qualquer argumento extra-musical, tem a mais típica estrutura descritiva de Mahler: “Tragédia-Consolação-Triunfo”, presentes de forma clara também na Primeira, Segunda, Terceira, e Sétimas sinfonias. Richard Strauss estabelece parâmetros diametralmente opostos. Em quase todos os seus poemas sinfônicos, o herói começa em plena atividade, a desenvolve de acordo com o argumento, e finalmente morre, numa metáfora da antecipação do inevitável. “Don Juan”, seu primeiro poema sinfônico, já inicia seus acordes num frenético “Triunfo”, onde o desenrolar orquestral gira em torno deste ideal, indo cair na tragédia de forma brusca e incontestável. A estrutura para Strauss seria “Triunfo-Degustação-Tragédia”. Tragédia que, vinda de Strauss, não é idêntica à de Mahler. A tragédia de Mahler está ligada à angústia, ao sofrimento, e aos aspectos Psicológicos que determinam estes estados – fruto de conflitos pessoais e, por este motivo, distantes de uma realidade cotidiana. A tragédia de Strauss tem mais um espírito de realidade, de fatos concretos e consumados. “Till Eulenspiegel” ilustra com maestria esta metáfora, onde a morte de Till nada mais é do que uma conseqüência lógica do contexto na história. Não chega a ser uma “tragédia” propriamente, mas uma conformação com a realidade. “Morte e Transfiguração” vai pelos mesmos caminhos, sendo a morte do protagonista justamente o triunfo da obra, o objetivo final da própria vida.

Mahler está longe de encarar a morte de forma tão otimista, embora procure sempre estabelecer aspectos místicos, como uma, espécie de compensação pelo seu inconformismo – caso, por exemplo, da Segunda Sinfonia, a da Ressurreição. O principal fator que determina esta diferença de enfoque na obra de Mahler e Richard Strauss talvez seja a escolha do herói. É fato que ambos se projetam em suas peças, algo como autobiografias musicais. Mas enquanto Strauss procura resolver-se externamente, enfrentando cara-a-cara a realidade, Mahler trava uma luta constante consigo próprio, subvertendo a realidade através da reação emocional que lhe espelha o mundo. São visões bastante antagônicas: é como se Strauss observasse o mundo e respondesse a ele exatamente como o vê e interpreta, ao passo que Mahler observa, sente, relaciona, interpreta e reage, dando a suas sinfonias uma duração que freqüentemente ultrapassa os 70 minutos de execução. Talvez por isso Strauss tenha dado preferência no poema sinfônico, forma muito mais livre que a sinfonia e de caráter mais sucinto. O mais curto poema sinfônico de Strauss, “Till Eulenspiegel”, tem algo em torno de 15 minutos, e o mais longo, “Vida de Herói”, 45.

Há extrema coerência, em ambos, na escolha de suas formas de expressão. Um poema sinfônico como os de Strauss certamente não comporta tanta informação como as sinfonias de Mahler – e estas nunca conseguiriam ser claras e objetivas como os poemas de Strauss sem cair numa extrema redundância. Ambos contornam facilmente estas possíveis aberrações estéticas numa simples escolha inteligente do meio correto de utilizar a música.
A estrutura de narração de Mahler (tragédia, consolação, triunfo), é visivelmente modificada, sutil ou abruptamente, na Quarta, Sexta, Oitava e Nona sinfonias. Destas, apenas a Sexta e a Oitava são abruptas, a Sexta é inteiramente trágica e angustiante, ao passo que a Oitava é triunfal e otimista do começo ao fim. A Quarta é um meio termo, uma sinfonia que parece não tomar muito partido desta relação, pois está montada sobre um afresco extremamente original de melodias brilhantemente orquestradas, cuja intenção é justamente espelhar uma espécie de ingenuidade infantil. A Nona é indefinível. Pertence a um universo abstrato, místico, transcendente. Um universo de um compositor que esgotou as possibilidades estruturais padronizadas pelo próprio estilo e busca, através dele, vislumbrar outras dimensões. Processo semelhante ao que ocorre no “Das Lied von der Erde”, ciclo de canções sobre poemas chineses onde a estrutura também é subvertida, sendo a última parte um canto de despedida que Mahler interpretou como o de sua própria vida.

Tudo aquilo que é problemático para Mahler parece ser bastante natural para Richard Strauss. Strauss sempre tratou a psicologia do inconsciente através do argumento de suas obras, e não propriamente do material musical. Fez uma música puramente objetiva, de clareza incomparável, que hesita em se estender nos devaneios contrastantes típicos de Mahler. “Also Sprach Zarathustra” talvez seja o melhor exemplo da relação Strauss/Mahler, porque ambos esboçaram gigantescos afrescos sinfônicos sobre o texto de Nietzsche em épocas muito próximas. A intenção de Strauss era clara: não queria transformar filosofia em música, mas tentar exprimir a idéia do conflito homem-natureza e sua evolução até o nascimento do super-homem nietzschiano (“Übermensch”). Mahler já transcende a descrição sonora de um ideal para um problema puramente existencial, não descrevendo-o musicalmente, mas sim traduzindo suas sensações interpretadas e relacionadas em todo o seu esdrúxulo inconsciente. Assim, a Terceira Sinfonia de Mahler, que se utiliza em seu 4o movimento de um trecho para contralto do Zarathustra, possui todo um contexto maior, relacionado também às lembranças da infância (As marchas, as canções do Wunderhorn), à associação com a morte e o amor, sugerindo uma interpretação muito mais pessoal do texto de Nietzsche do que a de Strauss. Strauss pensava de uma forma mais sintética, pois o próprio argumento de seus poemas já traduzia determinada opinião.

Talvez por toda esta série de diferenças, a obra de Strauss é freqüentemente considerada mais superficial. Erro beócio: a obra de Strauss simplesmente narra uma situação psicológica ou uma ação através de uma projeção do ego num herói, ao passo que em Mahler o herói é a própria música. A narração de Strauss é em terceira pessoa, e a de Mahler é em primeira. Uma simples diferença de perspectiva. A música de Mahler é intimista, a de Strauss é pictórica, e dá mais amplitude a diferentes interpretações relacionadas ao mundo das imagens e das palavras. Mahler é mais hermético. Incontestavelmente, Richard Strauss foi um mestre da orquestração que sabia colocar números extraordinariamente grandes de instrumentos e tratá-los com uma naturalidade camerística, ao passo que Mahler custou um pouco a desprender-se da grandiloqüência wagneriana dos efeitos de massa (típicos da Segunda e Terceira sinfonias) até atingir um refinamento que já era nítido no “Don Juan” de Strauss. O caso Mahler/Strauss é particularmente interessante porque ambos tiveram a oportunidade de acompanhar o crescimento um do outro, bebendo em fontes muito próximas (Beethoven, Wagner, Bruckner), mas sem perder suas particularidades.

Mahler morreu em 1911 e Strauss em 1949, mas seu último “poema sinfônico”, (ainda que chamado de sinfonia), a “Sinfonia Alpina”, é de 1914, sendo portanto a produção de poemas tonais (e não de óperas) que vai de encontro à comparação com a obra de Mahler. Estes dois mestres absolutos da forma e da orquestração foram os últimos patamares da música puramente tonal, que logo em seguida seria totalmente desestruturada por Schoenberg e Stravinsky. Talvez seja chegada a hora de reavaliar a importância de Mahler e Strauss, pois foram eles os últimos mestres antes da escola dodecafônica, onde a música erudita perdeu grande parte de seu público, que voltou às origens de Bach e Mozart. Afinal, além da questão tecnológica e social (e claro, considerando o mundo hoje consumido pela comunicação), poucas diferenças existem entre o fim-de-século deles e o nosso. Seria superestimar a arte de ambos considerá-los profetas da modernidade?

Disco 1

Richard Strauss (1864-1949) – Vida de Herói (Ein Heldenleben)

01. Ein Heldenleben – Das Held
02. Ein Heldenleben – Des Helden Widersacher
03. Ein Heldenleben – Des Helden Gefährtin
04. Ein Heldenleben – Thema der Siegesgewissheit
05. Ein Heldenleben – Des Helden Walstatt
06. Ein Heldenleben – Des Helden Walstatt_ Kriegsfanfaren
07. Ein Heldenleben – Des Helden Friedenswerke
08. Ein Heldenleben – Des Helden Weltflucht und Vollendung
09. Ein Heldenleben – Entsagung

London Symphony Orchestra
Sir John Barbirolli

Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 6 em Lá menor – “Trágica”

10. I. Allegro Energico, Ma Non Troppo; H

Disco 2

01. II. Andante moderato
02. III. Scherzo. Wuchtig
03. IV. Finale. Allegro moderato – Allegro energico

New Philharmonic Orchestra
Sir John Barbirolli

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Carlinus

16 comments / Add your comment below

  1. Sir John Barbirolli foim um dos maiores regentes do séc. XX com certeza, e seu Mahler é reverenciadíssimo pelos grandes especialistas. Mas reconheço que não conheço esse seu Strauss. Ouvirei com atenção.

  2. Interessante artigo, mas a perda de popularidade da música erudita no século XX, ao contrário do que normalmente se diz, não se deu por culpa do compositor X ou Y, mas à gradual substituição da cultura erudita pela cultura de entretenimento de massas.

    O próprio autor do artigo diz que “além da questão tecnológica e social (e claro, considerando o mundo hoje consumido pela comunicação), poucas diferenças existem entre o fim-de-século deles e o nosso”. Porém, a “questão tecnológica e social e ‘o mundo consumido pela comunicação'” são exatamente o que fazem toda a diferença…

    No século XIX, os jovens europeus devoravam alta literatura, teatro, óperas, aprendiam a tocar instrumentos musicais, frequentavam salões onde era executada música de câmara e cultivavam o que chamavam de “vida interior”. Não haviam gravadoras (as editoras de partituras é que tinham alguma importância..), rádio, televisão, cinema, internet, indústria “cultural” como se conhece hoje.

    As transformações sociais e econômicas decorrentes das grandes guerras, das novas tecnologias e meios de comunicação de massa, tiveram impacto muito maior no gosto musical da civilização ocidental, principalmente a partir dos anos 1940, do que a influência do dodecafonismo ou qualquer compositor.

    Basta lembrar que o Jazz que fez muito sucesso nos anos 1950 e 1960 normalmente não obedecia à harmonia tradicional; que o rock progressivo/experimental e a música eletrônica dos anos 1970 em diante muitas vezes são muito mais próximos de Stockhausen que da tradição clássica/romântica.

    Em uma atitude um pouco mais provocadora, eu poderia dizer que a maior parte da culpa é do próprio ouvinte, que já há um bom tempo consome o que a indústria cultural lhe diz para consumir, seja Ivete Sangalo, Luciano Huck, reality shows, DJ Tiesto… em qualquer classe social ou grau de instrução.

    Não dá pra dizer ou insinuar que “a culpa pela perda de público da música erudita é da escola dodecafônica”. O buraco é bem mais embaixo.

  3. Também estranhei a constatação que este artigo faz… Ele dá a entender que a vertente dodecafônica é a única que surgiu, dominando toda a música erudita desde então.
    Mas, ora, temos Prokofiev, Shostakovich, Stravinsky, Britten, o pessoal do minimalismo… Há também a aproximação da música erudita com a popular e não apenas o contrário.

  4. Caros amigos gostaria de deixar umas ideias sobre os temas apresentados.

    Mahler oscilou entre dois pólos.

    De um lado o seu idealismo exacerbado. A música impôs-se como uma urgência messiânica na sua adolescência. Sonhava com a glória na capital imperial, considerava Viena o apogeu da sua vida. A ânsia de poder limitava-se ao objectivo de querer a aliança de todas as artes, tal com profetizou Wagner. A Ópera Real seria o seu instrumento. Para tal estava disposto ao martirio e até a abdicar do judaísmo, ”converteu-se” ao cristianismo……Era um escravo da sua missão e esperava que todos os que com ele trabalhavam , também o fossem. Praticamente não tinha vida social. Ou estava na Ópera ou só……..
    Na sua missão permitia-se ”arranjar e adaptar” partituras de outros para melhorá-las. Nas suas obras impôs uma limitação ferrea à interpertação, ao anotar copiosamente, cada página, com detalhadas indicações de expressão, de modo a garantir que fossem interpertádas sempre da mesma forma.

    De outro lado, a dura realidade da vida………
    Quando chegou a Viena, não passava de Kapellmeister, judeu rural, baixinho e feio, oriundo de uma cidadezinha Tcheca da orla do império.
    Trazia na bagagem os seus traumas de infância e sentimento de mal-amado.

    Viena não o aceitou. Porém ao ser nomeado diretor da Ópera achou-se um verdadeiro herói.

    A sua obra balança como um pêndulo. Oscila entre o extâse, euforia, e heroísmo, do seu idealismo e o desespero, tristesa e derrota da sua vida real.

    Nunca pretendeu ser Moderno. Achava.se mais um executivo do ideal Wagneriano.
    Em tom provocador diria que as suas sinfonias, de sinfonias praticamente só têm o nome. Vejo-as mais como conjuntos de suites, onde várias ideias são livremente agrupadas. Mahler é antes a Coda de uma espiritualidade baseada no idealismo exacerbado.

    Richar Strauss
    Nunca pretendeu mudar o mundo, nem ser moderno.
    Estava disposto a aceitar cortes e alterações nas suas obras e a transigir a exigências politicas e assim garantir o seu conforto e de sua família.
    Con falta de idealismo, pega uma carona em herois esteriótipados e limita-se a sonorisar o filme.
    O Homem Richard Strauss nimgém conhece.

    Comentando comentários…..
    Gostaria de dizer que a vida cultural em Viena, no final do século XIX, náo era tão paradisiaca como se disse. Naquela época:
    – O compositor da moda era Johann Strauss
    – Brahms era o erudito de referência para os intelectuais. Quem não seguia as rigidas regras estruturais e harmônicas do seu estilo estava fadado a ser desfeito por Hanslick.
    – Era comum o povo chegar atrasado a espetéculos.
    – As óperas eram estrupiadas de modo a se tornarem mais fáceis de cantar e de ouvir.
    – Wagner era estigmatizado.
    – Bruckner tinha medo de estrear as suas sinfonias, que estavam fora do estilo Brahms.
    – Musicos e cantores achavam ético apresentarem-se sem fazer ensaios.

    Quanto à falência do sistema tonal acho que pricipalmente se deve ao fato de a sociedade ocidental ter perdido a crença no cristianismo e outros valores espirituais e os ter substituido por crenças materiais e tecnocratas.
    Na Academia a obra musical erudita desligou-se espirutualmente do compositor passando ao mero artefacto técnico. De modo que até um surdo pode fazer uma peça musical, desde que ela proporcione uma organização tecnica reconhecivél.
    Se um compositor faz musica tonal ou com estruturas romanticas ou clássicas é logo excluido pela elite do conservatório que o trata como reacionário. Assim o musico que quer ser comunicatico vai para a musica de raiz popular, jazz, rock etc A titulo de exemplo cito Tony Banks e……Villa-Lobos.

    Para finalisar gostaria de referir que neste início de século assistimos a uma época dourada no que refere à difusão da musica erudita. Nunca ela foi tão executada, interpertada e executada e pirateada

  5. Prezado Joaquim,

    Conselho de amigo: não faça da internet seu caderno de rascunhos. Em respeito a seus leitores: pesquise antes. Pesquise antes. Pesquise antes.

    Depois, pesquise mais um pouco. Assim, você evita postar sobre conclusões precipitadas suas.

    Respeitosamente

  6. Caro SoyGardel

    Admito que possa estar equivocado, porem não posso considerar a sua posição, porque vc não argumenta.

    Entretanto gostaria que me elucida-se sobre o conteudo da sua frase.

    No século XIX, os jovens europeus devoravam alta literatura, teatro, óperas, aprendiam a tocar instrumentos musicais, frequentavam salões onde era executada música de câmara e cultivavam o que chamavam de “vida interior”.

    Parece-me muito exagerada. Basta ler as obras de Vitor Hugo, Eça de Qieiroz, Emilio Balzac, Charles Dickens, para perceber que a vida na europa no vinal do sec XIX era desesperante. A maioria trabalhava 12 a 14 horas por dia e ganhava o minimo para sobreviver, ou nem isso….. Cultura e educação estavam restritos a uma Minoria, talvez 1 ou 2%, que pertenciam à classe média alta.
    Se os europeus viviam tão bem, porque vieram apanhar cana no Brasil ? Ou porque houve a revolução de 1917 na Russia ?

    Desculpe mas tambem não entedi esta outra frase de sua lavra.

    rock progressivo/experimental e a música eletrônica dos anos 1970 em diante muitas vezes são muito mais próximos de Stockhausen que da tradição clássica/romântica.

    Nossa o que dizer então do Emerson Lake and Palmer que foi o grupo de rock progressivo que primeiro conquistou uma vasta audiência, popularizou o gênero e dirigiu a atenção do seu publico para a musica erudita. Na sua discografia encontramos obras de Copland, Leoš Janáček, Bartok, Modest Mussorgsky etc. Na sua generalidade o rock progressivo é uma experiencia de fusão entre a musica improvisada americana e musica erudita-estruturada europeia.
    Realmente houve uma corrente de rock progressivo, na Alemanha, de carácter mais experimental, mas que teve consuencias minimas. Era musica feita para uma minoria de lunáticos que queriam experimentar algo inusitado.

    Para terminar tenho que referir que a internet é um espaço publico e democrático que não pode ser controlado por aqueles que se incomodam quando a sua alta sabedoria é questionada

    Um servo a vossa disposição
    Joaquim

  7. Desculpe por não me aprofundar na minha crítica, Joaquim, é que realmente seu último post foi recheado de “pérolas”. Vou destacar algumas neste post.

    Não me considero detentor de alta sabedoria e não me importo em ser questionado. Contudo, fundamentação é sempre bem vinda, e elucubrações sobre assuntos que se desconhece não são.

    Quanto às minhas frases que você questionou:

    Dizer que apenas 1 ou 2% dos jovens europeus tinham acesso à vida cultural é exagero. Se a quantidade fosse essa, certamente as obras de Dickens, Balzac e os outros escritores que você mencionou nem teriam sido publicadas, por falta de mercado. E, pasme, lia-se muito até mesmo entre as classes menos favorecidas.

    Claro que havia pobreza, e muita. Condições desumanas de trabalho, e muitas. Sugiro a leitura de Germinal, de Émile Zola, para um retrato ainda mais esclarecedor. Porém, a palavra “desesperante” também é um exagero, pois boa parte da história da humanidade foi ainda mais “desesperante”, até mesmo (e talvez principalmente) no século XX. A fase do terror na Revolução Francesa foi desesperante. A Revolução Gloriosa foi desesperante. O próprio início do século XIX, na Europa, tinha condições de trabalho bem mais desesperantes.

    Perceba que eu não disse, em nenhum momento, que a maioria dos europeus vivia muito bem. Apenas disse que o mercado de consumo de bens culturais era voltado a um público muito mais exigente. E era mesmo.

    Quanto à Revolução Russa, é interessante notar que se trata de um ambiente totalmente diferente do restante da Europa. Impossível comparar. Basta notar que a Rússia vivia sob um sistema FEUDAL na época. Isso mesmo, Joaquim, o feudalismo na Rússia somente se encerrou com a Revolução Russa… E, mesmo assim, havia uma elite intelectual de razoável quantidade (surgida apenas nos séculos XVIII e XIX), de fazer inveja a nossos “cortadores de cana”.

    E mais: dentre esses imigrantes europeus a que você se referia, que vieram para a lavoura, haviam pessoas bastante instruídas mesmo para os padrôes europeus, a fazer inveja aos “senhores de engenho”, e que se destacaram no nosso país.

    Então, vivendo bem ou mal, o fato é que antigamente lia-se mais e melhor, e eram produzidos e consumidos bens culturais de altíssima qualidade, em proporção alta. Por quê? Porque havia público.

    Vamos à segunda frase:

    A verdade é que o rock progressivo alemão dos anos 1970, denominado “krautrock” (em tradução livre, “rock chucrute”), teve uma influência muito mais alta do que você pode imaginar, e não era restrita a um “bando de lunáticos”. Isso é um grande absurdo. Basta dizer que praticamente toda a música eletrônica existente hoje é influência direta dessa turma, e que alguns representantes desse movimento eram campeões de vendas no mundo inteiro já em 1975.

    Stockhausen influenciou os “lunáticos alemães”, e estes influenciaram as gerações seguintes. Se hoje a juventude de classe média alta ouve coisas como “psytrance”, rock “industrial”, “house”, isso deriva diretamente daqueles experimentos “lunáticos”.

    Emerson, Lake and Palmer? Esses são meros plagiários, que se locupletaram nos anos 70 com “arranjos” de obras de domínio público, ao que consta sem pagar um centavo de direitos autorais. Não valem um segundo do meu tempo. Esse pretexto de “fusão entre a música americana e a européia” não cola. Os originais são muito superiores aos “arranjos”.

  8. Agora vamos ao seu post.

    De início, você fez generalizações bastante superficiais a respeito de Mahler e R. Strauss, como se o primeiro fosse um idealista romântico com pretensões de mudar o mundo, e o segundo um mero homem de mercado. Você fez uma tentativa de adentrar nas intenções de cada um deles, se “pretendiam ser modernos”, se eram idealistas, se pensavam no sustento de suas famílias, etc… Atualmente, até os biógrafos se arriscam a discutir esses detalhes. As pessoas não são personagens tão simples de entender.

    Quanto à vida cultural de Viena, no século XIX, me desculpe, mas se as pessoas chegavam atrasadas aos concertos, se dançavam valsas de Strauss, se os músicos faziam ensaios, se Wagner era criticado, se as óperas eram adaptadas… o que isso tem a ver? Você está comparando aquele ambiente cultural com qual? Houve alguém comparável a Brahms, depois de sua morte? Ou Bruckner, de quem você gosta? Complicado.

    Quanto ao sistema tonal, atualmente não se fala mais em sua falência, mas em convívio com outros sistemas, vez que, em realidade, nunca se parou de produzir música tonal. O próprio Schoenberg disse que ainda havia muito a se produzir em dó maior. Nada disso tem a ver com falta de crença no cristianismo ou “crenças materiais e tecnocratas”. E a grande maioria da população da “civilização ocidental” se considera religiosa. Ou seja, sua “teoria” não tem base alguma na realidade.

    E você faz afirmações estranhas acerca da “academia”. Desde quando um músico é excluído de uma universidade ou conservatório por compor música tonal? Villa-Lobos, que você menciona? Não, né? Conheço vários compositores muito bem aceitos (até demais) nos meios acadêmicos, e que sempre compuseram apenas música tonal, de estrutura conservadora… Agora, também não concordo que um estudante de música se negue a conhecer e estudar a música do século XX. Aí é outra história.

    Mas provavelmente a maior pérola é o último parágrafo de seu post:

    “Para finalisar gostaria de referir que neste início de século assistimos a uma época dourada no que refere à difusão da musica erudita. Nunca ela foi tão executada, interpertada e executada e pirateada”

    Época dourada? Você vive em que planeta, cara pálida? Pirateada e “baixada” pode ser, mas executada e interpretada aonde?

    Por acaso o público que frequenta concertos aumentou? Na minha cidade (uma importante capital), a qualidade da temporada de concertos piora ano após ano, desde os anos 80.

    Concordo que a internet propicia um ACESSO fantástico à informação e cultura de qualidade, mas isso não significa que a maioria das pessoas faça uso desse acesso.

    A título de exemplo, sugiro que entre numa sala de aula de uma escola particular de elite, ou universidade federal, num curso de medicina, engenharia, administração, letras, psicologia, etc. (artes não vale…), e faça uma pesquisa. Se você encontrar mais de duas pessoas que saibam que Bach é um compositor barroco, o que é um oboé e quem compôs a Sagração da Primavera… você é um cara de sorte.

    Já que pediu pra comentar, é isso. Nada pessoal.

  9. Caro SoyGardel

    Muito obrigado pelo seus comentários, são sempre bem-vindos, muito embora vc já tenha dado a entender, por 2 vezes que os meus comentários são de ignorante.
    Essa arrogância não fica bem a niguém.

    ”’Depois, pesquise mais um pouco. Assim, você evita postar sobre conclusões precipitadas suas.”

    ”’Contudo, fundamentação é sempre bem vinda, e elucubrações sobre assuntos que se desconhece não são.”’
    O sr. por acaso foi designado como conhecedor universal dos assuntos de música ?

    Já percebi que temos opiniões diferentes.
    Cada um fica na sua.
    O meu objetivo não é ser concensual nem controverso, apenas digo o que me parece bem. se vc não gosta problema seu.
    Parece-me que vc só acha válida as opiniões dos sacro-santos auto-denominados Especialistas.
    Eu discordo. E tenho direito a isso.
    Não me parece que seja indispensável nem sequer necessário saber que Bach é um compositor do periodo barroco, o que é um oboé e quem escreveu a sagração da primavera, para poder usufruir da musica erudita.

    Mas já que falou da vida musical da sua cidade, (uma importante capital), tambem gostaria de dar o meu testemunho sobre a minha, Florianópolis e assim sustentar que de fato de que vivemos numa época dourada, no que refere à difusão da musica erudita

    Há vinte anos atrás só havia um agrupamenro erudito em Sc e era de câmara, Agora existem mais de 6 orquestras. o numero de musicos subiu de umas dezenas para umas centenas. Essas orquestras para além de atuarem em teatros tambem participam do circuito catarinense de orquestras promovido pelo governo estadual. Já levaram a sua música a centenas de municipios. A orquestra onde trabalho normalmente toca para meio milhar ou mais de pessoas (conforme a dimensão da cidade) em cada um desses eventos.
    A universidade estatual criou os bacharelados em cordas, violão e piano.
    Proliferam as Bandas de musica e escolas municipais de musica. Por exemplo em Biguaçu os alunos alem de conhecerem o repertório da banda são encorajadaos a ler e a estudar o sinfônico.

    O FEMUSC realizado em Jaraguá do sul, pela quinta vez, proporciomou uma quinzena de aulas de musica a mais de 500 alunos de vários estados e nacionalidades e cerca de 70 apresentações musicais. Aí tive oportunidade de falar com outros musicos. Fiquei a saber que o dinamismo em Pernambuco Minas, Pará etc é igualmente grande.

    Será que na sua cidade, (uma importante capital), não ocorre o mesmo, ? Repare que o mundo da musica erudita não se confina à qualidade da temporada de concertos.

    Nada pessoal

  10. Pelo contrário: a temporada de concertos é o melhor, e talvez o único, referencial para se julgar o grau de envolvimento da cidade com a música erudita, porque é ali que as pessoas demonstram seu interesse, saem de suas casas e tiram (mesmo que seja pouco) dinheiro do bolso para prestigiar os bons intérpretes. Tocar em concertos gratuitos ao ar livre no verão é barbada… de graça até injeção na testa.

    De qualquer forma, Joaquim, agora você mudou radicalmente de assunto.

    Meu comentário era somente sobre o que você tinha escrito sobre Mahler, Richard Strauss, a Viena do século XIX, a música tonal…

    Meu interesse não é discutir o que você chama de “época dourada da vida musical de Florianópolis”. Foge totalmente ao contexto do tópico.

    Porém, acho importante lembrar que a “vida musical” catarinense não é essa maravilha que você pinta. Apesar de não morar mais aí, conheço o estado muito melhor do que imaginas, já realizei diversos trabalhos inclusive na Ilha da Magia.

    É o estado da região sul no qual menos se investe em música erudita; a orquestra sinfônica, na qual você aparentemente trabalha, é uma instituição privada e é fraquíssima, paga muito mal, não realiza concurso público para contratação de músicos, é utilizada como ferramenta política, atrasa constantemente o pagamento dos músicos, foi recentemente expulsa do Centro Integrado de Cultura por ocupar irregularmente o espaço e consumir recursos públicos sem pagar nada, o maestro é acusado de corrupção e investigado pelo Tribunal de Contas, os músicos sofrem constante assédio moral por parte de seu regente, o resultado musical é notoriamente sofrível, e por aí vai.

    Das seis orquestras mencionadas, há apenas uma realmente boa, e outra razoável, e as duas são grupos de cordas. Ou seja, nada muito diferente de vinte anos atrás, quando também haviam centenas de músicos na cidade, alguns excelentes e que se mudaram para outros estados para ter um ganha-pão.

    O “circuito catarinense de orquestras” é uma iniciativa até louvável, mas trata-se de justamente levar música a cidades nas quais ela não existe. Ou seja, ao invés de criar orquestras no interior do estado, a Secretaria de Cultura bota os músicos em um ônibus pra se apresentarem em locais muitas vezes sem nenhuma infraestrutura, almoçarem em restaurante de beira de estrada, e tocarem valsas e arranjos de música folclórica pra gente sem instrução nenhuma. Se isso é divulgação de música erudita, tá muito mal a coisa.

    Os bacharelados da UDESC já existem há um bom tempo, e atualmente a concorrência no vestibular é mínima. Conheço o nível de quem se forma aí e, apesar de algumas honráveis exceções, muitas vezes a pessoa se forma sem condições de passar no vestibular dos bacharelados de Curitiba ou Porto Alegre.

    Creio que, antes de fazer propaganda e vender uma situação de conto de fadas, você deveria lutar pela melhoria das condições terríveis que os músicos profissionais do seu estado enfrentam, e até mesmo se informar sobre o passado. Tenho ABSOLUTA certeza de que você não fazia música em Florianópolis há vinte anos, e fala apenas com base em achismos.

    Não que a situação seja boa nas outras capitais da região sul. Vai de mal a pior.

    E depois você ainda me acusa de arrogante por recomendar a você que pesquise antes de escrever…

  11. Caro SoyGardel

    Não vale manipular nem por na minha boca palavras que eu não disse.

    O assunto era:
    ”época dourada, no que refere à difusão da musica erudita” e não,
    “época dourada da vida musical de Florianópolis”
    tambem nunca falei em época dourada para o interprete de musica erudita.
    Há uma grande diferença. Falei de Florianópolis, apenas a titulo de exemplo, como poderia ter falado do Pará, Portugal, Espanha, Venezuela, etc, etc, etc
    Por outro lado acho, mais um achismo, que a sua proposisão de que ”a temporada de concertos é o melhor, e talvez o único, referencial para se julgar o grau de envolvimento da cidade com a música erudita”’ é muito estreita. E portanto nem vale a pena continuar.
    Vc parece-me, mais um achismo, dos que veêm as coisas pela negativa, Comparam a realidade com um ideal e acham que vai de mal a pior.
    Eu sou dos que comparam a realidade com o passado e acham que se aconteceu algo de positivo, mesmo que insignificante, já é para se regojizar.
    Provavélmente os nossos ideais até serão os mesmos, apenas difere, o modo como os pomos em prepectiva.
    Por exemplo vc deve achar que mais valia não haver bacharelados em instrumento na UDESC a ter os actuais de baixo nivel. Eu penso que mais vale estes do que nenhuns. Embora reconheça que não são os ideais.

    Quanto áá Ossca. A frase ”’é uma instituição privada e é fraquíssima, paga muito mal, não realiza concurso público para contratação de músicos, é utilizada como ferramenta política, atrasa constantemente o pagamento dos músicos” poderá ser aplicada à maioria dos outros grupos

    ”foi recentemente expulsa do Centro Integrado de Cultura ” Não é assim. Apenas modou de endereço para um espaço melhor: o Teatro Pedro Ivo.

    ”o maestro é acusado de corrupção e investigado pelo Tribunal de Contas”’
    As pessoas dizem o que querem. Mas para condenar só valem os tribunais.
    Vc conhece alguma condenação?

    ”Creio que, antes de fazer propaganda e vender uma situação de conto de fadas, você deveria lutar pela melhoria das condições terríveis que os músicos profissionais do seu estado enfrentam,”
    Quem disse que não luto pela melhoria das condições terríveis que os músicos profissionais do meu estado? Acaso vc conhece-me? acaso sabe o que faço ou deixo de fazer sobre o assunto? Venha fazer uma pesquisa SoyGardel e verá que aqui não há negligência sobre o assunto.

    Quanto a Mahler e Strauss o Rchard sugiro-lhe que passe os olhos pelo Norman Lebrecht

  12. Joaquim, bom saber que você se considera um batalhador. Não o conheço. Mas, pelo seu post anterior, o quadro que você pintou realmente era o de um conto de fadas, como se a música erudita nunca tivesse atravessado melhores momentos no seu estado, cidade, ou país. Se você tem uma visão mais realista, tanto melhor. A verdade é que talvez esteja melhor em alguns aspectos, certamente piorou em outros, mas não mudou tanta coisa assim em vinte anos. Na minha opinião o barco está a deriva, mas se você é mais otimista, maravilha.

    Mas já que perguntou, sei de uma condenação do seu maestro sim, em uma ação trabalhista movida por um ex-membro da orquestra. Você deve ter ouvido falar da história, e a verdade é que o músico tinha toda a razão, e, apesar de vencedor, até pouco tempo atrás não tinha recebido nenhum centavo.

    E como assim a orquestra não foi expulsa do CIC, Joaquim? Mudou-se porque quis? Não, foi despejada por mandado judicial, por não ter atendido a mais de duas intimações, você sabe disso, eu sei disso, todo mundo que lê jornais sabe disso. Mas essa é uma discussão que não vale a pena, pelo menos neste blog não cabe.

    Enfim, discordamos, mas bola pra frente, um abraço.

  13. Bom, primeiramente, acredito eu. Que não há um debate feito por homens justos…

    O que está sendo debatido são tópicos de caráter histórico, o que não é possível assegurar-se, fatidicamente, de nenhum acontecimento, pois há uma certa mitologização destes artistas…

    Sem dúvidas, o Joaquim deixou claro que fala de seus pontos de vistas… E SoyGardel, de que acredita estar falando a mais pura verdade e somente ela, porém não há como trazer a verdade, pois ela ficou no passado, e muito que se sabe se trata de relatos de pessoas que tinham alguma perspectiva particular.

    O que faz toda essa discussão se tornar situacional. Mas sem dúvidas algumas verdades foram ditas, mas não há-se como comprová-las, de ambos os pontos.

    E eu tenho certeza, e qualquer pessoa que analiza o cenário musical BRASILEIRO, percebe uma ascenção notável. Pois hoje se veêm: Mais orquestras tocando música erudita(independente da qualidade); mais pessoas comprando discos; e até este blog, que é um exemplo de difusão musical.

    (Então sem dúvidas repito: Hoje o mundo vive uma maior difusão da música, mas ainda assim o nível cultural atual é muito baixo, e as pessoas que geralmente tem acesso ao meio artístico, acabam ingressando, o que reflete na falta de público que possua fidelidade).

  14. Meus caros amigos, Soy Gardel e Joaquim…

    Vcs saum tudo uns filhu das puta du Caraii, vaum discutir na PQP suas peste dus inferno, aki é PQP Bach seus ignorante arrombadu.

    Respeitosamente.

  15. Caro Carlinus,
    só agora percebi, depois de 6 anos, que usaste um texto meu para ilustrar seu post! Quanta honra! Agradeço a consideração!
    Abraços!

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