Carl Orff (1895-1982) – Carmina Burana (Jochum)

Carmina BuranaCarl Orff é um caso isolado na história da música alemã. Foi autodidata, chegou tardiamente à composição e pensava suas músicas como “teatro musical”. Saltou por cima de toda a ópera para imaginar novas representações a partir do espírito do teatro antigo e das danças rituais.

O primeiro sucesso desta estética pessoal foi Carmina Burana, de 1937. É uma música popularíssima, primitiva, repetitiva e obstinada, de harmonia rudimentar e de vocabulário melódico simples. Orff, fiel a suas repetições, criou um método de ensino de música através do ritmo, associando-o a batidas de mãos e pés. Enquanto viveu, seu método difundiu-se; hoje está esquecido, mas o compositor deixou vasta obra, da qual apenas Carmina faz parte do repertório regular das orquestras e corais.

Você já ouviu a abertura desta obra, certamente. Muitos programas de rádio e TV utilizam seu tema inicial e também outros trechos em suas aberturas, mas foi o filme Excalibur e a HBO que o difundiram ad nauseum. O pior foram as cópias. Qualquer filme de terror que inclua um ritual (exemplo: A Profecia, The Omen) solicita ao responsável pela trilha sonora uma composição parecida com Carmina Burana.

Esta gravação que apresentamos a vocês é de longe a melhor. Eugen Jochum é o regente e a concepção foi autorizada pelo próprio Orff, que esteve presente no estúdio.

Gosto de Carmina Burana quando consigo esquecer todos os maus filmes e programas de TV aos quais está associada… É um exercício mental interessante.

Carl Orff (1895-1982) – Carmina Burana (1937)

1. Fortune, Empress Of The World: O Fortune
2. Fortune, Empress Of The World:I Bemoan The Wounds Of Fortune
3. I Spring: The Merry Face Of Spring
4. I Spring: The Sun Warms Everything
5. I Spring: Behold, The Pleasant Spring
6. On The Green: Dance
7. On The Green: The Noble Woods Are Burgeoning
8. On The Green: Shopkeeper, Give Me Colour
9. On The Green: Those Who Go Round And Round
10. On The Green: If All The World Were Mine
11. II In The Tavern: Burning Inside
12. II In The Tavern: Once I Lived On Lakes
13. II In The Tavern: I Am The Abbot
14. II In The Tavern: When We Are In The Tavern
15. III The Court Of Love: Cupid Flies Everywhere
16. III The Court Of Love: Day, Night And Everything
17. III The Court Of Love: A Girl Stood
18. III The Court Of Love: In My Heart
19. III The Court Of Love: If A Boy With A Girl
20. III The Court Of Love: Come, Come, O Come
21. III The Court Of Love: In The Balance
22. III The Court Of Love: This Is The Joyful Time
23. III The Court Of Love: Sweetest One
24. Blanchefleur And Helen: Hail, Most Beautiful One
25. Fortune, Empress Of The World: O Fortune

Gundula Janowitz / Gerhard Stolze / Dietrich Fischer-Dieskau
Coro e Orquestra da Ópera de Berlim
Eugen Jochum

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Parte 1

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Parte 2

PQP Bach

25 comments / Add your comment below

  1. gostaria de propor ao blog, para janeiro de 2008, a postagem dos 11 últimos Quartetos de Cordas de Mozart (do 14 ao 23, incluindo o Adágio e Fuga para Quarteto de Cordas)
    e para fevereiro os Quartetos Op. 76 e 77 de Haydn.

    não quero abusar, vcs é q decidem, mas minha opinião é que (mesmo estando no blog os quartetos de Beethoven e alguns de Schubert e Haydn) vosso repertório de Quartetos de Cordas anda fraco.

  2. Acho que posso prometer, sim. À exceção talvez dos de Mozart – tenho que conferir – tenho todos os restantes em excelentes versões.

    Abraço.

  3. Buenas!

    Nem acredito! Essa é uma das minha obras mais queridas. A primeira vez que a ví na íntegra foi num programa chamada Quem tem medo de música clássica. A Kathleen Battle estava magnífica na apresentação. Adorei a essencia espontânea da obra, realmente mexe com as regiões abissais da alma.

    Quero agradecer o confeccionado do Blog por regalar os arquivos, obrigadão mesmo!

    Grande abraço!

  4. Gosto demais desta opera. É uma pena que ela esteja desgastada pelo mau uso.

    Tive a oportunidade de ver uma encenação completa no enceramento do Festival de Música de Londrina em 2005, e foi maravilhoso! É uma música forte e que, ao vivo, ganha ainda mais força e brilho. Impossivel ficar indiferente. Quando voltar para a minha cidade quero ouvir a versão que indicas.

    Um abraço

  5. Essa é uma obra ao mínimo curiosa.
    Talvez esteja longe de me satisfazer por completo, assim como todo o repertório de Orff, mas creio que valha a pena.
    Afinal, Janowitz e Fischer-Dieskau fazem qualquer gravação ganhar status de “imperdível”.

  6. Hello !

    May I post a request ?
    I’ve just listened to a rare music : Ernest Blach’s Israel Symphony. It has been impossible for me to find it anywhere. Do you have it ?

  7. Essa versão está tão longe de ser ”de longe a melhor” que me deu dó…
    A orquestra está um tanto quanto desafinada(apesar de me parecer intencional, não me agradou)O barítono é péssimo…
    Única interpretação horrível de Jochum que já ouvi, talvez culpa do próprio Orff

    Recomendo as versões de Ormandy e Ozawa que são muito melhores…

  8. “O barítono é péssimo.”

    Isso não é exigência, isso é surdez. Se Fischer-Dieskau não for bom (para mim, um dos melhores cantores líricos que conheço), então realmente não sei quem o é.

  9. Concordo com o Nícolas. Ontem, dava risadas sobre a “avaliação” de Fischer-Dieskau que aos 82 anos não merece isto.

    Não gosto de falar mal de compositores e regentes. Dependendo do caso, posso amar ou detestar Karajan ou até Klemperer, assim como Tchaikovski, Rachmaninov ou Schoenberg. Mas tenho reservas quase definitivas sobre o Sr. Jenö Blau…

  10. Amigos PQPS:
    Carmina Burana – considerações sobre o pensamento da época.
    Carmen, (latim) = poema, canção… Burana se liga a “Burel” (= hábito grosseiro de lã), metonímia que tanto pode significar monge pobre, quanto peregrino, estudante, vagabundo, sem eira nem beira.
    Carmina Burana é uma coletânea de 400 poemas profanos encontrados numa abadia Alemã fundada pelos monges Agostinhos que em 1863 passou ao controle dos Beneditinos: o mosteiro BENEDIKTBEUREN. Manuscritos datados do século XII ou XIII, que foram guardados na biblioteca Nacional de Munich, é pela primeira vez publicado em 1847. Apresenta uma diversidade de canções sob o título de BURA SANCTI BENEDICTI, coleção esta que passou a ser conhecida por CARMINA BURANA.
    Escritos num misto de latim, alemão medieval e francês antigo. Seus versos falam de amor, fome, contestação, virtudes, vícios humanos, referências políticas e sociais, dúvidas religiosas, (des) educação, bebedeiras, entre outros temas. Revela-se como interessante documento histórico, folclórico, lingüístico e literário. Seus versos são um hino à vida, ao prazer, ao amor à primavera, cenas obscenas e até mesmo de cunho imoral, sem que exista uma trama no sentido dramático.
    ALGUMAS CURIOSIDADES PRA NAO FICAR NO BLABLA DE AUGUNS, AFINAL ESTE ESPAÇO É CULTURAL. DEVEMOS APROVEITA-LO AO MAXIMO.
    Grato.

  11. Aos PQPS.
    Carmina Burana – a obra
    A estréia mundial deu-se a 8 de junho e 1937 em Frankfurt na Alemanha.

    “A beleza das moças feriu meu peito
    As que não posso tocar, possuo-as em pensamento.
    Criticam-me depois o jogo. Mas enquanto o jogo
    Me deixou nu e o corpo frio, o espírito aquece.
    É então que minha musa compõe suas melhores canções.

    Quero morrer na taberna,
    Ali, onde os vinhos estarão próximos da boca do moribundo,
    E os coros dos anjos descerão cantando:
    A este bom beberrão seja Deus clemente”.

    Grato.

  12. Olá, pessoal.

    Sou novo por aqui, e resolvi fazer agora o primeiro comentário.

    Antes de tudo, parabéns para turma do P.Q.P.!

    Agora, uma dúvida: é impressão minha ou todos os arquivos já estão no “parte 1” para download? Baixei os dois e me pareceu isso…

    Abraços, e ‘té mais!

  13. Hello the PQP ,

    Maybe you wish to publish here Carl Orff’s adaptation of Monteverdi’s “Orfeo” ? it looks like something that could be a real fun for your people !

  14. Gostei da Carmina Burana. Para falar a verdade, conhecia as duas primeiras músicas do CD e não dava nada pelo resto. Agora que conheci, achei legal.

  15. CARMINA BURANA PELO CORO SINFONICO COMUNITARIO DA UNB

    O Coro Sinfônico Comunitário da UnB, projeto de criação do seu regente, Maestro Dr. David Junker trata do desenvolvimento de um grupo coral comunitário, que realiza peças de um repertório erudito de grandes obras para coro e orquestra.Este projeto é inovador por preencher uma lacuna em Brasília, no sentido de manter, em caráter permanente, um grupo coral comunitário e sinfônico. Esta inovação propiciou grande aceitação do trabalho musical do grupo, por parte da comunidade universitária, e também de toda a comunidade do Distrito Federal e teve repercussão não só no meio cultural em nível nacional, como também, em nível internacional, tanto que se apresentou com grande sucesso em New York, em 1994, aceitando convite do Diretor Musical do Carnegie Hall, uma das mais importantes casas de concerto do mundo. Vale a pena ressaltar que este foi o primeiro convite formulado a um grupo coral da América do Sul.O Coro, que surgiu de uma iniciativa gerada dentro da Universidade de Brasília, é formado por centenas de pessoas, das mais variadas idades e profissões, provenientes do Plano Piloto e das Cidades Satélites. Esta heterogeneidade, aliada à sua atividade cíclica semestral, tem causado uma rotatividade expressiva de seus integrantes, atingindo assim um grande número de pessoas que desenvolvem o gosto pela cultura musical, em especial à música coral.www.coral.unb.br

    Video no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=squY7DHrYZQ

Deixe um comentário para Anônimo Cancelar resposta