Sir Edward Elgar (1857-1934): Variações Enigma / Pompa e Circunstância (5) / Suíte de Coroa da índia [link atualizado 2017]

Edward Elgar, o nome mais expressivo do Romantismo Inglês, foi um autodidata e conheceu relativamente tarde a maturidade como compositor. Compôs muitas obras duradouras, mas suas composições mais populares são as Variações Enigma e a série de cinco marchas militares conhecidas como Pompa e Circunstância, ambas presentes nesta ótima gravação. Particularmente, gosto de músicas com toques marciais, com muitos metais e Elgar é um ótimo exemplo de como esse tipo de música pode agradar até mesmo os mais sensíveis e exigentes ouvidos. Na minha humilde opinião, sem querer desmerecer as outras obras, até porque não escutei todas, temos nesse cd o que de mais interessante e empolgante foi composto pelo compositor britânico.

As Obras

As Variações sobre um Tema Original “Enigma” é composta de um enigmático tema inicial e mais um conjunto de quatorze variações para orquestra que Elgar compôs homenageando os amigos mais chegados. A primeira variação faz alusão a sua esposa, Alice, a décima primeira a um amigo e seu bulldog e a última variação faz alusão ao próprio compositor.

As marchas Pompa e Circunstância são uma sequência de cinco marchas militares compostas para orquestra. Cada uma delas propõe uma passagem inicial rápida e marcial que é depois repetida, após uma seção central mais lenta e lírica. A primeira marcha, em ré maior, é a mais conhecida e seu trecho mais lento é constatemente usado em casamentos.

The Crown of India, título original, foi composta em 1911 para a coroação de Jorge V e Maria, rei e rainha da Inglaterra. A suíte de concerto aqui presente, é uma redução da partitura original e aproveita cinco das partes mais interessantes.

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Elgar: Variações Enigma / Pompa e Circunstância / A Coroa da Índia

Variações sobre um Tema Original, Op. 36 – “Enigma”
1. Enigma. Andante
2. Var. 1 (C.A.E.). L’istesso tempo
3. Var. 2 (H.D.S.-P.). Allegro
4. Var. 3 (R.B.T.). Allegretto
5. Var. 4 (W.M.B.). Allegro di molto
6. Var. 5 (R.P.A.). Moderato
7. Var. 6 (Ysobel). Andantino
8. Var. 7 (Troyte). Presto
9. Var. 8 (W.N.). Allegretto
10. Var. 9 (Nimrod). Adagio
11. Var. 10 Intermezzo (Dorabella). Allegretto
12. Var. 11 (G.R.S.). Allegro di molto
13. Var. 12 (B.G.N.). Andante
14. Var. 13 Romanza (***). Moderato
15. Var. 14 Finale (E.D.U.). Allegro – Presto
Pompa e Circunstância – 5 Marchas Militares, Op. 39
16. Nº 1 em Ré Maior
17. Nº 2 em Lá Menor
18. Nº 3 em Dó Menor
19. Nº 4 em Sol Maior
20. Nº 5 em Dó Maior
The Crown of India, Op. 66
21. I. Introduction – Dance of Nautch Girls
22. II. Menuetto
23. III. Warriors’ Dance
24. IV. Intermezzo
25. V. March of the Mongul Emperors

Orquestra Filarmônica de Londres
Daniel Barenboim, Regente

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Marcelo Stravinsky
Repostado por Bisnaga

23 comments / Add your comment below

  1. Marcelo, eu gosto de Pompa e Circunstância. (E das Enigma tb).

    O curioso é que a Marcha mais famosa, a Nro. 1 — a parte lenta dela, claro –, foi utilizada anos e anos no programa do Sílvio Santos, num quadro onde davam um monte de presentes para uma criança pobre… Toda vez que eu ouvia a música, vinha alguém, normalmente uma empregada, dizer: “Que legal, o senhor tá ouvindo a música do Sílvio Santos!!!!”.

    Elgar, coitado, não merecia carregar esta cruz.

    1. Já dizia um filósofo que eu não lembro quem, me ajude quem souber…

      Se ninguém gostar do que fiz, isso será ruim.
      Se alguém gostar, será maravilhoso. Mas se todos gostarem, será terrível!

    1. hahahaha Queres que eu diga “pessoas de baixa renda e instrução primária que costumam fazer umas coisinhas lá em casa”?

      ABAIXO O POLITICAMENTE CORRETO !!!

      ELE É MUITO PRÓXIMO DA CENSURA !!!

      :¬)))

      1. Queres que eu diga “pessoas de baixa renda e instrução primária que costumam fazer umas coisinhas lá em casa”?

        KkkkKKKkkkKKKKkkkkkkk!
        Tá parecendo propaganda das sandálias Havaianas!

  2. Obviamente eu não me referia à palavra “empregada”, mas à associação entre vulgaridade e, digamos , “este tipo de gente”. Quanto ao politicamente correto, eu não censuro ninguém ( até por não dispor de poder para isto) que queira manifestar livrevente sua estupidez: é um direito que lhe assiste. Mas , creio, posso discordar. Censura implica poder. Bom, talvez você tenha razão, eu nunca conheci empregada com bom gosto.

  3. Obviamente, eu não me referia á palavra “empregada”, o que seria ridículo, mas á associação entre vulgaridade e, digamos, “este tipo de gente”. Quanto ao politicamente correto, saiba que não me ocorre censurar ( censura é apanágio de um poder de que não disponho) a estupidez dos outros: é um direito que lhes assiste. Mas você deve ter razão quanto ao mau gosto dos serviçais.

    1. OK, Henrique, não sou de briga. Mas vou te deixar pasmo: na casa de meus pais, houve uma empregada que permaneceu lá 48 anos – de 1958 a 2006. No dia de sua aposentadoria, nos anos 90, ela pediu para não ser mandada embora. Coitada, era analfabeta e o que faria fora de nossa casa? Saiu de lá para o cemitério. Meus pais cuidaram dela quando estava com câncer. Ela me criou, pois nasci em 1957.

      Mas vou contar o fato surpreendente: eu sou tarado por Bartók e, uma vez que pus o vinil da Sonata para Dois Pianos e Percussão, a Inah bateu na porta do meu quarto e disse que aquilo sim era bonito. Fiquei meio embasbacado. Meu pai não acreditou. Deixamos passar umas duas semanas e meu pai botou a música na sala, em alto e bom som.

      A Inah, que estava trazendo o almoço para a mesa, disse:

      — Ai, acho tão lindo isso…

      O mundo não dá oportunidades a todos, né? Ela achava lindo o complexo Bartók.

  4. Puxa, jamais pensei que uma postagem sobre o Elgar fosse gerar tanta polêmica. (Rs)
    Já que é para polemizar, vamos, pelo menos, fazê-lo sobre algo mais instrutivo.
    Andei lendo algo a respeito do enigmático tema das variações de Elgar. Esse tema enigmático refere a um motivo escondido que nunca é executado por inteiro, mas que, no dizer do autor, permeia cada página da composição.
    Muitos musicólogos se propuseram a identificar suposta melodia inspiradora das variações e as soluções mais plausíveis são: o hino nacional britânico “God Save the Queen”, o patriótico “Rule, Britannia”, o motivo popular escocês “Auld Lang Syne” e o segundo movimento da Sinfonia Nº 38 de Mozart “Praga”. Alguém arriscaria outro motivo?

        1. Talvez Elgar só quisesse pregar uma peça nos malucos dos músicologos para que eles enlouquecessem ainda mais, tentado analisar as páginas de sua partitura a procura da suposta enigmática melodia, ou seja, um golpe de mestre para promover sua própria obra.

  5. Outra obra essencial de Elgar é o concerto para violoncelo, já postado nesse blog. Nesse post, a interpretação é da Jacqueline du Pré, considerada por muitos críticos como definitiva.

  6. Uma obra que não poderia ficar ausente no blog é a The Music Makers, Op.69, tenho ela incluída com a Sea Pictures, Op.37. São retratos reconhecedores de um excelente compositor.

  7. Pois é Gomes, apesar de não ter escutado metade da música de Elgar, baxei a coleção completa com toda a obra do compositor inglês (selo EMI 30 cds), só não tive tempo e nem coragem para postar. Mas vou tentar suprir essa lacuna. Obrigado pelo comentário!

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