Piotr Illich Tchaikowsky (1840-1893) – Symphony nº 5, n E minor, op. 64, e Symphony nº 6, in B Minor, op. 74, “Pathetique”

Capa2FDP Bach resolveu postar estas duas sinfonias juntas por dois motivos principais: um deles, mais óbvio, por serem suas duas últimas, e também para adiantar as suas postagens. Tudo bem, esse motivo não é tão nobre assim..

Enfim, duas obras primas do repertório sinfônico, dois monumentos da história da música ocidental. Deixo os detalhes referentes às suas causas, motivações, inspirações e demais detalhes que levaram à composição à cargo do booklet que acompanha a caixa, onde cada sinfonia é analisada em profundidade, dentro de seu contexto histórico-biográfico específico.

Mariss Jansons e sua Oslo Philarmonic Orchestra foram uma grata surpresa para mim. A afinidade entre o regente e a orquestra, sua noção de equilíbrio, e principalmente sua sensibilidade musical, na qual deixa transparecer elementos que não apareciam em outras gravações, como as de Karajan, tudo isso me fez ouvir Tchaikovsky sob outro ângulo, e a esse fato lhes sou grato. Antes que perguntem, não, não tenho as famosas gravações de Mvransky, sei que são referência mas nunca tive oportunidade nem acesso à elas. A torrente de paixões, o fluxo ininterrupto de emoções, como numa montanha russa, a que somos jogados quando ouvimos essas sinfonias, em Jansons tornam-se mais patentes, porém não tão violentas. Por exemplo, o segundo movimento da 6ª sinfonia, um “allegro com grazia”, nos dá vontade de sairmos dançando, num embalar lento e contínuo. Lembra os balés mais famosos do compositor.

Tchaikovsky dessa forma se consolida como um de meus compositores favoritos, apesar de seus excessos, e confesso que o que me atrai neles são exatamente esses excessos.  Sua alma atormentada, seus conflitos internos, sua homossexualidade sempre oculta, tudo isso o levou a compor obras tão admiráveis que, apesar das críticas severas da época, se tornaram eternas, e até hoje, em pleno século XXI, nos emocionam…

P.S. – Infelizmente não será possível postar a Sinfonia “Manfred”. O arquivo desse cd veio corrompido,  teria de baixar novamente no emule, e confesso que esperar novamente três meses, como esperei da primeira vez não me anima nem um pouco. Assim que possível, a postarei.

Piotr Illich Tchaikowsky (1840-1893) – Symphony nº 5, n E minor, op. 64, e Symphony nº 6, in B Minor, op. 74, “Pathetique” 

CD 4 – Symphony nº 5, n E minor, op. 64

1 -I. Andante – Allegro con anima
02 II. Andante cantabile, con alcuna licenza
03 III. Allegro moderato
04 IV. Andante maestoso – Allegro vivace

CD 5 – Symphony nº 6, in B Minor, op. 74, “Pathetique” 

01 – Adagio – Allegro non troppo
02 – Allegro con grazzia
03 – Allegro molto vivace
04 – Finale – Adagio lamentoso

Oslo Philarmonic Orchestra
Mariss Jansons – Director

SINFONIA Nº 5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

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BOOKLET – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

12 comments / Add your comment below

  1. Estimados amigos,

    Felicitaciones por el blog!
    Estoy muy interesado en la música sinfónica brasileña. En su sitio he encontrado interesantes archivos con los Choros de Villa-Lobos. ¿No habrá posibilidad de acceder también, en archivos de buena calidad, a las sinfonías 1, 2 y 11 de
    Villa-Lobos y a las sinfonías 5 y 6 de Camargo Guarnieri ?
    Muchas, muchas gracias.
    Un cálido saludo desde Argentina. Y los mejores deseos para el 2008!

    Gabriel

  2. “Tchaikovsky dessa forma se consolida como um de meus compositores favoritos, apesar de seus excessos, e confesso que o que me atrai neles são exatamente esses excessos”

    Precisamente como aqui. Tchaikovsky nunca teve receio de mostrar todo seu sentimentalismo na música, nunca deixou de ser autêntico com sua arte e com ele mesmo. Sua música reflete o que ele foi, e por isso brilha. Não é uma emoção barata, ela tem alma.

    Curiosamente, na música eu aceito (e, como vêem, gosto) essa exlposão melíflua. Já na literatura, não consigo ler nem dois capítulos. Alencar passa longe de meus arquivos pessoais.

  3. Nicolas, você acertou em cheio no seu comentário…e Alencar também definitivamente passa longe de meus arquivos pessoais…
    Aldo, não se preocupe, trata-se apenas de uma questão de tempo até conseguir a “Manfredo”. O problema é que quando baixei esse material do emule demorou três meses para completar.. tentarei achar essa sinfonia através de outros canais..
    Att.
    FDP Bach.

  4. “(…)Tchaikovsky nunca teve receio de mostrar todo seu sentimentalismo na música, nunca deixou de ser autêntico com sua arte e com ele mesmo. Sua música reflete o que ele foi, e por isso brilha. Não é uma emoção barata, ela tem alma.”

    Sim, concordo. Porém, foi um homem extremamente infeliz, tanto que se suicidou bebendo água contaminada com o vibrião do cólera. Depressivo e, talvez, maníaco-depressivo. Ah, se houvesse Gardenal naquela época…
    “Ah, mas vários compositores foram infelizes!!” – Sim. Que o diga Beethoven. Porém Beethoven não cometeu a loucura de beber água contaminada. Nem Schumann, que foi parar no hospício. No caso de Schumann, talvez fosse apropriado depois que enlouqueceu.
    Bem, mas ele deixou obras imortais, seja pela qualidade ou popularidade. Os sublimes Concerto para piano e orquestra e violino e orquestra estão aí para confirmar. Já as sinfonias, a Quarta é histérica, as trompas berrando o tema dramático cansam. A Quinta não me apeteceu. A Sexta é a melhor: supra-sumo romântico!!
    Ma s todo mundo parece conhece-lo só pelos bailados. Pena.

  5. Quando ouvi pela 1ª vez a Sexta Sinfonia de Tchaikovsky fiquei com um pé atrás. O cara foi fundo na melancolia e como não consigo ouvir uma sinfonia de forma superficial, achei que não era o momento para fazer dela uma de minhas prediletas, então a abandonei por um longo tempo, salvo o terceiro movimento.
    Ao contrário de outros, diante de minhas reservas quanto a esta sinfonia, passei a considerar a 7ª ( completada por Semyon Bogatyrev) como a última sinfonia de Tchaikovsky.
    Em minha opinião a obra de Tchaikovsky deveria terminar de forma mais vibrante, eloqüente, com cores vivas e alegres, pois é isso que sempre admirei nele, apesar de todas as suas angustias pessoais. Tenho uma gravação em mp3 (completa) desta sinfonia, a qual gosto muito: Tchaikovsky – Symphony no. 7 in E flat Moscow Philharmonic Orchestra Conductor Kyung-Soo Won Hallmark – 1994.

    Encontrei esse texto na Wikipédia:

    As sinfonias mais antigas de Tchaikovsky são normalmente trabalhos alegres de caráter nacionalista, enquanto as últimas tratam do destino, perturbação e, em especial a Patética, desespero. As três últimas de suas sinfonias numeradas (quarta, quinta e sexta) são consideradas obras-primas e são freqüentemente executadas. Existe ainda uma “Sétima Sinfonia” que é uma compilação de temas musicais descartados pelo compositor e reunidos após a sua morte pelo compositor soviético Semyon Bogatyrev e lançada como “Sinfonia Nº 7 em Mi Bemol Maior”.

  6. Up espetacular, completando o maravilhoso ciclo das sinfonias de Tchaikovsky com Jansons.

    A “Patética” de Jansons é realmente muito boa, é minha preferida. Mas ainda prefiro o terceiro movimento da mesma interpretado por Maurice Abravanel, ele deu um toque de “maria fumaça”, em referência a trans-siberiana, porém não tão evidente quantoa de Dorati, que acabou estragando a música. O de Jansons é mais equilibrado.

    Sander, lembre-se que se matar não foi uma opção, ou ele se matava, ou era executado. Era de praxe nos tempos do tzar dar a liberdade da pessoa escolher entre “suicídio”, ou execução.

  7. FDP, tenho ao meu dispor várias versões da sinfonia “Manfred”, ficaria feliz em contribuir para o blog.
    Tenho a interpretação de Jansons, mas também a de Maazel, Abravanel e outros, se estiver interessado.

  8. Exigente,
    Agradeço a oferta e a aceito de bom grado… assim que possível, pode passar o link de sua hospedagem. Para concluirmos essa série do Jansons, pode ser a versão dele mesmo.
    Att.
    FDP Bach.

  9. Caro FDP,

    Estou me comunicando por meio deste post das sinfonias de Tchaikovsky por um motivo muito especial: possuo uma belíssima gravação dos Quartetos n° 1, 2 e 3 e do Sexteto Souvenir de Florence, todos de Tchaikovsky. São de um lirismo extraordinário, acho que valeria a pena postar no blog. Trata-se de um CD duplo da EMI, em parceria com a gravadora soviética Melodiya, com o lendário quarteto Borodin. Já consegui transformar em MP3. Só vou precisar de ajuda para colocar no RapidShare, pois nunca fiz isso antes.

    Saudações

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