Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concertos nº 1 in D Minor, op, 15 e nº 2 B Flat major

Nossa leitora/ouvinte Laís gentilmente nos enviou o texto que segue abaixo. Achei interessante postá-lo, claro que pedindo a devida autorização á autora. O texto sintetiza muito bem o que deve ser dito a respeito desta gravação.

“Gente, olha que noticia boa e interessante:

“O Brahms que todos aguardavam”, diz a Gramophone.

Saiu hoje no site da revista inglesa Gramophone (a bíblia da música clássica, junto com a francesa Diapason) a resenha do CD com os dois concertos de Brahms tocados pelo Nelson. O (temido) crítico Jed Distler inicia a avaliação dizendo: “Esta é a gravação dos concertos para piano de Brahms que todos esperávamos”. Vou postar a crítica, na íntegra, numa próxima mensagem.

O álbum duplo (lançado este ano pela Decca, no Brasil inclusive) já tinha sido muito elogiado pelo site americano Classics Today (www.classicstoday.com) e por jornais brasileiros. Agora foi coroado com a crítica da Gramophone. Vale a pena adquiri-lo, e não por motivos patrióticos. As interpretações de ambos os concertos são realmente primorosas. Eu as comparei com o registro clássico de Gilels/Jochum (que considero a ‘versão padrão’ dessas obras) e, para minha própria surpresa, gostei mais da do Freire com o maestro Chailly. Os tempi são mais fluentes que os de Jochum e, ainda assim, a clareza orquestral não é sacrificada. Ao contrário: Chailly (e os técnicos da Decca) nos faz(em) ouvir coisas que passam despercebidas em outras gravações. Freire está endiabrado e prova que é um pianista de primeira linha, pois dá conta do recado sem fazer a orquestra pisar no freio e sem embolar as notas. Ele usa, sim, mais pedal do que Gilels, tendo assim mais legato no seu som. Mas não usa esse recurso para esconder imperfeições técnicas. É questão de estilo… e Brahms permite isso (muito mais que Mozart ou Bach). Enfim, quem for fã do Nelson ou desses concerti de Brahms, pode comprar o CD sem medo.

Ah, eu não sou funcionário da Decca, nem vendedor da Amazon. Sou apenas um admirador do Nelson e de Brahms.”

Laís copiou esta crítica de um site, e pediria à ela a gentileza de citar a fonte.

Confesso que estou ouvindo a gravação pela primeira vez, e já fazem umas duas semanas que baixei esse material. Já postei anteriormente estes mesmos concertos com o Pollini, e futuramente, à pedidos de nossa querida Clara Schumann irei postá-los com o seu
Brendelzinho (Brendelzão, eu diria). E também confesso que estou adorando. A Orquestra do Gewandhaus de Leipzig é fantástica, e o Freire está no apogeu de sua forma.

Meu irmão PQP quando soube que eu já estava de posse deste estupendo cd imediatamente sacou de um de seus inúmeros cartões de crédito internacionais e acionou seus contatos europeus para consegui-lo. Aparentemente ainda não o conseguiu. Então, para satisfazer sua ansiedade estou postando, e também atendendo à sutil solicitação da Laís, que soube fazer a solicitação, mesmo não a fazendo.

Também volto a reinterar que sou apaixonado por estes concertos, principalmente pelo segundo, o qual embalou minhas paixões adolescentes, como já salientei.

Mas vamos ao que interessa…

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concertos nº 1 in D Minor, op, 15 e nº 2 B Flat major

CD 1
1 Piano Concerto nº1 in D Minor, op. 15 – I Maestoso
2 Piano Concerto nº1 in D Minor, op. 15 – II Adagio
3 Piano Concerto nº1 in D Minor op. 15 – III Rondo – Allegro ma non troppo

CD 2

01 – Piano Concerto No.2 in B flat major, Op.83, I Allegro non troppo
02 – Piano Concerto No.2 in B flat major, Op.83, II Allegro appassionato
03 – Piano Concerto No.2 in B flat major, Op.83, III Andante
04 – Piano Concerto No.2 in B flat major, Op.83, IV Allegretto grazioso – Un poco piu presto

Nelson Freire – Piano
Gewandhausorchester
Riccardo Chailly – Director

CD 1 – Baixe Aqui
CD 2 – Baixe Aqui

31 comments / Add your comment below

  1. Muitos cartões de crédito… É verdade. Só faltou dizer que seus saldos nunca são zerados…Estava ansioso para ouvir e já vou baixar os CDs, antes que chegue o que comprei.Obrigado, FDP. A pátria brasileira agradece.P.S.- Este CD é o RECORD OF THE YEAR 2007 da revista Gramophone. É o prêmio dado por todos os muitos críticos da revista. Não é pouca merda!PQP Bach

  2. Laís, agradeço o retorno. Assim que possível, irei colocar a autoria da citação da postagem. A seu dispor, FDP Bach. Ygor, sugiro que faças novamente o download pois aparentemente o arquivo compactado está ok. Creio que o problema tenha ocoriido apenas contigo. A seu disporFDP Bach.

  3. Já faz algum tempo, mas li uma entrevista com Arnaldo Cohen em que o mesmo dizia as razões de não continuar trabalhando no Brasil. Acho que era nas páginas amarelas da VEja. Quando perguntado sobre a perfeição das execuções de Chopin por Nelson Freire, respondeu que não era pra menos, afinal a tecnologia permite corrigir até a nota mal-tocada. Nos CD´s era uma coisa, mas fosse ouvir ao vivo. Como não sou músico, não tenho como contradizê-lo quanto à qualidade das interpretações, mas concordo com ele que, graças à tecnologia digital, muitas execuções tornam-se perfeitas, ainda que o interprete erre, afinal a tecnologia conserta. E é claro que isso não acontece somente com os registros de Freire. Já na época de Karajan, devia ser prática comum. Aliás, Karajan foi quem mais incentivou o uso de novas tecnologias para tornar os registros “perfeitos”.

  4. Sander.Nos próximos dias, postarei um petardo do tamanho deste que o FDP postou. O que isto tem a ver com o que disseste? Ora, é uma gravação que orgulha-se de ter sido tomada em “registro autêntico”, com as falhas, respirações e batidas do arco no violoncelo do sujeito que interpreta divinamente as 6 Suítes para Violoncelo Solo de Bach. Será imperdível e já está no rapidshare junto com outras coisas que virão.Ora, o Cohen… Por incrível que pareça, certa vez denunciei uma mentira dele nume revista. Ele falava mal da Naxos, dizendo inverdades. A revista conferiu e deu-me razão. Faz uns 10 anos isso.Ele também disse que Pollini era tão bom porque estudava feito um maluco. Isto é crítica que se faça? Não gosto dele porque é dedicado?É claro que as notas defeituosas são quase sempre corrigidas, mas há mais: há a concepção, a interpretação. Por que Cohen não se refere a isto? Ou por que não faz igual?Abraço.PQP Bach

  5. FDP, eu te amo!!!!!!!q gravação foda!mas… cacê aquele Festival Barroco q vc e a Clara prometeram?mas o Nelson Freire é foda mesmo, meu deus do ceu, q gravação…

  6. será q vcS tem de Gluck aquelas operas menos conhecidas comoa ‘Ifgênia em Tauris'(ou Auris)?é uma obra-prima q um dia ouvi na rádio e nunca achei em CD…

  7. Prezado Luiz XIVO tempo, ou a melhor, a falta dele, tem impedido de me dedicar mais ao blog… mas o Festival barroco já está sendo idealizado. Preciso apenas de um tempo. A seu dispor, FDP Bach

  8. Caro PQPEu não consegui ouvir os discos.Os downloads aconteceram normalmente, mas não consegui extrair os arquivos. Daí que executá-los tornou-se impossíveVou tentar baixá-los novamente. Se não conseguir peço socorro.

  9. David,
    Passaram-se 27 dias desde seu pedido de “assistência técnica” no “concerto para piano nº1 Brahms”, e não sei se sua pergunta já foi respondida em outro post, mas de qualquer forma acredito que posso auxiliar o blog no que for possível. O formato do arquivo que você baixou é um modo de compactação chamado “rar”, e é similar ao “zip”, mas precisa de algum programa que entenda o código de compactação para extrair o que tem dentro dele. Eu uso o 7z, mas você pode encontrar diversos no site “baixaki”. Dijite “rar” que ele lhe mostrará diversos descompactadores gratuitos.

  10. Também tive o problema do David. Deve ser devido ao longo nome do arquivo e ao uso de caracteres não alfa-numéricos. Bastou renomear os arquivos, para CD1.RAR e CD2.RAR, que os arquivos abriram normalmente. Abraços.

  11. Também tive o problema do David. Deve ser devido ao longo nome do arquivo e ao uso de caracteres não alfa-numéricos. Bastou renomear os arquivos, para CD1.RAR e CD2.RAR, que eles abriram normalmente. Abraços.

  12. Muito boa essa gravação do Nelson com o Chailly!
    Eu adquiri esse cd pela Amazon a 1 ano atras, e depois de ouvir até furar o cd eu cheguei a uma conclusão: a gravação é excelente, mas Pollini ainda é imbativel nestes concertos de Brahms, seja sobe a regência de Bohm ou de Abbado, esse italiano sabe muito bem o que faz!
    abraços

  13. Muchas gracias por compartir tan excelente música y por ponerme en contacto con la maravillosa música de Brahms.
    Recibe mi afecto y un gran abrazo.
    Carlos

  14. Acho esse concerto no. 1 uma chatice! Nunca consegui ouvi-lo até o final! Já o no. 2, esse é outra história! Às vezes chego a ficar arrepiado, principalmente quando o piano troca de lugar com a orquestra, no primeiro movimento. Não conheço nenhuma execução ruim deste concerto, mas esta do Nelson Freite chega bem perto do Bernard Haitink/Ashkenazy:p

  15. Venho humildemente aqui, nos comentários do CD de nosso pianista mor, solicitar a postagem de outros CDs de grandes pianistas brasileiros, principalmente Arnaldo Cohen (cuja gravação de músicas brasileiras e peças de Liszt me surpreendeu).

Deixe um comentário para Anonymous Cancelar resposta